Emily e Susan são melhores amigas de colégio, mas após um "mal entendido" passam a se odiar e nunca mais se veem.
Até que o destino resolve pregar uma peça: 10 anos depois elas se encontram da forma mais inusitada.
Susan está noiva de Austin.
— Senhorita, no momento ela está estável mas não sabemos se ela conseguirá passar de hoje, o hospital pede encarecidamente que a senhorita venha passar esses últimos momentos ao lado dela, sabemos o quanto vocês são ligadas — a voz feminina diz em um tom suave.
Desligo o telefone e logo peço para que alguém me leve ao hospital, eu certamente não estou em plenas faculdades mentais para dirigir.
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— Susie? — digo ao entrar no quarto.
Ela já consegue respirar sem ajuda de aparelhos a algum tempo, ela simplesmente não quer acordar.
— Susie, amor — Digo deitando ao seu lado na cama e encostando a cabeça em seu pescoço — fiquei sabendo que você quase morreu hoje — as lágrimas começam a cair — você não pode morrer, Susie. Amanhã é seu aniversário. A gente tem que comemorar! Já é dezembro, Susie. Você não passou meu aniversário acordada mas será que você pode acordar para o seu aniversário? — seco as lágrimas e a abraço — eu quero tanto ouvir a sua voz outra vez, quero tanto poder conversar com você, te dizer tudo o que eu sinto, meu amor...
Choro por um tempo em silêncio.
— Eu tenho novidades, Susie. Eu coloquei tudo em cartas para que você possa ler, você vai ler tudo, amor? Você vai me deixar te fazer a mulher mais feliz desse mundo? Eu planejei te pedir em namoro, sabia? Na noite do parque, eu sabia que você era noiva do Aus mas eu não me importava. Eu precisava te pedir em namoro. Só que aí você me beijou e deu no que deu.
Levanto e pego uma caixinha aveludada no bolso do meu casaco
— Eu ando com essa aliança no meu bolso todos os dias, fico esperando você acordar pra poder fazer o pedido, mas estou achando que não terei o prazer de te ouvir aceitar o meu pedido de namoro. Mesmo assim vou perguntar, ok?! Susan Gilbert, você aceita me namorar? Olha que quem cala consente hein.
Abro a caixinha e pego a joia, coloco no dedo de Sue e em seguida coloco a outra no meu dedos — olha Susie. Agora somos namoradas. Um tempo atrás eu disse que tinha uma foto sua pra postar mas nunca postei, vou fazer isso agora!
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Legenda: A dona do melhor sorriso do mundo e também de todo o meu coração! @gilbertsue
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Algumas horas depois me pego pensando num futuro incerto — Sabe, Susie, eu estou ouvindo umas músicas aí, te falei disso em uma carta mas agora já não tenho certeza se você irá conseguir lê-las um dia, será que eu posso cantar uma dessas músicas pra você? Acho que posso né?
Nada, nenhuma resposta, nenhum suspiro irregular.
PLAY: Eu Te Amo - Péricles.
— Nos meus sonhos só vejo você, que me acorda com beijou de amor — entrelaço nossos dedos — que desperta no meu coração, a doçura feroz de um vulcão que explode de felicidade — aconchego meu rosto em seu pescoço — pro meu mundo só quero você, pra valer o meu sonho de amor. Só você é capaz de acender essa luz de intenso prazer, que não deixa lugar pra saudade — as lágrimas voltam a cair — nunca mais o teu sorriso vai fugir de mim — fecho meus olhos e lembro de todos os nossos momentos felizes — sempre mais eu vou ficar afim, eu te amo! E o nosso sonho nunca vai morrer... eu te amo e essa verdade vai prevalecer... eu te amo! Te quero demais, meu mundo é você!
Aperto sua mão.
— Eu te amo, Susie.
— Eu também te amo, Emi — uma voz rouca que conheço muito bem responde — eu aceito namorar com você.
Será que estou ouvindo direito ou isso é apenas mais uma façanha de meu cérebro? Não, não pode ser, com certeza essa é a Voz da minha amada.
— SUSIE? — digo me levantando rapidamente.
Eu não estava ficando louca. Seus olhos estão abertos! Ela está viva e me olhando, se isso for um sonho não me acordem.
— Sue você tá bem? — digo ainda sem acreditar.
— estou com dor, Emi. Tudo dói, o que aconteceu? Por que estou em um hospital?
Nesse momento estou chorando de felicidade, um largo sorriso me cerca os lábios.
— você sofreu um acidente mas agora tá tudo bem — digo secando as lágrimas — você está viva e é isso o que importa.
— Quanto tempo eu dormi? — a abraço
— Uns quatro meses, mas agora tá tudo bem, isso basta.
— quatro meses? E o casamento? O Austin deve estar furioso... o seu carro, eu destruí o deu carro, Emily me desculpa.
— Você não sabe o quanto é bom poder ouvir sua voz de desespero de novo — a abraço mais forte e sorrio.
— Emily isso não tem a menor graça.
— relaxa, o Aus não tá chateado, na verdade aconteceu tanta coisa nos últimos meses que você vai pirar quando descobrir. Eu vou te contar tudo — paro o abraço — só preciso avisar ao médico que você acordou, por favor não dorme de novo! — saio depressa e volto em seguida com um médico.
Ele examina Susan e pede para fazer uma tomografia de segurança, mas que aparentemente estava tudo bem e de manhã ela poderia ir para casa.
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— Vai Em, me conta tudo — ela diz ao entrarmos em meu apartamento — o que eu perdi? Por que preciso ficar na cadeira de rodas? Qual o motivo do Austin não estar bravo?
— Você é cheia de perguntas hein, tenho resposta para todas elas, só um instante — corro até o quarto e pego o caderno onde estão às cartas, retorno a sala e o entrego — aqui está a resposta para todas as duas perguntas.
