Cap 24 - Ciclos que se repentem

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Elijah

Existe um mantra budista, no qual diz, três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua e a verdade, os lobos o usam bastante para referir-se que não podem esconder sua verdadeira natureza, pois uma hora sua besta interior é libertada. Ajoelhando, olhando para a grama do nosso jardim vejo que isso também é aplicável aos deuses. Morana nos subjuga, implacável, parada a nossa frente. Uma estranha força nos fez ajoelhar e inclinar nossas cabeças perante ela, por mais que saiba que ela fez isso, não tenho certeza se era seu propósito. A força que nos subjugou vai se esvaindo, assim consigo olha para o rosto de minha esposa, vejo que seus olhos voltaram ao normal, pois antes estavam com um brilho branco, como se estivessem consumidos por raios. - Me perdoem, eu, eu não sei o que deu em mim. - nos olha confusa, como se essa reação estivesse sido estranha até para ela. Levanto e Niklaus faz o mesmo, Morana está inquieta em nossa frente, olhando para os lados, como se procurasse algum refúgio, começa a se afastar, indo em direção a floresta, olho para meu irmão ao meu lado, como se ambos estivéssemos com o mesmo pensamento, ele consente, como se soubesse de minha vontade de ir atrás dela. O deixo para trás e sigo Morana, ela passa rapidamente por entre as árvores, uso minha velocidade e paro em sua frente. - Me deixe sozinha! - esquiva-se para desviar de mim, seguro seu braço a impedindo. - Fale comigo! - se solta da minha mão. - Tem algo errado! - diz olhando para a lua. - Como assim? - começo a me preocupar. - Ainda é incerto. - fala como se eu soubesse o que significa. - O destino está mudando, algo o alterou. - explica ao notar minha confusão. Sinceramente eu pensei que ela podia prever o futuro. - Eu não prevejo o futuro... - diz para minha surpresa, mas esqueço que ela também ler pensamentos. - O que eu faço é somente ver os resultados das escolhas que fazem antes de vocês, os caminhos que se abrem após cada decisão que tomam, por mais simples que seja, porem se vocês mudarem de ideia, ou voltar atrás, ou fazer uma nova escolha esses caminha se alteram, isso que dá significado ao livre arbítrio. - confesso que é estranho ela ler meus pensamentos. - Precisamos voltar para casa, vocês precisam se proteger. - voltamos para a casa e encontramos Ruby e Alec conversando com Niklaus no hall de entrada. - Mãe, aconteceu alguma coisa? - Ruby estranha a mãe está agitada. - Precisamos entrar. - ela vai nos guiando e olhando para trás, ouço um carro frear bruscamente na entrada e já fico aposto, Niklaus faz o mesmo, mas relaxamos ao ver que é Hayley, ela vem apressada em nossa direção. - Todos na cidade estão vindo para ca, por sua causa! - grita com Morana. - Você e seus monstros... - olha para meus filhos. - Quando pretendia nos contar? Que é você a brecha de Hope? - ela empurra Morana, que se apoia em Niklaus para não perder o equilíbrio. - Como assim? - Niklaus questiona. - Como assim Klaus? sua filhinha predileta é a única coisa que pode matar a Hope, ela foi criada para isso, ela é a brecha que a natureza encontrou para a tribida. - Hayley chora exaltada. - Vocês sempre a defendendo, e ela se fazendo de boa, mas mentiu esse tempo todo. - Morana pode reagir, mas escolhe não fazer. - Ela é uma deusa! - grita aos quatro ventos, meus olhos recaem para Ruby e Alec, que ficam chocados com a revelação. - O que está havendo aqui? - Rebekah chega junto com os outros. - Tá havendo é que eu tô desmascarando essa farsante, a única razão pela qual está aqui é para matar a Hope. - todos ficam sem entender, ou sem acreditar. - Impossível. - Kol é o primeiro a se pronunciar. - Ela é uma deusa! A cidade inteira já sabe disso. - O que? - Caroline olha para a filha. - Isso explica porque ela não morreu, e voltou daquela forma tão misteriosa. - Hayley continua. Morana só ouve tudo. - Não sou eu a brecha de Hope, são os meus filhos. Por eu ser uma deusa sou a brecha de tudo, não a nada que eu não possa destruir, nem até mesmo outros deuses. - Morana confirma as palavras de Hayley, seu tom é sereno, calmo demais para o meu gosto. - - Então é verdade? Você é uma deusa? - Caroline fala se aproximando da filha, com os olhos fixos nela. - Sim, é verdade! - temo que era sobre isso que Morana estava falando antes, sobre o destino ter mudado. - Não vai machucar minha filha! - Hayley coloca as garras para fora, deixa suas presas a amostra também. - Quem você pensa que é? Não importa o que você seja, vou te mostrar o poder híbrido. - Hayley se prepara para atacar Morana, ganhando impulso. - Somnum! - Morana proferi, Hayley cai no chão desacordada. - Mãe? - Hope corre ao seu socorro. - O que fez com ela? -  choraminga para a irmã. - Não se preocupe, só está dormindo. - acalma. - Atua, como se eu fosse confiar em você depois de ter mentido! - Hope desdenha volta do sua atenção para a mãe desacordada. - Se eu quisesse ter machucado vocês Hope era somente eu estalar os dedos, mas se em todo esse tempo eu não o fiz não será agora que vou fazer. - Morana se irrita, olha para o jardim e depois para os filhos. - Mãe? Precisa se explicar. - Alec a adverte. Sabia que esse dia chegaria, mas não imaginava que seria desse modo. - Tudo bem, mas precisam entrar na casa, todos vão para a sala de estar. - pede seria, o fazemos, vamos entrando na casa, me atraso de propósito e fico por ultimo, olho para trás e vejo Morana no hall de entrada lançando um feitiço na casa, uma onda de poder transparente sai de suas mãos e invadem as paredes. - O que é isso? - pergunto. - Um feitiço de proteção. - diz vindo para o meu lado. - Me prometa que se algo acontecer comigo você cuidará de nossos filhos. - pede séria. - O que poderia acontecer com você? - ela é uma deusa, é indestrutível. - Fico feliz que pense assim, mas por mais que possa ser indestrutível, ainda corro o risco de sofrer com a fúria divida dos outros deuses. - nos encaramos por um momento. - Me promete! - quase implora. - Eu sei que sempre cumpre suas promessas, Elijah eu preciso de sua palavra! - segura uma de minhas mãos firme. - Você tem a minha palavra. - meu peito arde ao dizer isso, pois não sei se suportaria se algo acontecesse a ela. - Ah! - ela geme de dor, se contorce como se estivesse lutando com algo. - Fiquem na casa, nada poderá entrar! - some na minha frente, como se nunca estivesse estado aqui. Olho para os lados, a sua procura, mas é em vão, ela se foi, meu peito arde em chamas, minha garganta fecha e respirar se torna algo quase impossível, uma lágrima solitária escorre por minha bochecha, tenho uma sensação que nunca mais irei vê-la novamente, se isso acontecer, não terei mais razões para viver. Entro na sala a passos rasteiros, chamo a atenção de todos. - Onde ela está? - Caroline com lágrimas nos olhos torna visível que já sabe a resposta. - Ela se foi! - Niklaus afirma. - Precisamos ficar na casa... Morana...  colocou uma proteção! - meus olhos vão para o rosto de cada um, param em meus filhos, que vem até mim e me abraçam simultaneamente. - De novo não! - Freya proferi.

Chamas do Destino - Sangue Mikaelson (Liv 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora