04.

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Pov Emily.

Observo alguém dizer meu nome e olho para baixo, vejo a cena mais improvável do mundo acontecendo: Jane e Susan juntas me chamando. Rapidamente procuro minhas roupas e desço do balcão.

— O que vocês querem? — digo enquanto visto a roupa.

— O que você tava fazendo, garota? — Jane me diz arqueando as duas sobrancelhas, mais um pouco e uma ruga iria nascer em seu rosto.

— Emi, a gente precisa conversar — Susan diz me fitando.

— 1°: eu só estava me divertindo — as encaro — e 2°: eu não tenho mais nada para te dizer. Ficou tudo bem claro a 10 anos e continua bem claro agora — seco a lágrima solitária que desce sem querer.

Caminho para fora do pub e me sento na calçada mas logo vejo as duas paradas na minha frente.

— Vocês não vão me deixar em paz enquanto eu não ouvir, né?! — vejo as duas confirmar com a cabeça e reviro os olhos — ok vadias, mas primeiro eu vou contar tudo o que aconteceu.


Flashback on

Era 18 de abril, o aniversário do Austin tinha acabado de passar, Sue veio passar o final de semana aqui para comemorarmos no estilo Dickinson. Numa noite, saímos todos 4 e fomos a um pub — esse mesmo pub — após horas de brincadeiras e bebidas, meu irmãos já estavam dormindo.

Susan e eu ainda estávamos sóbrias e resolvemos ir dançar In My Corner que tinha acabado de começar.

— Emi — Susan me chama baixinho — Seus irmãos estavam me zoando por eu ser bv.

— Ah, Susie, desencana deles, é tudo no seu tempo, ok?! — digo a abraçando.

— Emi você me ensina a beijar? — ela diz colando nossas testas.

— Você tem certeza, Susie? Você não tem que se sentir pressionada por ninguém — digo ainda com nossas testas coladas.

Susan não me responde verbalmente, apenas sela nossos lábios em um selinho demorado e naquele momento sinto um turbilhão de sentimentos invadir meu corpo, eu nunca tinha visto minha Susie de forma romântica, mas quando nossos lábios se tocaram foi como se eu sentisse todo o universo explodindo e restando apenas nós, a música e a pista de dança. Levo a rapidamente minha mão em sua nuca e mordo seu lábio inferior, o que a faz suspirar. Nesse momento iniciamos um beijo molhado e lento, nossas línguas brigam para saber quem dominará o beijo e ficamos nos beijando até que o ar faltasse.

— Eu consegui? — ela diz com uma expressão de felicidade nos olhos — eu consegui beijar, Emi?!

— Cla... Claro, Susie — digo tentando recuperar o fôlego.

A vejo dar pulinhos de felicidade e depois corre para beber mais um pouco.

+++

Naquela noite eu não consegui dormir, eu só pensava no beijo e em tudo o que senti, eu nunca senti isso por ninguém, fiquei me perguntando se Sue sentiu o mesmo.

Me levanto e vejo que a luz do quarto de Susan está acesa e suponho que ela esteja refletindo como eu. Nesse momento sinto um turbilhão de pensamentos surgirem e pego um papel e caneta, logo um belo poema surgiu, provavelmente o poema mais lindo que já dediquei a minha Susie.

Whatever You - EmisueOnde histórias criam vida. Descubra agora