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Madeline
O cheiro de cloro, sangue e dipirona estava forte em minhas narinas, se tornando rapidamente repulsivo para mim.
Não gostava de hospitais, eles sempre me lembravam de que eu não era igual aos outros em muitos sentidos. A morte chegaria para todos, mas eu permaneceria ali, co-existindo com todas as diversas gerações que chegassem.
A imortalidade é uma merda.
Parei em frente a porta de número 164, suspirando levemente antes de abrí-la lentamente. O quarto hospitalar era igual a todos os outros, com paredes, forro de cama e tudo o mais enjoativamente brancos. O medidor de batimentos cardíacos apitava de forma constante.
— Ei, mestiça.
Sorri com o apelido, indo até a cama hospitalar e me sentando na cadeira que havia ali perto. Drew me encarava com um olhar cansado.
— Eu avisei sobre sair de moto sem habilitação. — disse, o repreendendo. — Poderia ter machucado mais alguém.
— Por isso eu desviei e bati na árvore. — ele rodou os olhos. — Relaxa, felizmente eu estava perto dessa cidade.
— Claro, segurança baixa, você não vai ser preso. — resmunguei, cruzando os braços.
— Não é por isso. — ele negou, se aproximando o máximo que conseguia com uma perna e um braço engessados — Tem um doutor aqui que é um dos seus.
Franzi a testa, confusa com o sussurro.
— Sou a única da minha espécie. — respondi, jogando o cabelo para trás do ombro. — Sou a primeira e únicamestiça sem genética humana.
— Me desculpe o engano, vossaalteza. — Drew zombou, fazendo uma reverência com o braço bom. — Quis dizer que ele é um da raça de seu pai.
— Ele não é meu pai. — respondi firmemente. — Então tem um vampiro no hospital? Conte outra, Drew.
— É verdade! — ele reclamou. — Pergunte a ele.
Ouvi o som de passos se aproximando, o que me fez virar na cadeira e ficar de frente para a porta. Ela se abriu oito segundos depois.
Assim que o homem entrou, soube que Drew estava certo — o que era raro. O médico não possuía batimentos cardíacos, e seu cheiro era característico de um vampiro.