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{Jhúlia}
"É uma coisa dos quileutes"
"Eu sinto como se tivessem cordas me conectando a essa pessoa"
"Eu sou um transmorfo. É como um lobisomem"
"Isso só acontece uma única vez"
"Meu imprinting é você, Jhúlia."
Me sentei na cama em um pulo, soando frio. Minha respiração estava descompassada, e meu coração, acelerado. Aquela já era a quinta vez que eu acordava desde que eu chegara em casa e havia me jogado na cama; e ainda eram 16:37H.
Respirei fundo e tirei as botas antes de sair do quarto, descer as escadas e ir direto para a cozinha. A casa estava silenciosa, sinal de que minha mãe já havia saído para trabalhar. Enquanto bebia um copo de água, pensei novamente em tudo o que Jacob tinha me dito enquanto me trazia para casa.
Imprinting. Eu era o imprinting do Jake, e aquilo fazia mil e uma perguntas surgirem e correrem em círculos em torno de minha cabeça, como um desenho animado. O que eu deveria fazer? Tratá- lo mesma maneira? Seria obrigada a ficar com ele? Cada vez mais e mais duvidas começavam a me rondar e me preocupar.
Mas esse não era o único problema com que eu me preocupava. Bella obviamente iria saber que Jacob havia me contado, e que eu reagi bem a tudo; me assustava o que ela poderia tentar fazer. Algo ruim com toda a certeza, afinal ela não admitia que seu amigo lobisomem se envolvesse com mais ninguém — como se eu me importasse.
— Um lobisomem. — murmurei para mim mesma, rindo em seguida.
Eu estava gostando de um lobisomem. Um real, um homem que virava um lobo do tamanho de uma casa quando queria. Eu realmente estava maluca.
De repente a campainha começou a tocar de maneira incessante, me fazendo franzir as sobrancelhas juntas. Minha mãe nunca esquecia a chave de casa, por isso sabia que não podia ser ela, e qualquer pessoa que quer vir até aqui, sabe que deve ligar ou mandar mensagem avisando. Fui até a porta e a abri, fechando logo em seguida com força ao ver quem era. Como aquela perua descobriu onde moro?
— SUA VAGABUNDA! TE AVISEI PARA SE AFASTAR DELE!
Bufei enquanto tentava manter a porta fechada, mas ela de alguma maneira conseguiu abri-la e entrar. Seu olhar era de puro ódio, e podia jurar que o canto de seus olhos estavam vermelhos.
— O que você quer agora? — perguntei impaciente — Eu acabei de acordar, e é sempre melhor mexer com um urso bravo do que comigo quando acabo de acordar!
— EU AVISEI PARA FICAR LONGE DO JAKE! — gritou apontando o dedo na minha cara — ELE É MEU, E UNICAMENTE MEU MELHOR AMIGO!
— Ele não é propriedade sua, Isabella! — exclamei séria — E não é porque ele é um transmorfo, que eu vou me afastar!
Agora eu havia realmente irritado a Swan. Ela segurou firme meu braço, me lançando um olhar raivoso. Devolvi o seu olhar sem medo, a desafiando a continuar.
— Se me machucar, Jacob saberá — alertei com a voz séria.
— Agora eu não me importo.
E foi tudo o que ela disse antes de tentar desferir um tapa. Tentar. Eu segurei seu braço com minha mão livre, cravei minhas unhas em sua pele e chutei sua canela, a fazendo cair no chão e soltar meu braço. A encarei com puro ódio, sentindo que eu havia chegado ao meu limite.
— Nunca mais encoste em mim! — falei séria — Agora saía da minha casa, sua vadia! ANDA! SAIA AGORA!
A empurrei para fora e bati a porta com força na sua cara. Suspirei aliviada e me encostei na porta. Um alívio imenso tomou conta de meu corpo ao fazer tudo aquilo com Isabella. Ela nunca fora alguém muito legal ou simpática comigo, deveria ter imaginado que ela não teria mudado.
Como minha mãe dizia: as pessoas nunca mudam.
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Imagine Revisado e Corrigido dia:29 de Maio de 2020
