Cap 13 - Meu coração sangra

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Elijah

O brilho nos olhos de Morana vai sumindo, esse brilho que é uma das coisas que mais gosto nela, seus olhos vão se fechando lentamente, meus olhos choram com sua partida, meu peito queima, meu coração sangra, como se tivessem arrancado parte de meu corpo, se ainda tinha algum pedaço de minha profana alma a muito despedaçada, a morte de Morana apaga qualquer vestígio de humanidade que me resta, vejo seus olhos se fecharem, mas uma vez fico vivo, sendo obrigado a superar, a seguir em frente mesmo quando não consigo enxergar caminho alguma para seguir. Não sei se é o choque, ou o desespero, ou alguma outra coisa que não consigo expressar em palavras nesse momento, mas não consigo me mexer, nem falar, nem ao menos acalentar o desespero de minha filha filha que a pouco entrou gritando no quarto, não escondendo seu desespero ao ver o corpo já sem vida da mãe, nem ao meu filho que segura a irmã tão firme aponto de chegar a machucar, tentando acalmar a ela como também a si mesmo, tudo que faço é olhar para o rosto da minha mulher, seus olhos fechados porém com semblante suave me fazem lembrar de quando dormia sob aquele caixão de vidro, e só imagino o momento em que irá despertar, mas também sei que isso não irá acontecer, pois não importa o que eu faça, a morte insisti em bater a minha porta. - Saiam todos, agora! - Caroline grita, mas não me movo, continuo sentado a beira da cama ao lado de minha esposa. - Mãe! - Ruby se debate nos braços do irmão, Sebastian está próximo aos dois com lágrimas nos olhos, Niklaus olha para o corpo da filha e chora também. Caroline vem até mim e me tira de onde estou. - Saiam daqui, nenhum de vocês tem o direito de ficar aqui, nem sequer de chorar por ela. - eu compreendo o desespero dela, entendo sua dor, pois também a compartilho. - Caroline não tem esse direito, todos nós perdemos alguém querido! - Kol fala enquanto seca suas lágrimas. - Vocês a mataram, ela está morta agora, é de vocês a culpa. - ela começa a passar as mãos por cima das coisas que tem na cômoda e joga-las no chão. - A hipocrisia de vocês mancha a memória da minha filha, minha, Klaus! - bate em seu peito com força. Rebekah vai até ela com sua velocidade de vampira e quebra seu pescoço. - Me perdoe cunhada, mas é o melhor para te acalmar. - Pai! - Ruby vem até mim e me abraça, Alec se junta a nós. - Eu quero a minha mãe. - diz aos prantos. - Eu também! - digo olhando o corpo de minha esposa deitado na cama, para meu espanto seu corpo começa a queimar sobre um fogo de chama azul, que só alcança seu corpo, deixando os lençóis e a cama intactos, quando termina que queimar não sobra nada, nem mesmo cinzas, é tomo se Morana nunca estivesse deitado ali. - Que droga é essa? - Kol diz espantado. - Pra onde ela foi? - Ruby pergunta olhando para mim, eu certamente queria saber a resposta. - Ela mesma se consagrou! - Freya explica. - Bruxas muito poderosas se auto consagram. - completa. Hayley e Hope entram no quarto. - Onde ela está? - Hope procura a irmã. - Ela se foi! - Niklaus responde. Hayley me olha, seus olhos é de quem se desculpa. - Vá embora, saia daqui e não volte. - Ruby a ameaça. - ela vai se aproximando de Hayley determinada, no entanto eu a seguro. - Me largue, vai defender ela? - me pergunta furiosa. - Foi por causa dela que a mamãe morreu e você ainda a defende? - me olha com desdém. - Agora eu entendo o motivo pelo qual minha mãe saiu de casa! - Alec diz me olhando como se eu fosse o maior dos miseráveis, ele e Ruby saem do quarto e fecham a porta com força. Niklaus pega sua esposa e a coloca na cama. Toda a família está no quarto, como se aqui fosse a sepultura de Morana, deixo os outros lá e saio do quarto, vago pelo corredor do complexo, como se estivesse perdido em um imenso labirinto, seguro no parapeito como se precisasse de apoio para caminhar, ou de certa forma seguir em frente, entro do ateliê de Niklaus, pois aqui têm quadros que Morana pintou, acho que de certa forma espero que nesse cômodo minha dor alivie, mas isso não acontece, tenho a impressão que faz me doer mais está aqui. - Elijah! - Hayley se aproxima lentamente, certamente esperando minha reação por sua presença. - Quero ficar sozinho! - digo desviando o olhar dela e indo para a varanda. - Mas não precisa! - entra na varanda e para ao meu lado. - Têm a sua família, seus filhos e... - ela coloca sua mão sobre a minha que está sobreposta no parapeito da varanda. -... e também tem a mim. - Sinto que estou preso na escuridão e tenho a sensação que nunca mais verei a luz novamente. - olho para o céu e vejo a lua. - Me deixe te ajudar, não precisa passar por isso sozinho, eu estou aqui e não irei soltar sua mão, lê deixe ser a sua luz. - de certo modo suas palavras me trazem consolo, mas ao aceita-las sinto está traindo Morana. - Eu fico grato Hayley, mas como disse, prefiro ficar sozinho. - tiro minha mão de seu toque, seus olhos mostram que ela entende, porem mesmo assim fica frustrada com minha atitude. - Ela pode s
ter ido, mas sempre, sempre será a mãe dos meus filhos, eu farei de tudo para honrar sua memória! - volto a olhar a rua sobre a luz da lua. - Por favor, Hayley, me deixe sozinho. - ela sai, se movendo lentamente, mas atende ao meu pedido. Morana jamais me trairia, me sinto mal por tê-la tratado daquela forma, não deveria ter agido de tal maneira. Fecho os olhos e vejo seu sorriso, seus olhos e seu rosto. - Elijah! - Niklaus vem até mim, estou sem paciência para ele, sinto raiva, suspiro para ele saber. - Fecho meus olhos e a vejo, seus cabelos, seu sorriso... - ele diz ficando ao meu lado. -... Abro os olhos e percebo que são ilusões, mas quero acreditar nessas ilusões, pois elas insistem em permanecer. - coloco minhas mãos na cabeça, afago meus cabelos com certa força afim de me manter calmo. - É insano, pois eu posso vê-la, senti-la, mas ainda sim sei que... - não aguento. - E o que você esperava Niklaus? Hã? - abro meus braços e fico de frente para ele. - O que esperava? Quando cada uma de suas atitudes imprudentes nos levavam para mais perto da ruína! Cada uma de suas escolhas, cada inimigo que fez ao longo de sua miserável existência patética só nos trouxe desgraças e tormentos, insanidade é esperar um resultado diferente desse... - gesticulo em sua direção, ele me olha sério. - ... Insanidade é querer uma família completa, feliz e unida, quando você não para de arriscar tudo pela menor possibilidade que seja e obter ganho próprio... Eu a deixei entrar Niklaus... Sabe que nunca deixo ninguém entrar, não desse modo, você sabia disso e mesma assim, mesmo assim arriscou tudo mais uma vez, para se sentir menos miserável que isso... Eu sempre fiz de tudo Niklaus para te compensar, sempre te dei a escolha de ter tudo, mas agora você me deixou sem nada, você tirou tudo de mim. - ele só faz ouvir meu desabafo. - Você também queria a Hayley de volta não negue, nunca foi hipócrita irmão, você a queria viva tanto quanto eu, me compadesso de sua dor, pois ela também me aflige, mas não cometa o erro que me culpar, ela era minha filha, sabe que faria qualquer coisa para proteje-la, diferente do nosso pai eu... - estamos ambos exaltados. - Niklaus nada, nada justifica como o Mickael tratou você, eu lamento pelo modo que ele era com você, eu lamento, sempre tentei compensa-lo por isso, mas não somos mas crianças Niklaus, precisa superar isso. - vejo o sangue se formar em seus olhos. - Escute irmão, eu o advirto! - deixa seus olhos de híbrido a amostra, acho que na tentativa de me amedrontar. - Me ouça você, eu não vou te deixar... - de repente fico tonto e com a vista curva, vejo o vulto de Niklaus tentando se manter de pé mas ambos caímos no chão. Abro meus olhos e noto que estou em um jardim. Niklaus está ao meu lado, estamos de pé e a nossa frente tem três homens bem vestidos, mas para a época greco-romana, acho que o espanto de Niklaus é ainda maior que o meu quando notamos que um desses homens é identico ao meu irmão, junto a eles tem uma mulher de beleza inigualável, com um vestido, um pouco revelador. - Quem são vocês? - Niklaus diz enquanto os quatro nos olham. - Francamente esses mundanos não tem imaginação. - a cópia de Niklaus ao que parece tem o mesmo temperamento do meu irmão. - Quem são vocês? O que querem? Porque eu? Sempre com as mesma perguntas medíocres de sempre. Menos você não é Elijah? Não, você sempre foi distinto! Com elegância e Honra, meio chato as vezes mas de boa índole. - ele discursa com uma precisão e uma confiança que me é familiar, pois também a tenho. A mulher me olha e em seus olhos vejo um brilho que penso já tê-lo visto antes. - ... Enquanto a você, o lendário híbrido, Klaus Mikaelson... - Niklaus olha para sua copia parece não acreditar no que vê. - Revele-se logo, não queremos mais de suas ilusões baratas, francamente eu já vi jardins melhores que esses. - Niklaus começa com sua infâmia, fecho meus olhos incrédulo. - E ao que parece minha cópia não conhece um objeto chamado tesoura ou sequer uma barbearia. - desenha pelos cabelos serem maiores que o seus. - os dois homens parecem se divertir com a cena, a mulher no entanto, parece apreensiva assim como eu. - Sempre me diverti com sua performance com seus inimigos, sempre muito ardiloso. - seu temperamento parece ser mais plausível que o de Niklaus, no entanto noto que meu irmão não está gostando nada disso. - Confesso que sempre achei um insulto pessoal quando se auto denominava o rei demônio. - o homem grisalho olha para meu irmão. - Que isso irmão, vamos? é divertido! - a cópia fala. - Gosto dos olhos! - completa olhando para Niklaus, gesticulando com o indicador na altura de seus olhos. - Fiquei frustrado quando a história de criar híbridos fracassou! - sorrir, vejo em meu irmão uma bomba relógio a ponto de explodir. - Poderia ensina-lo irmão como fazer! - diz ao grisalho. - Zeus já chega! já se divertiu! - a mulher fala pela primeira vez. - Zeus? - Niklaus esnoba. - Não acredita? - seu tom varia de deboche para ameaçador. Nuvens escuras e tempestuosas começam a se formarem. - Zeus, já basta! - a moça fala suave e calma, o céu volta a ficar limpo. - Perdoe o meu irmão, ele, bem, ele não é bem o rei da paciência! - o terceiro homem diz, fico admirando suas vestes azul, mas não tão azuis como seus olhos, ele tem uma elegância que me faz sorrir. - Deixe eu fazer as apresentações, Zeus, Hades e Poseidon. - aponta para cada um. - Niklaus e Eiljah Mikaelson. - ela sorrir amplamente, tenho a impressão que já o vi antes. - Você que que eu acredite que esses são os deuses? - Niklaus ainda desdenha. - E você quem seria? Afrodite? - ela sorrir com suas palavras e finalmente percebo a quem esse sorriso pertence. - Morana! - digo e Niklaus me olha sério. - Oi Elijah! - acho que o choque de meu irmão é ainda maior que o meu. - Oi Nik, ou devo chama-lo de pai? - o sorriso dela continua lindo, mesmo tendo um rosto diferente. - Eu os trouxe aqui porque não achei certo ficarem sofrendo pela minha morte, sendo que não morri. - sinto-me perdido, pois sei que é ela, mas ao mesmo tempo não a conheço, não dessa forma. - Você está dizendo que é minha filha? - meu irmão parece ainda em choque. - Sou eu sim. - os três só observam ela. - Mas como? - a olho curioso. - Bem, para que vocês possam entender eu preciso contar uma historia. - Eu sou da terceira geração dos titãs, filha da titânia Artéria, deusa das estrelas, que para fugir da cobiça de Zeus se transformou em uma cordoniz e se jogou no mar, atraindo assim os olhos de Poseidon, para fugir dele se tornou uma ilha flutuante, então conheceu meu pai, Perses, deus da luxúria e da destruição, eles se apaixonaram e se casaram, então com a permissão de Zeus eles voltaram a morar no Olimpo, então eu nasci, para o infortúnio das deusas, desde criança já mostrava grande inclinação aos meus poderes, minha fama se espalhou, meu conhecimento sobre ervas era incomparável, eu comecei a apresentar dons até então desconhecidos, o que hoje é conhecido como magia, feitiçaria, necromancia, profecia, então ganhei muitos seguidores, adoradores, sacerdotisas e aprendizes, ainda criança, as deusas tinham inveja de mim, do meu poder, da forma que eu era cultuada e adorada até mesmo pelos deuses, até a minha mãe demonstrava indiferença comigo, uma dia eu peguei dela um pote de carmim para um de meus feitiços e fui considerada impura, fui banida para o submundo, quando o Hades raptou Perserfane... - fico cada vez mais intrigado com a historia que ela conta. - Eu não a raptei! - Hades se defende. - Ela veio comigo porque a mãe a sufocava. - os irmãos sorriem. - ... Quando ela foi levada ao submundo e Deméter abandonou as plantações devido o sumiço da filha eu fui avisa-la e então fizeram uma acordo, como recompensa pelo meu feito Zeus devolveu meu lugar no Olimpo e me cedeu a permissão de intervir nos assuntos mundanos, podendo conceder ou negar o que me é pedido, independente do que seja. - Niklaus nitidamente está sem palavras, mesmo ela parada aqui a nossa frente não consigo acreditar, minha Morana é uma deusa. Minha mente roda, tenho tentas perguntas para fazer a ela que não sei nem por onde começar.

Chamas do Destino - Sangue Mikaelson (Liv 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora