Obs. Essa segunda parte foi inspirada na músicaLoved me Back to Life, da Celine Dion. Musica na mídia
Boa leitura!
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Pelos próximos longos e dolorosos dias, Valentina se manteve em seu quarto temporário no castelo Volturi.
Ela mesma se entregara após um acordo ser feito. A vida de Edward — e a transformação de Isabella — por ela. E mesmo que fosse extremamente difícil para ela ficar longe de sua família, precisou aceitar seu destino.
No quarto em que se hospedara não havia muita coisa, apenas uma poltrona e uma escrivaninha. Ela se sentou no móvel e lá ficou, sem se mexer, sem pensar. Se ela ficasse imóvel e não forçasse sua mente, talvez não passasse por uma crise durante sua estadia.
Não..., ela pensou. Ela não podia ter uma crise, mas naquelas circunstâncias, reclusa em um quarto que não era seu, privada de todos que amava, já poderia ser considerado milagre divino ela não ter se entregado a insanidade.
Mas sua verdadeira prisão não eram as paredes que a cercavam, ou a conexão com os reis Volturi, mas sim sua própria mente. Não importava o que fizesse, o sorriso que colocasse no rosto, sua mente sempre fora um lugar tenebroso.
E naqueles dias, estava sendo pior. Ela podiam ouvir vozes lhe atormentando — não eram pensamentos, ela sabia diferenciar, e quanto mais ela se afastasse de todos, mais elas ecoavam.
Eu andava morta, presa em minha cabeça Eu não conseguia sair, apague as luzes As vozes lá dentro eram tão altas
As batidas na porta ao ser aberta a fizeram sair de seus pensamentos. Ela abaixou a cabeça por momento e a ergueu, olhando para o lado. Os reis estavam no batente, a encarando preocupados.
— Cara mia... — Aro chamou — Por que se mantém neste quarto?
— Não tenho vontade de sair — ela respondeu, desviando o olhar.
— Tenho certeza de que não é isso — Caius rebateu.
— Eu apenas quero ficar sozinha, está bem? — Valentina aumentou o tom de voz — Me deixem sozinha!
Eles sentiram uma leve pontada no peito com aquela resposta. Aro e Caius fizeram o que ela pediu e se retiraram rapidamente. Marcus no entanto, pôde sentir que Valentina não se sentia bem, e se culpou por não saber o que fazer.
— Por favor... — ela pediu friamente — Me deixa sozinha.
Ele por fim suspirou e fechou a porta, se retirando a passos lentos. Do corredor ele ouviu um soluço sufocado.
