Cap 03 - Uma Saída

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Morana

Elijah não disse uma palavra no carro, estava com sua atenção o tempo todo na estrada. Chegamos em casa e as crianças vão para os quartos. Elijah coloca as chaves no móvel da entrada e sobe as escadas. Vou atrás dele, o alcanço quando já está no nosso quarto. - O que houve? - pergunto, ele se vira para mim. - Foi só uma conversa que tive com o seu pai! - ele parece distraído. - Que conversa? - me aproximo dele, nossos olhos se encontram. - Algo que fiz a muito tempo atrás. - em seus olhos consigo ver que está atormentado. - Morana eu não quero que seja como eu ou o seu pai! - pega em meu rosto e beija meus lábios, como se estivesse envenenado e meu beijo fosse o único antídoto. - Eu não estou entendendo o que quer dizer! - olho para ele confusa, coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. - Me prometa, prometa que nunca vai deixar seu lado vampiro ser ativo! - passa seu polegar pela minho bochecha. - Porque isso agora? - nos encaramos por um instante, ele fica em silêncio, vira de costas para mim devagar. - Já tem o dom da imortalidade, não sei como mas o tem, sem precisar se preocupar com a cede de sangue. - me olha por cima do ombro. - Eu também não sei o porque não envelheço, já que o Ric disse que não sou só uma musa e nenhum registro tem o tipo de espécie que possui todas as minhas habilidades. - volta a ficar de frente para mim. - Não posso prometer isso a você Elijah e sabe disso. - coloco uma perna para trás e tiro o salto com a mão e faço a mesma coisa com a outra perna, pego os saltos e coloco no closet. - Sabe que se caso eu morrer o sangue de meu pai me faz voltar como vampira. - tiro os brincos e coloco no porta joias, Elijah me acompanha com os olhos. - Não posso prometer a você que nunca vou morrer. - ele começa a soltar suas abotoaduras. - Mas pode me prometer que não vai se tornar vampira por vontade própria. - afrouxa a gravata e tira o paletó. Caminho na ponta dos pés que estão descalços até ele. - Eu prometo, prometo que se eu chegar a virar uma vampira não será por escolha minha meu amor. - passo minhas mãos por seu pescoço e deixo um selinho em seus lábios, desço uma mão pelo seu rosto e paro em sua bochecha, puxa minha cintura e me beija com força, nossos lábios ditam um ritmo lento e intenso, desce para o meu pescoço afundando seu rosto nele, vai para atrás de mim sem deixar o meu pescoço, encontra o zíper do vestido e o desce lentamente. - Elijah, as crianças estão em casa. - em viro para ele com meu vestido já aberto. - Então é só você gritar baixo. -  pega nas duas mangas do vestido que estão no início de meus braços pelo modelo do vestido ser ombro a ombro e as puxam para baixo revelando meus seios, continua puxando o tecido para baixo parando na minha cintura, fica em um joelho na minha frente e continua puxando o vestido. - Passai o jantar lembrando que estava sem calcinha. - o tecido vai até meus calcanhares e saio de dentro do vestido, Elijah o coloca de lado e me baija com força ainda de joelhos, sua lingua quente me faz segurar em seus ombros para conseguir continuar de pé. - Elijah! - quase grito, empurro sua cabeça mais fundo e ele dá uma atenção especial a meu clitóris, passando a lingua por ele. - Amor! - ele me olha, sabe me ler perfeitamente, levanta e coloca as duas mãos abaixo da minha bunda quase na parte de trás das minhas coxas, aberta e me ergue do chão, fico montada nele, nos guia até a cama e me deita nela, vai para entre minhas pernas me beijando lentamente. - Elijah! - me contorço na cama. - Amor mais baixo. - fica de joelhos na cama e puxa sua gravata a tirando, abre os botões da camisa e a tira, dou um sorriso ao vê seu abdómen. Levanto e o coloco deitado na cama, ele coloca os olhos em mim sorrindo. - Eu vou cuidar de você. - mordo meus lábios e abro seu cinto, tiro sua calça e já está duro, levo minha boca até seu sexo, subo e desço com força. - Ohh! - ele geme separando os lábios em um suspiro. - Agora quem precisa fazer silêncio? - dou um leve sorriso para ele que me puxa para si me deixando montada em seu colo, ele está com o seu olhar desesperado como se precisasse de mim sem poder adiar mais, me penetra com força. - Ahh! - quase grito, ele tapa minha boca e continua os movimentos, subo e desço nele, outra vez e outra vez, com as mãos apoiadas em seu peito, as suas em meu quadril, acelero o ritmo e ele explode, eu junto com ele, caio na cama ao seu lado. - Vou tomar um banho, você vem? - digo saindo da cama e indo para o banheiro, Elijah cem comigo. Na manhã seguinte acordo com o despertador do celular tocando, Elijah continua dormindo, mal enrolado nos lençóis seu abdómen nu está todo exposto, é uma linda visão, vou para o banheiro, escovo os dentes e tomo um banho, coloco um vestido cor de vinho apertado que chega na altura dos joelhos e na parte de trás tem uma venda que facilita a mobilidade, tem mangas que vão até o final do meu braço, todo franzido, saltos pretos e bolsa preta. Marquei de ver com minha mãe os objetos negros que ela falou. Elijah e as crianças vão mais tarde para o instituto. Pego meu carro e vou para o instituto, passo pelos portões e estaciono na garagem. Caminho pelos corredores que ainda estão vazios, vou para o museu da escola, onde ficam todas as relíquias da família, na parte restrita estão os objetos negros, fora do alcance dos alunos. - Bom dia Zec! - coloco minha bolsa em cima de uma mesa grande de madeira. - Bom dia Ana! - Zec cuida do museu, está comigo desde que fundei o instituto. Especialista em antiguidades, é um bruxo, traços asiáticos cabelos escuros, lisos, curtos, óculos quadrados pequenos, com quase a mesma altura que eu, porém ainda mais baixo. - O carregamento acabou de chagar. - aponta paras as inúmeras caixas no chão e está com umas folhas em sua mão. - Vou começar a fazer os relatórios. - diz passando as folhas que estão em suas mãos. - Tudo bem, Ruby vai te ajudar. - vou até uma prateleira e pego um objeto, parecido com uma caixa de musica, redonda e azul clara, com a estampa de flores brancas por toda a lateral, cabe na palma da minha mão de tão pequena e delicada. - Está com o ascendente de novo? - Zec pergunta, olho para ele. - Sim, queria saber como funciona já que como você pesquisou, mas o sangue Bennet não funcionou. - ele se aproxima de mim com os olhos na caixa. - Como foi mesmo que você conseguiu ele? - toca na caixa com cuidado. - Ele simplesmente apareceu em minha mão. - coloca os olhos em mim. - Sabe que já pesquisei muito sobre ele mas não achei nada, até parece que você o criou. - trago a caixa até a altura dos meus olhos. - Bom dia! - ouço a voz da minha mãe. - Bom dia mãe. - coloco a caixa em cima da mesa e saio ao encontro dela. - Desculpe eu te atrasado. - me dá um beijo na bochecha. - Tudo bem. - dou um leve sorriso. - O que era que o Ric queria? - ela pega o celular e me mostra uma foto de um bastão com algumas inscrições nele. - Você tem algum desses? - vou até uma das prateleiras e pego o mesmo objeto que tem na foto. - Para que o Rica quer o bastão da força? - o entrego a ela. - Ele vai estuda-lo e fazer alguns testes. - ela o guarda na bolsa. - O que acha de tornarmos café? - diz voltando a arrumar a bolsa no braço. - Claro! - vamos caminhado para fora do museu, encontramos com Ruby na porta. - Bom dia filha! - digo a ela que não está com uma cara muito boa. - Bom dia vovó. - fala com minha mãe e me ignora. - Ruby? - olha em minha direção as forçada. - Depois que terminar os relatórios quero que organize todos os outros relatórios que já estão feito por ordem alfabética, vamos ver se isso melhora seus modos. - passo por ela e saio com minha mãe mas ainda a ouço resmungar, dou um leve sorriso. - Podemos ir para o refeitório, fizemos uma recente reforma e ficou incrível, temos uma cafeteira exclusiva de grãos de café premium. - digo me gabando. - Mas você nem gosta de café filha. - diz quando estamos entrando no refeitório. - Eu sei mas parece todos os outros gostam. - dou um leve sorriso. Vamos até o balcão e ela pede um expresso triplo e eu um soco de laranja, pego alguns sanduíches variados, bacon, ovos e levo para a mesa, sentamos e começamos a comer. - E você e o papai como estão? - toma um gole do café. - A filha, seu pai é um pouco complicado, eu sei que ele está tentando se adaptar a vida domestica mas ele sente falta da agitação. - mordo um sanduíche. - A mãe pega leve com ele. - coloco um braço na mesa e num piscar de olhos estou de pé no pátio do complexo da minha família. - Olá? - mas não obtenho nenhuma resposta, tudo está silencioso. - Tem alguém ai? - começo a andar indo em direção aos cômodos, entro na biblioteca e não tem ninguém, subo as escadas lentamente e checo cada quarto e todos estão vazios. Todas as coisas estão como quando eu cheguei no complexo pela primeira vez, todos os móveis e decoração estão iguais, mas não deveriam pois com o passar dos anos reformas foram feitas e a maioria das coisas mudaram. Chego em frente a porta do padrão, nunca gostei muito de ir lá por causa dos caixões que meu pai sempre guardou naquele cômodo. Desço as escadas lentamente tentando não fazer barulho, a primeira coisa que vejo são os caixões empoeirados, dois deles pretos e um deles branco com um E na tampa, sei que esse é do Elijah, batem em mim uma dor profunda ao ver aquele caixão dele, pois não consigo imaginar minha vida sem meu Elijah. Passo a mão pelo E do caixão tirando a poeira, bato uma mão na outra sem fazer barulho para tirar o pó que ficou na munha mão. Na minha frente tem um enorme corredor de pedra onde ficam as selas do porão, meu pai dizia que era seu paraíso pessoal para torturar os inimigos, suas grades são de adamante embebidos em magia para não permitir fugitivos. Vou andando lentamente pelo corredor de pedra, quando chego em frente a primeira sela vejo um homem deitado no chão imóvel, me aproximo da grade e vejo que se trata de um vampiro, pois está dessecado. O homem tem a pele clara, cabelos escuros que vão até sua testa, lisos mas desgrenhados, rosto fino e boca bem marcada, onde claramente covas se formam quando ele sorrir. Abro a sela sem dificuldade e entro, deixo a porta bem aberta para não terá perigo de se fechar comigo aqui dentro, me aproximo do homem com cuidado, com o pé mexo em seu braço olhando para seu rosto e nenhum movimento ele faz, no final da sela junto com a parede tem cacos de vidro do que parecia ser uma garrafa de bourbon, pego uma dos cacos e me abaixo próximo do rosto do homem. Sei que isso pode ser uma péssima ideia na qual vou me arrepender, mas preciso saber quem eles é e o que faz aqui, ver se ele sabe o que aconteceu com todo mundo. Com o vidro faço um pequeno furo em meu dedo, deixo o sangue formar uma generosa gota e a deixo cair em seus lábios, ela logo escorre e entra em sua boca fazendo a cor acinzentada sumir de sua pele dando vez a tonalidade clara original, abre os olhos e levanta rápido ficando sentado no chão, com o susto me desequilibro e caio sentada com as mãos e a bunda no chão, olho para ele um pouco assustada, acho que não foi uma boa ideia dar meu sangue a ele. - Ainda estou com sede! - diz olhando para frente, gira a cabeça em minha direção e sua pupilas diminuem. - Cassandra? - afasto um pouco para trás tentando criar uma distancia entre nós, ele engatinha em minha direção e pega em meu rosto. - Cassandra meu amor, como senti sua falta. - Passa seus dedos pelo meu rosto. - Quem é você? - digo encarando seus olhos. - Como assim? Sou eu o Sebastian! - ele diz como se eu já soubesse quem ele é. - Eu não sou Cassandra, meu nome é Morana! - digo tirando sua mão de meu rosto, ele abre a boca como se estivesse tentando unidece-la. - Me perdoe então o meu engano, mas a semelhança é assustadoramente incontestável. - passa as mãos pelo rosto e as levam para o cabelo o deixando um pouco menos bagunçado. - Porque está aqui? - ele volta a me encarar. - O Dr. Saltzman me prendeu no mundo prisão, então quando a Josette, filha dele usou magia negra para sair do mundo prisão eu fui a âncora e fiquei para trás, tudo ficou instável e a ponto de desmoronar então pisquei meus olhos e estava aqui nessa sela. Tentei sair mas não consegui. - olha em volta. - E onde é exatamente aqui? - encontro seus olhos. - Eu não sei, mas acho que só fui transferido de um mundo prisão para outro. - suas presas ficam a amostra. - Me perdoe, mas estou faminto, o sangue circulando em suas veias não está ajudando. - levanto do chão e vou para a saida da sela. - Se meu pai te prendeu aqui então é porque você mereceu. - fecho a porta da sela o deixando preso. - Vai me deixar aqui? - permaneço em silêncio olhando para ele. - Quem é seu pai? - diz levantando e vindo até onde estou. - Klaus Miklaeson! - segura nas grades, me afasto para ficar fora de seu alcance. - O híbrido? - diz encostando a cabeça na grade. - Conhece meu pai? - fica de costas e senta encostado na grade. - Todo vampiro da era de ouro ouviu falar dos Mikaelson, afinal foram eles que deu início aos melhores anos dos vampiros. - olho para suas costas encostada nas grades da sela. O deixo sozinho e subo as escadas para o andar de cima, saindo do porão, ele é o único além de mim nesse lugar. Vou para a entrada do complexo, abro a porta e só vejo uma luz brilhante branca, dou um passo em sua direção e estou na entrada do complexo de novo, a porta atrás de mim emite a mama luz branca na qual eu entrei um segundo atrás. - Como eu saio daqui? - pergunto a mim mesma.

Chamas do Destino - Sangue Mikaelson (Liv 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora