Cap 04 - Preciso encontrar

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Elijah

Escrevo na lousa "O povo que subjuga outro forja suas próprias cadeias." tampo o lápis e olho para a classe, com cerca de cinquenta alunos. - Algum de vocês sabe me dizer de quem são essas palavras! - alguns levantam as mãos, aponto para um rapaz sentado na segunda fileira. - Karl Marx! - fala com convicção. Viro para a lousa e escrevo o nome do autor dessas palavras. - Mas senhor Mikaelson o senhor escreveu seu nome abaixo da frase. - o mesmo aluno observa, dou um leve sorriso. - Isso mesmo, é sobre isso que vamos falar, sobre a influencia dos Mikaelson na história. - agora eles parecem começar a entender. - Sei que muito de vocês tem curiosidades sobre esse assunto e hoje eu vou... - a porta da sala se abre e Caroline entra sem qualquer cerimônia. - Elijah posso falar com você? - parece um pouco assustada. - Claro! - vou para o lado de fora da sala junto com ela. - Algum problema? - pergunto quando chegamos no corredor. - Eu estava com a Ana no refeitório e ela sumiu! - diz ofegante, um pouco inquieta. - Como assim sumiu? - coloco uma mão no bolso. - Sumiu, ela estava na minha frente e um segundo depois não estava mais, eu procurei em todos os lugares e não a encontro. - gesticula com as duas mãos. - Você já falou com mais alguém? - faz que não com a cabeça. - Tudo bem! - tiro o celular do bolso e procuro o nome de Freya, que logo me atende. " Oi Elijah! " viro para os armários do corredor. " Freya, preciso que faça um feitiço de localização para mim, Morana sumiu e não a encontramos em nenhum lugar. " Caroline espera com atenção. " Claro Elijah, vem para o complexo? " olho para dentro da sala através do vidro da porta. " Sim, estou a caminho! " desligo e guardo o celular no bolso, entro na sala e dispenso os alunos, saio em seguida da sala e volto para o corredor. - Vai avisar ao Alec e a Ruby? - Caroline pergunta. - Sim. - vou até a sala onde os dois estão. - Senhorita Wood pode seder meus filhos por favor? - a professora de magia consente e os dois saem. - Aconteceu alguma coisa pai? - Alec pergunta olhando para a Avó no corredor. - Sim, sua mãe sumiu! - ouço o coração de Ruby disparar. - Ela sumiu? - diz assustada. - Sim, ela estava com a sua avó no refeitório e sumiu, já liguei para Freya, ela vai fazer um feitiço de localização para sabermos onde ela está, venham vamos para o complexo. - caminhamos os quatros para a entrada do instituto. - Eu vou avisar ao Klaus! - Caroline pega o celular e coloca no ouvido, fala com meu irmão e logo depois desliga. Meus filhos entram em meu carro enquanto Carline pega o dela, logo depois estamos no complexo. Freya está parada de frente para uma mesa com um mapa múndi em sua frente, seus olhos estão fixos no mapa, mas ao mesmo tempo parecem distantes. - O que foi Freya? - olho para o mapa e a gota de sangue que ela usou para fazer o feitiço está imóvel no meio do mapa. - Ela não está em nenhum lugar! - seus olhos vem a mim com surpresa. - Como ela não pode está em nenhum lugar? - viro o mapa para mim, o observando com atenção. - Acharam ela? - Niklaus chega junto a mesa perguntando. - Ainda não! - Freya comenta colocando as mãos sobre uma tigela de prata com sangue dentro, proferi algumas palavras com os olhos fechados, nada acontece. Alec e Ruby se olham entre si, também estão junto a mesa. - Vocês dois podem tentar localiza-la? A conexão de vocês com ela é mais forte que a minha. - Freya pede, os dois concordam, então os três dão as mãos e fazem o feitiço, mas nada acontece. - Não é possível, é como se ela não estivesse nesse mundo! - Freya fala com raiva colocando as mãos com força na mesa. Só de imaginar que algo de ruim possa ter acontecido com ela ou que tem a possibilidade de nunca mais ve-la me deixa desesperado. - Não pode ser, ninguém some assim! - Niklaus olha em minha direção, me afasto da mesa para pensar melhor e ele vem até mim, os três continuam tentando localizar Morana. - O que acha aconteceu? - Niklaus pergunta se aproximando de mim. - Sinceramente eu não sei. - coloca a mão em meu ombro. - Vamos acha-la tá? - consento e voltamos para a mesa. - Ainda não acharam? - Caroline chega no complexo. - Não! - Niklaus vai até ela e fica ao seu lado. - Como foi exatamente que ela sumiu Caroline? - pergunta a sua esposa. - Hora Klaus sumindo, num momento ela estava lá no outro não estava, assim que ela tocou na mesa foi como se a mesa... - Freya olha para o mapa. - Fosse um portal! - Freya completa a frase de Caroline, que me olha em seguida. - Como assim um portal? - pergunto a minha irmã. - Faz sentido, já que ela não está sendo localiza no mapa desse mundo, é porque ela está em outro mundo. - eu, Niklaus, Caroline, Alec e Ruby olhamos para Freya. - Mas em que mundo ela estaria? - Niklaus questiona. - Eu não sei! Todos os mundos aprisionados foram destruídos então... - voltamos a estaca zero. - Precisamos encontra-la. - digo e saio da mesa. Subo as escadas, Niklaus vem atrás de mim, entro onde era meu quarto e Niklaus fecha a porta. - O que acha irmão? - coloco uma mão na testa. - Niklaus precisamos fazer algo. - me viro para ele ficando em sua frente. - O que tem em mente? - diz se aproximando de mim. - Mande Marcel ir até o caldeirão ver se encontra alguma pista. - preciso saber o que aconteceu e traze-la de volta. - E você venha comigo! - passo por ele indo em direção a porta do quarto. - Eu posso saber para onde? - olho para ele enquanto abro a porta. - Vamos voltar a colocar em prática nossos inúmeros métodos incomparáveis de torturas. - um sorriso se forma nos lábios do meu irmão, sei que isso o agrada de um modo que não sei se aprovo muito, porém a situação exige. - Reúna os lobos, precisamos de todos a procura de Morana! - saio e Niklaus me segue. Horas depois os lobos estão reunidos no pátio do complexo. - A Essa altura vocês já devem saber que minha filha sumiu, até agora não temos nenhuma pista sobre o sumiço dela. Sabem bem que sou capaz de vasculhar esse mundo pedra por pedra para achar minha filha e conto com a colaboração de vocês levando em conta tudo que minha filha representa aos lobos. Eu garanto a vocês que os culpados serão achados e sofrerão a punição que eu julgar apropriada. - Niklaus discursa em alto e bom som para todos os presentes. Quando ele termina os lobos se vão. Seguro na grade do para peito do segundo andar olhando para o pátio la em baixo. - Nós vamos encontrar ela irmão. - Niklaus coloca a mão em meu ombro. - Onde ela pode está? Quem poderia ser tão tolo a ponto de tentar qualquer coisa contra ela? Ou será que ela fez isso por conta própria? - encontro os olhos do meu irmão que demonstra ter as mesmas duvidas que eu. - Por conta própria não, eu tenho certeza. - acho que fala tentando me animar. A noite chega e ainda não temos nenhuma notícia da minha esposa, estamos reunidos a mesa tentando pensar em o que mais podemos fazer para encontrar-la, os sobrenaturais de nova orleans já estão a sua procura. Alec e Ruby estão muito quistos, desde que chegamos no complexo, vez ou outra eles se olham como se quisessem dizer algo. - No caldeirão ninguém sabe dela. - Marcel diz entrando na sala e senta ao lado de Rebekah. Niklaus está impaciente com o fato de não termos conseguido nenhuma pista assim como eu, quanto mais as horas passam mais inquieto eu fico. - Eu avisei a Hope, ela está vindo para cá! - Rebekah diz se acomodando nos braços de Marcel. - Precisamos encontra-la! - Caroline diz olhando para Niklaus. - Nós vamos, eu dou a minha palavra que vou acha-la e traze-la de volta a salvo. - falo e me levanto da poltrona indo em direção as escadas do complexo, não posso ficar aqui sentado enquanto minha esposa está desaparecida. Subo para o segundo andar e entro no atelier de Niklaus, vou para a varanda e fico olhando a rua, pensando no que posso fazer a mais para achar Morana o quanto antes, não é possível ela ter sido embora, ou será que é? Mas a conhecendo como eu conheço ela jamais iria embora, meu apego nessa esperança para não pensar mais nessa possibilidade, quem teria esse tipo de poder ou coragem para fazer alguma coisa com ela? Vincentt assegurou que não tem nada a ver com isso, mas ainda não decidi se ele merece o beneficio da dúvida. - Pai? - olho para trás e vejo Alec e Ruby parados no meio do ateliê. - Oi filha! - eles chegam mais perto de mim. - Nós vamos acha-la tá pai! - Alec diz colocando uma mão no bolso, forço um meio sorriso para tranquilizar eles. - Eu sei que sim. - os dois vem até mim e me abraçam. Ouço o coração de Ruby muito acelerado, o de Alec também está mãos ainda está mais calmo que o dela. - Não precisam ficar tão agitados, é melhor tentarem descansar um pouco. - os dois olham um para o outro e depois para mim. - O senhor também. - Ruby fala saindo de meus braços. - Podem ir, eu vou em seguida. - então eles me olham um pouco mais e se vão, volto minha atenção para a rua. - Onde você está minha Morana? - dou um longo suspiro. Só me dou conta que a noite passou quando vejo os primeiros raios do sol começando a iluminar a cidade, olho para meu relógio e são quase seis da manhã, passei a noite aqui na varanda pensando em Morana. Saio do ateliê e entro no corredor indo em direção as escadas. - Se não vai ajudar Alec então pode sair daqui! - ouço Ruby gritar de dentro do quarto. - Passamos a noite tentando trazer a mamãe de volta e não conseguimos, é melhor contar para o papai e para todos ou você não viu ontem? Ele está sofrendo Ruby, assim como o vovô a vovó e todos. - Alec fala em tom alto, mas do que ele está falando. - Eu sei, mas não podemos contar, o papai vai me matar, se ele não fixar o vovô faz. Irmão você sabe que eu não diz de propósito, foi um acidente, eu estava com raiva da mamãe e... - entro no quarto e os dois me olha assustados. - E o que? - pergunto a ela, Ruby segura em suas mãos uma caixa oval que parece um porta joias, azul claro com algumas flores brancas por toda lateral. - O que é isso? - ela olha para o irmão que a olha de volta. - Vamos, falem os dois! - digo sério. - Papai! - Ruby respira tentando ficar calma, seu coração bate descompassado. - Estou esperando! - encaro um de cada vez. - Isso é um ascendente, ele é o portal para uma mundo prisão que a mamãe criou! - Alec diz olhando para mim. - O Zec disse que a mamãe sempre tentou saber como faze-lo funcionar mais nunca conseguiu. - ele continua. - Ele disse que segundo o que ela contou a ele isso apareceu em suas mãos quando elas imaginou um lugar para prender quem quisesse nos fazer mau. - Completa, Ruby está com a cabeça baixa. - E o que isso tem a ver com o desaparecimento dela? - Alec olha para a irmã. - Eu prendi a mamãe aqui! - Ruby olha para o objeto em suas mãos. - Foi sem querer, ela me colocou de castigo e mandou eu ajudar o Zec com os relatórios dos novos objetos negros?que o tio Kol mandou, eu?vi isso em cima da mesa e perguntei ao Zeca o que era e ele me disse, passamos horas desencaixando as coisas e fazendo relatórios eu estava cansada e como raiva de ter pedido o ensaio das lideres de torcidas e ainda tinha vários objetos para desencaixar então num impulso eu peguei isso e desejei que a mamãe fosse castigada, então ele brilhou, eu pensei que fosse bobagem, mas ai você e a vovó disseram que a mamãe tinha sumindo, eu fiquei apavorada e pedi a ajuda do Alec, mas não conseguimos traze-la de volta. Me perdoe. - ela me entrega o objeto. - Eu sei que o senhor vai me castigar então... - olho para a pequena caixa em minha mão. - A prioridade agora é trazer sua mãe de volta e não sou eu quem vai castigar você, é ela quando voltar. - saio do quarto e vou a procura de Freya. Bato na porta de seu quarto e ela logo me atende. - Elijah? Que horas são? - pergunta um pouco sonolenta. - O que tem ai? - olha para a pequena caixa em minhas mãos. - É um ascendente, Morana quem o criou! - ela me olha surpresa. - Morana o criou? - pega a caixa das minhas mãos, assim que toca nele seus olhos viram para cima, uma ventania rodeia seu corpo, mesmo eu estando a centímetros dela nem sequer um fio de meus cabelos se movem, o vento só?alcança Freya. - Ohhh! - tenta recuperar o fôlego assim que o vento cessa e me entrega a caixa depressa. - Onde você consegui isso? - diz assustada. - Com a Ruby e o Alec, foi a Ruby quem prendeu Morana no ascendente. - Freya olha para minhas mãos. - Elijah esse objeto é muito poderoso, acho que não fez nada com a Ruby e o Alec porque ele tem o sangue de Morana, mas qualquer bruxo que tente usar ele vai ser destruído. - olho para a caixa em minhas mãos. - Precisamos trazer Morana de volta! - olho para ela. - Por favor Freya. - minha irmã fecha a porta atrás de si, passa por mim e vai para as escadas, a acompanho, quando estamos terminando de descer os degraus Hope e Ryan entram no complexo. - Tia Freya! - vem apressadamente ao encontro da tia e a abraça. - Hope! - Freya a aperta forte. - nos braços da tia Hope olha em minha direção. - Tio Elijah! - diz baixo e vem até mim, nos abraçamos. - Ainda não acharam ela? - sussurra próximo ao meu ouvido. - Ainda não. - ela vai saindo dos meus braços e vê o ascendente em minhas mãos. - Não vejo um desses a muito tempo. - diz voltando a ficar do lado do marido que só observa tudo em silêncio. - Ryan! - digo e ele sorrir, sempre foi calado connosco. - Esse foi a Ana que fez. - Hope fica surpresa com as palavras da tia. - Ela o fez? - pego o ascendente e começa a analise, vejo que nada acontece com ela, diferente de quando Freya o pegou. - Não tente usar ela, ele é protegido com uma magia poderosa. - ela adverte a sobrinha. - Ana foi mandada para o mundo prisão através desse ascendente. - Freya explica, Hope olha para o objeto em suas mãos. - Mas se não podemos usa-lo como vamos trazer a Ana de volta? - ainda não sei mais vamos conseguir. - Ainda não sabemos! - digo indo em direção a biblioteca, os três vem comigo. - Podemos fazer uma projeção astral para onde a Ana está, podemos falar com ela é ver se ela sabe como podemos traze-la de volta. - Hope diz, faço um leve gesto com a cabeça consentindo. - Tudo bem! - Freya pega um giz e faz um desenho no chão, um pentagrama, pega uma tigela de para e coloca o ascendente dentro e o coloca em uma das pontas do pentagrama, ela senta no chão no meio do desenho, Hope vai até ela para sentar ao seu?lado. - Eu posso ir junto? - pergunto e as duas me olham. - Tudo bem, podem ir vocês dois, eu fico aqui para o caso de algo der errado. - Hope fica ao lado do marido, sento de frente para Freya e ela proferi algumas palavras, fechamos os olhos e quando abrimos ainda estamos no complexo, porém agora de pe e no pátio, embora tudo parece igual sinto algo diferente, a energia ou vibração desse lugar e mais densa, uma atmosfera pesada, ouvimos barulho vindo da cozinha, ouço a risada da Morgana, Freya e eu caminhamos até a entrada da cozinha e vemos Morana sentada no chão juntamente com um homem, ela veste somente uma de minhas camisas sociais, suas pernas todas expostas, ambos sujos de farinha assim como o chão da cozinha, Morgana segura em suas mãos uma tigela grande com o que parece ser massa de panquecas dentro, dando a entender que ele estavam se divertindo e fazendo bagunça ao cozinhar. Um calor me consome, seguido de uma ira descontrolada, ver eles assim sentados sorrindo enquanto eu estava preocupado em encontra-la me deixa com raiva, bem, acho que o que estou sentindo nesse momento não consigo colocar em palavras, o homem nos vê na entrada da cozinha, para de sorrir. - Morana! - fico com vontade de mata-lo ao ouvir o nome de minha esposa sair de sua boca. Morana segue seus olhos e nos vê pela primeira vez. - Elijah! - abre um amplo sorriso, mas eu fico sério encarando o homem ao lado da minha mulher e toda essa situação.

Chamas do Destino - Sangue Mikaelson (Liv 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora