Cap 11 - Sangue Mikaelson

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Morana

Risos ecoam pôr todo o complexo, a família está completa de novo, foi isso que meu pai falou a minutos atrás, pelo sorriso que Elijah deu acho que ele concorda. Devo ser uma pessoa horrível, pôr não está dando pulos de alegria, afinal Hope é minha irmã, Hayley é mãe dela, meu pai também sem grande apresso pela pequena loba dele, agora sei que esse apelido não era exclusivamente meu, fiquei até um pouco chateada ao descobrir que ele a chamava assim e usava esse mesmo apelido comigo. Uma enorme mesa no jardim está com todos os seus lugares ocupados, conversas e brincadeiras, uma grande reunião de família, Elijah está sentado ao lado dela, do outro lado da mesa a três assentos para frente, Alec está do meu lado esquerdo e Sebastian a minha direita. Fiquei calada desde que cheguei, o que é de estranhar já que sou a que mais fala em ocasiões como essa, minha mãe tentou puxar assunto mas o encurtei, meu pai e meus tios só me cumprimentaram. Elijah olha em minha direção de vez em quando, bebe um pouco de seu whisky e desvia os olhos. O ar parece ficar denso e fica difícil de respirar. - Onde vai? - Sebastian pergunta quando me vê saindo da mesa. - Vou ao banheiro! - entro no complexo e vou até o banheiro do primeiro andar, Entro e antes que consiga fechar a porta Hope a empurra e entra de vez. - Será que é pedir muito que melhore sua cara e consiga ficar feliz por minha mãe ter voltado? - ela me fita, a ignoro e vou virando para o espelho, Hope pega meu braço o puxando e me faz olhar para ela. - Não me toque! - saio de seu alcance. - Morana qual é o seu problema? - diz irritada. - Será que é tão insegura a ponto?de tio Elijah não poder olhara para mais ninguém. Não seja essa garota mimada que so pensa em si mesma e ... - conforme Hope fala eu começo a sentir algo dentro de mim querendo se libertar, é uma coisa quente que parece incendiar o meu peito, fecho os olhos tentando controlar mas Hope gritando ao meu ouvido não ajuda. - ... ficar feliz que estão todos radiantes... - abro os olhos e as pupilas de Hope diminuem. - Ana? os seus olhos! - viro para o espelho e meus olhos estão brilhando em um azul celeste, os fecho rapidamente para que Hope não o?veja, ela pega em meu braço esquerdo e sobe a manha do meu vestido, revelando meu pulso e as veias escuras que estão nele, ao ver ela solta meu?braço depressa e me olha em pânico. - Ana! - fica ofegante, olha de um lado para o outro acho que por instinto, para conferir se realmente estamos sozinhas. - A quanto tempo você está... - nos olhamos e ela parece perceber. - Foi quando trouxe minha mãe, não foi? - meu silêncio me entrega. - Ana me perdoe eu não sabia! - seguro firme na bancada da pia. - Não tinha como saber. - olho no espelho e meus olhos já estão normais. - O tio Elijah deve está tão... - baixo a cabeça. - Ele não sabe? não falou para ele? Morana! - olho para minha irmã e confirmo que não. - E você também não vai contar. - a peço, ela parece ficar dividida. - Você não pode me pedir isso! Morana o papai vai ficar louco. - ela faz um gesto para a porta. - É por isso que está estranha, meu deus Ana, precisamos contar para todos. - esse é um assunto fora que questão. - Hope, não conte eu te peço. - ela suspira. - E o que pretende? Cair dura no chão sozinha? - meu peito aperta, eu gemo de dor. - Me promete Hope, promete que não vai falar nada. - ela exita, mas faz que sim com a cabeça. - Eu vou procurar uma maneira de te ajudar. - diz e abre a porta do banheiro, saímos e voltamos para a mesa. O jantar ainda não foi servido, estão ainda bebendo. - Eu queria a atenção de todos! - todos os olhos vão para meu pai. - Eu adoro pintar, como é do conhecimento de todos, pinto desde criança e sempre era difícil encontrar tintas de cores diferentes ou com cores vivas, com isso eu me interessei por botânica, pois eram das flores que eu extraia minhas melhores tintas, então eu criei uma nova variedade de flor, o íris, ou lírio como outros a chama, O jovem principe Luis VII que era meu parceiro de estufa na época ficou maravilhado com a flor e pediu para usá-la como brasão, eu deixei, e a flor de lis se tornou um símbolo da monarquia francesa, ela também é o brasão da nossa família, ela serve para nos lembrar da importância de mantermos a família unida, a flor de lis possui três pétalas, que representam, a fé, a sabedoria e o valor. Fé essa que depositamos um nos outros, o valor que cada um agrega para a família e a sabedoria para que sempre busquemos zelar pela união. Elijah por favor. - meu marido levanta e se junta ao meu pai na ponta da mesa, em suas mãos tem uma caixa de veludo azul marinho, Elijah a abre é tem um lindo colar na caixa. - Esse colar é de diamante com ouro branco, a pedra é de rubi. - o pingente do colar é uma flor de lis vermelha sangue, o colar é prateado cravejado de diamantes, é uma joia excepcional. - Esse colar foi um presente do rei Luis VII, o ouro, os diamantes e o rubi ele tirou de sua própria coroa e mandou fazer esse colar, em sua coroação ele nos entregou como forma de gratidão por todas nossas contribuições para sua ascensão. - todos olham para o colar, tia Rebekah e tio Kol parecem já terem visto o colar antes, pois não se espantam. - O fato de sermos imortais nos fez acreditar que seríamos a última geração Mikaelson,  A muito tempo Elijah e eu com um fio de esperança, decidimos que esse colar seria dado a responsável pela próxima geração Mikaelson. Então Hayley, por ser a mãe de uma primogênita Mikaelson o colar é seu. - meu pai diz, Hayley levanta de seu lugar e vai até os dois. Elijah coloca a caixa de veludo na mesa e pega o colar o colocando no pescoço de Hayley, ao ver ele com as mãos nela meu sangue ferve, olho em volta e todos estão olhando para ela e sorrindo, Hope está séria, ela retribui o meu olhar, meus filhos também olham para mim e Sebastian também, eles parecem perceber meu descontentamento. - Não conseguimos entregar antes porque sequer tinhamos um momento de paz, mas agora que está de volta. - meu pai completa. Hayley passa uma mão pelo colar enquanto a outra está no peito de Elijah, ela sorrir amplamente, um calor me preenche pro completo. - A menos que existisse outra responsável por uma nova geração Mikaelson e ainda por cima é uma Mikaelson. - explodo, chamando a atenção de todos, jogo o guardanapo na mesa. - Alguém que livrou o de vocês da reta inúmeras vezes, que salvou sua vida papai da magia da Hollow, que impediu o Elijah de ir embora, que de alguma forma deu um novo propósito a essa família e olhe que essas palavras não são minhas. - meu peito parece pegar fogo. - Essa vadia desde que chegou não fez nada além de correr atrás do Elijah, sabendo que ele é casado. - olho a minha volta e todos parecem chocados. - Mas quem se importa não é? vamos da tudo para a loba vadia, vamos fechar os olhos para tudo que ela já fez, não liguem, por ela ter manipulado Elijah, usado a tia Rebekah, ou tentado ir embora com Hope para longe, quem liga! - grito aos quatro ventos, meu pai vem até mim depressa e minha mãe também. - Morana já chega! - ele me adverte. - Filha tá tudo bem? - minha mãe pergunta estranhando meu comportamento. - O quê que deu nela? - meu pai pergunta a minha mãe. - Isso foi o que deu nela! - tia Freya levanta a manga do meu vestido de vez e todos veem a magia que está me consumindo. - Morana! - meu pai rosna pegando em meu braço. - Morana o que é... - ele parece não