Obs. Evangelina é Chelsea, a vampira responsável por criar os laços emocionais dos outros com os Volturi. Ela costuma mudar de nome ao longo dos séculos para poder interagir com os humanos.
Boa leitura!
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Volterra, Itália Ano de 1852
— Senhorita Lia, por favor, não vá tão rápido.
A jovem riu diante da visível preocupação no tom de voz de Evangelina, que se mantinha a uma distância segura.
— Para uma vampira tão velha, até que você é bem medrosa, Eva.
— Bem, prefiro ser uma vampira medrosa e estar inteira, do que ser estripada e jogada na fogueira pelo mestre Caius depois da senhorita se machucar — ela rebateu com um suspiro pesado.
Lia riu mais uma vez, continuando a cavalgar pela floresta noturna, sentindo um pequeno sabor da liberdade da qual se sentiu privada por tantos meses.
Quando conheceu Caius, em um baile organizado na capital — onde ela morava — por um dos lordes, sentiu-se atraída por ele automaticamente, e ele por ela. Ambos dançaram duas músicas, o que já foi o bastante para que as senhoras lá presentes murmurassem sobre tal preferência e um possível futuro casamento.
Depois de poucos meses sendo cortejada, o casamento foi realizado de maneira simples e íntima. No entanto, foi apenas quando chegaram em Volterra — sua nova casa — que ela soube da verdade.
Caius era um vampiro, e pretendia transformá-la para ser como ele o mais rápido possível. Lia se sentiu assustada, enganada, e ficou vários dias evitando-o persistentemente. Mas ela ainda o amava, e tal sentimento era recíproco; aquilo ajudou a firmar um acordo entre os dois. Lia teria mais dois meses como humana, vivendo como quisesse — lembrando-se de que estava casada — e após isso, seria transformada. Ele também prometeu não tocá-la enquanto fosse humana, tendo em mente que poderia machucá-la.
E lá estava Lia, cavalgando pelos campos ao redor da cidade, sendo observada de longe por Evangelina, que já começara a correr em sua direção para mantê-la dentro do seu campo de visão.
Mas Lia não se importava com aquilo. Ela só queria sentir o vento soltar seus cabelos e ver as estrelas cintilando no céu noturno.
Ela olhou para cima, sorrindo com a visão do céu estrelado, repleto de pequenos pontos brilhantes e a lua cheia embelezando ainda mais tal visão. Se deixando levar, a mulher continuou olhando para cima, se esquecendo momentaneamente do cavalo.
— Senhorita! — ela ouviu o chamado da vampira atrás de si.
Lia piscou algumas vezes, voltando a olhar para frente, arregalando os olhos ao ver que o cavalo havia perdido o controle, indo na direção de uma grande árvore. Ela puxou as rédeas do animal, conseguindo desviá-lo. Infelizmente ela ainda bateu contra o tronco, sentiu sua pele arranhar nele e caiu do animal. Sua cabeça bateu na raiz, e ela perdeu a consciência quase automaticamente.