acreditar. - Francamente Niklaus, você sabe perfeitamente o que é isso! - tia Freya diz séria. - Não acredito que vamos passar por esse pesadelo outra vez. - minha mãe parece ainda em choque. - Porque não me disse nada? - Elijah se aproxima claramente chateado. - Não queria que soubesse. - minha voz é calma. - O que é isso? - Alec pergunta. - É uma magia obscura, antiga e poderosa. - Rebekah explica. - E o que vai acontecer com a mamãe? - Ruby me olha preocupada, ninguém tem coragem de responder. - A Magia vai consumi-la de dentro para fora. - Davina é a única que fala. - Então ela vai morrer? - Ruby diz com lágrimas nos olhos. - Não vai não, eu não vou deixar! - meu pai diz determinado. - Eu vou fazer o que deveria ter feito a dezesseis anos atrás. - me olha com os olhos marejados. - Não é tão simples Niklaus! - tia Freya diz triste. - Explique Freya! - Elijah quase ordena. - Hollow sempre buscou uma fonte de poder ilimitado, e em Morana ela achou, a magia se fundiu a Morana e não pode ser extraída. - é isso que os sussurros dizem, que nós somos um só. - EU NÃO VOU DEIXAR MINHA FILHA MORRER! - meu pai grita. - Mas já faz tanto tempo que ela absorveu essa magia, porque ela só apareceu agora? - Marcel questiona. - Foi porque ela trouxe a Hayley de volta. - Sebastian e sua enorme língua entrega tudo. - Eu alertei que era perigoso. - tia Freya consegue deixar meu pai mais apavorado ainda. - Klaus, não precisa se preocupar se eu vou te perdoar, porque nem você mesmo nunca o fará e nunca para alguém como você é muito tempo. - minha mãe cai em lágrimas e sai do jardim entrando no complexo. - Eu não queria causar nenhum problema! - só a voz da Hayley já me deixa irritada. - Não precisam ficar assim, afinal esse não é o jeito Mikaelson de ser? se sacrificar uns pelos outros? - ninguém acha a menor graça com o meu deboche. - Você pretendia nos contar? - Elijah questiona. - Ora querido, não pretendia contar, afinal vocês já tinham tudo não era? Com a volta da Hayley a família ficou completa não foi isso papai? - é a magia falando, ela já está afetando meu comportamento. Começo a me sentir fraca, o mundo gira a minha volta, perco o equilíbrio e me apoia e tia Freya que está ao meu lado, ela lê segura me ajudando a recuperar o equilíbrio, mas não consigo, meu pai vem a mim e me pega no colo. - Eu sinto muito pai! - digo em seus braços, quando me vem uma dose de sanidade. - Não filha, isso é culpa minha, não deveria ter te pressionado a usa a magia negra. - ele me carrega para dentro e me coloca em sua cama, senta ao meu lado e segura minha mão direita. - Eu prometo que vou fazer de tudo para te salvar, nem que isso seja a última coisa que eu faça. - beija minha mão, seus olhos choram. - Não chore papai, não devemos chorar, nem lamentar pelos mortos,  devemos nos alegrar pelo tempo que nos foi dado. - seguro seu rosto com minha mão esquerda e seco suas lágrimas. Minha mãe entra no quarto, seus olhos estão vermelhos já de tento chorar, ela senta do meu lado ficando de frente ao papai, olhos para meus pais de cada lado meu, lembrando de nossos inúmeros momentos juntos. - A morte nada mais é que um sono eterno, nada que eu já não conheça. - tento deixar tudo menos penoso. - Não tem graça filha! - minha mãe diz aos soluços. Meus filhos entram no quarto, os dois também choram. - Eu sei que o Elijah vai cuidar bem de vocês. - ele sempre foi um excelente pai. - Mamãe não nos deixe! - Alec diz aos prantos. Elijah entra e meus tios também, todos me olham como se eu já estivesse morta. - Que isso gente, não quero ninguém chorando do meu funeral, quero Jazz e uma grande festa, vocês dançando e bebendo, pensando em nossos momentos mais felizes. - falo com dificuldade, alguns não contem e dão um meio sorriso. - Pai eu ia falar com você e não tive tempo, o Sebastian vai passar uns dias no complexo até se organizar. - ele consente. Sinto minhas forças se esvaziarem. - Será que posso falar com meus filhos e com Elijah a sós? - os outros saem e nos deixam sozinhos. - Mãe! - Ruby deita sobre meu peito. - Não se preocupem, eu sempre estarei com vocês, o futuro de vocês já está garantido, seu pai vai tomar conta de vocês. - uma lágrima escorre pelo meu rosto. - eles ficam me olhando ambos em silêncio, como se estivessem gravando essa imagem minha na mente deles. - Meus amores, morrer não é difícil, o difícil é ficar vivo e encontrar forças para seguir em frente. Nos dias que acharem que não vão aguentar olhem para a lua e saibam que eu estarei olhando de volta para vocês. - Alec senta da cama e também me abraça, é uma ótima sensação ter meus filhos em meus braços. - Eu amo vocês. - eles apertam o abraça. - Nós de amamos mãe! - eles falam juntos. Elijah observa tudo de pé ao lado da cama. - Será que eu posso falar com o pai de vocês sozinha? - eles me dão um beijo e saem. - Sei que não gosta de despedidas mas... Espero que saiba que me fez muito feliz. - ele me encara. - Sei que não estamos muito bem, mas também sei que todo o resto se torna bobagem quando se está a beira da morte.  - com o polegar ele seca uma lágrima. - Isso vai facilitar tudo para você não é? - choro que nem uma criança. - Morana! - ele senta na cama e segura meu rosto. - Eu sei que você me ama, é claro que eu sei, mas também a ama, eu vejo na maneira como olha para ela. - as lágrimas insistem em cair. - É diferente, Morana é um sentimento diferente. - encontro seus olhos. - Existem muitas formas de amar Elijah, embora diferentes mas todas são amor. - ele seca uma lágrima que escore pela minha bochecha. - Eu só preciso saber, quem você escolheria? - ele desfia os olhos, isso já o entrega, choro ainda mais. - Elijah! - ele exita mas olha para mim. - Quem? - fica em silêncio e isso me destrói, quebra meu coração em pedaços. - Morana... Não me faça dizer... ou escolher! - estamos ambos chorando, meus olhos doem e meu corpo também, fica difícil me mexer. Meu olhar está frustrado e Elijah sabe disso, respira fundo como se tentasse juntar forças para dizer. - Eu te amo, eu te amei desde o primeiro dia em que te vi, nos seus olhos eu encontrei a força que eu precisava para seguir em frente depois da morte da Hayley... - ouvir dos lábios dele o nome dela me machuca. -... Você me deu meus filhos e eu nunca vou conseguir retribuir isso, você sempre será a mãe deles, eu sempre vou amar você. - tento me mover mas não consigo, não tenho forças, minha respiração fica lenta. - Prometa que sempre vai cuidar dos nosso filhos. - peço com esforço. - Você tem minha palavra. - minha visão começa a ficar escura. - Eu te amo! - digo com um suspiro, o rosto de Elijah vai sumindo da minha vista ao poucos até não restar nada além de escuridão. Não vejo nada, mas minha mente está consciente, tento abrir os olhos e consigo, mas não estou no quarto do meu pai, estou em um jardim, com grama verde e enormes árvores frutíferas, mas uma arvore me chama a atenção, nela tem maçãs douradas, um cheiro inebriante de pomar invade meu nariz, meus lábios formam um amplo sorriso, vou me aproximando da macieira lentamente. - Gostou do jardim das hespérides? - ouço uma voz atra de mim, me viro e vejo meu pai. - Pai? O que faz aqui? - ele sorrir. - Não sou seu pai! - está com uma toga branca, com um cinturão de ouro marcando a cintura, a parte de cima franzida e sem mangas, deixando o branco de seus braços a amostra. - Eu sou Zeus! - meus olhos se abrem em surpresa.

Chamas do Destino - Sangue Mikaelson (Liv 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora