Cap 09 - Só ladeira a baixo

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Elijah

Minha relação com Morana está sendo só ladeira a baixo, sempre sou sensato, mas ao se tratar de minha esposa ela é especialista em me fazer perder a cabeça, desde que a vi naquela cozinha com aquele, não consegui falar com ela sem lembrar da cena. Sei que ela me ama, mas não consigo lhe dar muito bem com a forma que ela chama a atenção de todos. Ela saiu de casa nitidamente com raiva, mas não sei o que a deixou mais irritada, o fato de eu a ter ignorado a noite toda, minha reação ao ver seu colega de cácere ou o fato de Hayley ser aparecido e termos a precionado a faze-la voltar a vida, me arrisco em ficar com a terceira opção, já que isso foi um choque para todos nós. Sou o único a ficar mais afastado da multidão, assim como meus filhos, todos os outros estão em cima de Hayley, Hope desde que a mãe voltou para seu corpo não parou de abraça-la, Rebekah e Ravina não param de falar com ela em nenhum momento, Caroline está de cara feia, Clark está sentado no sofá junto com Alec e Ruby. Freya também está ao lado de Hayley, Niklaus sentado no sofá olha orgulhoso para o jeito de Hope com a mãe. Morana precisa de um tempo, eu entendo isso. olho em volta e não vejo o novo amigo da minha esposa, certamente foi atrás dela. olho para Hayley e ela está olhando em minha direção, desvio rapidamente e vejo Caroline indo para a cozinha, vou atrás dela. - Morana te disse para onde ia? - pergunto entrando na cozinha. - Não disse, só a vi saindo. - ela está juntando os pratos do jantar para lavar. - Viu se ele foi com ela? - Caroline sabe a quem me refiro. Começo a recolher os pratos junto com ela. - Não sei, mas como ele não está mais aqui presumo que sim. - diz com a atenção em mim, nos encaramos por um breve momento. - Sabe que ela te ama não é? - solto um leve suspiro e faço que sim com a cabeça. - Elijah, posso de falar uma coisa? - pego os pratos?que estão em minhas mãos e os levo para a pia. - Pode! - começo a colocar os restos de comida no triturador. - Eu sei que a Hayley era importante para você, bem, era importante para todos vocês de certa forma, mas não deixe isso ficar entre você e minha filha, sei que Morana pode ser difícil as vezes, por ter muito do temperamento do pai, mas vocês dois juntos são incríveis, a forma como sempre olharam, todos em volta conseguem ver que tem muito amor entre vocês e se tem amor vocês conseguem resolver todo o resto. - ao terminar ela para ao meu lado na pia e coloca os talheres sujos na bancada de granito da pia. - Eu sei! - abro a lavadora e coloco os pratos ventos, Caroline me ajuda. - Niklaus te ama, sabe disso não é? - uso suas mesmas palavras, pois vi sua cara quando estava na sala olhando torto para meu irmão. - Sim, do jeito dele. - ela coloca os talheres na lavadeira e a fecha. - Sei que o sentimento do Klaus pela Hayley é de gratidão, respeito, amizade, afinal eles tem uma filha juntos. - ajusta a lavadora e os pratos começam a serem lavados. - Papai onde está a mamãe? - Ruby entra na cozinha. - Acho aue ela saiu, para pensar um pouco, já já ela volta. - tendo convencer mais a mim que mesmo a ela, na esperança de Morana voltar logo. Ruby volta para a cozinha e Caroline vai com ela, atravesso a cozinha e vou para a varanda, fecho a porta atrás de mim, meu pensamento está na minha sala de estar e o que tentei evitar ao máximo me invade agora como um furação, a volta de Hayley. Um dos maiores fardos que carregamos é de nossos próprios pensamentos, podemos criar prisões mentais e chegarmos ao ponto da insanidade, isso acontece na maioria das vezes por incertezas que quase sempre começam com e se: E se a Hayley não tivesse morrido? e se eu a tivesse beijado na frança? e se não tivesse escolhido perder a memória? e se Morana estivesse aqui do meu lado será que estaria nesse jogo insano onde a única forma de vencer é eu perder? ouço a porta da varanda abrir, me viro para olhar e vejo Hayley, volto minha atenção para o quintal. - Me contaram que você se casou! - diz se aproximando de mim. - Sim, com a mãe dos meus filhos. - evito olhar para ela, meu ton é simples, fico imparcial, sem demonstrar muito interesse. - Morgana, não é? - para ao meu lado. - só aceno levemente, ela na mesma direção que eu. - Você foi o único que não me deu uma recepção calorosa. - nossos olhos se encontram, vejo refletidos neles todas as lembranças, do que parece ter cido a uma eternidade, mas ainda estão claras, tanto para mim quanto para ela. - Elijah eu quero... eu preciso... - ela avança em minha direção conforme fala, eu instintivamente olho para a porta da varanda, então ela para e recua um passo. - Nós precisamos conversar. - diz entendendo meu recado ao olhar para a porta. - Hayley não vejo razão para conversarmos, acho que não temos nada para dizer um ao outro. - Morana invade minha mente, seu sorriso e seus olhos, como se ela quisesse me lembrar de sua posição para comigo, olho para minha aliança em meu anelar esquerdo, Hayley acompanha meus olhos. - Como assim não temos nada a dizer? se não quer falar então só me ouça. - ela implora, rendido consento. - Elijah, esses últimos anos para mim passou em um piscar de olhos e abrir o olhos e descobrir que você está casado e com filhos não é pouca coisa. Eu sei que nossos caminhos se dividiram a muito tempo, mas meu coração ainda sente tudo, por você Elijah. - eram essas as palavras que eu queria ouvir no dia em que a vi de noiva, pro ta para se casar com Jackson. - Hayley, nossas vidas são paralelas, sempre foram, algo sempre nos fazia optar por outro caminho. Quando você morreu, Niklaus fez de tudo para me trazer de volta, para que eu podesse sentir o que todos estavam sentindo, o luto por você, por mais difícil que tenha cido todos arrumamos uma maneira de seguir em frente. - volto a olhar para o jardim. - Você a ama? - confesso que fico surpreso com a pergunta. - Hayley existe diversas formas de amar. - tento desviar de sua pergunta. - Morana é a mãe dos meu filhos, eu sempre vou ama-la. - Hayley pega em minha mão direita. - Está divagando Elijah! - dá um passo em minha direção, olho para seus lábios que já beijei várias vezes. - Ela é minha esposa! - digo baixo, ela se aproxima mais. - Ainda não me respondeu! - sussurra, dando outro passo e ficando a centímetros de mim, percebo que ainda está aqui, o que sentia por ela ainda está em mim, ela move a cabeça lentamente em minha direção, querendo me beijar, mas espera tempo o suficiente para ver minha reação, cogito em receber seu beijo de bon grado, no entanto uma onda de sensatez me invade, seguro seu rosto com a mão esquerda e a faço parar a pouco mais de sete centímetros de minha boca. - Eu fiz um voto de fidelidade a minha esposa! - com isso ela recua. - Pai, o vovô está te chamando! - Alec diz da porta da varanda, deixo Hayley lá e entro junto com meu filho. - Irmão, tem alguma ideia de onde Morana possa está? - Niklaus pergunta assim que entro na sala, ele está sentado no sofá, Caroline ao seu lado, Freya do outro, Rebekah e Marcel estão no outro sofá de frente para os três, junto deles estão Hope, Clark e Ruby. - Acho que ela foi para a casa de Emilly! - ela é a primeira pessoa que me vem em mente. - Ela deixou o celular em casa. - Ruby diz me olhando. - Eu tenho o número da Emilly, vou ligar para ela! - digo pegando meu celular do bolso, encontro o numero e início a chamada, coloco o celular no ouvido, após dois toque ela atende. " Alô? " ouço sua voz do outro lado. " Emilly? " olho para Niklaus enquanto falo. " Sim! " " É o Elijah, Morana está ai? " fica em silêncio por um breve momento. " Sim, ela está aqui sim. " então estava certo, pelo visto ainda conheço minha esposa, mas o fato dele está com ela me deixa de certo modo inquieto. " Tudo bem, posso falar com ela? " " Ela está dormindo no momento Sr Mikaelson. " não sei se é realmente verdade ou se ela está dizendo isso a pedido da minha esposa. " Só avise a ela que eu liguei! " " Aviso sim. " desligo o celular e o guardo. Hayley entra na sala, senta ao lado da filha. - Morana está na casa da Emilly. - digo a todos. - Onde está Kol? - pergunto não o vendo na sala, nem ele e nem sua esposa. - Eles foram dormir um pouco, estavam cansados da viajem. - Freya me responde. - É melhor irmos também. - Caroline diz olhando para Niklaus. - É melhor sim, mas essa casa tem espaço para acomodar a todos nós. - ele levanta do sofá e vem em minha direção. - Se meu querido irmão permitir podemos passar o resto da noite aqui e pela manhã nós vamos. - Caroline fica calada, assim como os outros. - Bem, se quiserem podem ficar sim, eu vou subir. - digo caminhando para a escada. - Todos sabem onde ficam os quartos. - subo as escadas e vou para meu quarto, abro a porta e a primeira coisa que vejo é a imagem de Morana na minha cabeça, atravessando o quarto de um lado para o outro se arrumando, como a vi fazer inúmeras vezes, vou até sua penteadeira e pego o frasco do seu perfume, o trago até meu nariz e fecho os olhos, é como eu está beijando o pescoço dela, mas falta o inebriante cheiro de sua pele, alva e macia sob meus lábios, ainda com os olhos fechados a imagem de Morana se dissipa de minha mente e o rosto de Hayley da lugar a ela, abro os olhos e olho para frente, vejo meu reflexo no espelho, encontro meus olhos e neles vejo refletida a confusão em que estou, meu coração que passou tanto tempo desocupado, agora, se encontra dividido, em partes exatamente iguais, ou assim é como me sinto. Coloco o vidro de perfume de volta na penteadeira, abro minhas abotoaduras, e os dois botões no meu paletó, o tiro e penduro no tripé, folgo o nó da minha gravata, lembro de minha conversa com Hayley na varanda, olho para o banheiro que está com a porta aberta e vejo a banheira, Morana adora essa banheira, a imagem dela no banho me invade. Tiro a gravata e a coloco junto do paletó, começo a desabotoar a parte de cima da minha camisa, minha cabeça está uma confusão, quando penso em Morana lembranças de Hayley me invadem, ao lembrar de Hayley Morana toma seu lugar em meus pensamentos. Tiro a camisa de dentro da calça. E se Hayley não tivesse morrido? será que agora estaríamos juntos? nossos caminhos se separam tantas vezes que é difícil dizer. Abro meu cinto e o botão da calça, desço o zíper e sento na cama, tiro os sapatos e as meias, tento não pensar em nenhuma das duas, mas falho como uma criança. Agora que Hayley voltou sei que nos veremos sempre, é essa proximidade que me deixa preocupado, ela voltou a menos de seis horas atrás e munha fidelidade já foi colocada a prova, eu amo Morana, amo, disso eu não tenho duvida, mas eu amei a Hayley, o que me deixa apavorado é a duvida dessa amor ainda está aqui, e voltar a tona como ela voltou. Tiro a calça e fico com minha boxer, entro no banheiro e jogo a calça no sexto de roupas, com um movimento rápido estou despido, vou para a ducha e a ligo, deixando a água levar embora todos os meus pensamentos, limpo minha mente , sinto de certa forma uma alívio no meu peito. Despejo uma quantidade generosa de sabonete liquido na mão e o espalho pelo leu corpo, a água faz seu trabalho e desligo a ducha, pego uma toalha e a enrolo na cintura, vou para frente do espelho e pego outra toalha na pia, passo pelos cabelos tirando o excesso de água, a deixo em volta do meu pescoço e volto para o quarto. Vou na penteadeira e passo desodorante, olho para o frasco e lembro que Morana sempre reclama que passo uma quantidade generosa e impregna todo o ar do quarto, ela diz que fica difícil respirar. Entro no closet e vou até uma gaveta, pego uma cueca boxer cinza clara e uma calça de moletom da mesma cor, me visto e levo as toalhas para o banheiro, vou para a cama e me deito, do lado direito, onde sempre durmo, olho para o meu lado e não gosto de ver esse espaço vazio na cama, enfio a mão debaixo dos travesseiros dela e sinto o macio da seda de sua camisola, a puxo para mim e olho para o tecido macio, a trago para meu nariz e tem o cheiro da minha esposa, lembro de nossas inúmeras proezas na cama, no sofá, na ilha da cozinha, na mesa do escritório, na escada, no chão da cozinha, no banheiro, não lembre de um lugar se quer dessa casa que eu não a tenha feito minha. Alguém bate na porta do quarto me tirando dos pensamentos. - Entre! - a porta abre, Ruby e Alec entra. - Pai! - ela diz enquanto os dois se aproximam. - Podemos entrar? - Alec pergunta. - Claro! - sento na cama e olho para eles. - Nós não estamos conseguindo dormir! - minha filha sorrir levemente. - Para falar a verdade nem eu. - eles se aproximam da cama. - Podemos ficar aqui com você? - dou um leve sorriso. - Podem sim. - vou para o meio da cama e deita um de cada lado. - Pai, porque a mamãe não está aqui? - Alec fala enquanto se acomoda nas cobertas. - Bem filho, a mãe de vocês e eu... - tento procurar as palavras certas para falar a eles. - Foi por causa da Hayley não foi? - Ruby pergunta. - O vovô contou que você e ela... bem... que vocês dois ja foram... - Alec fala olhando para mim e para Ruby. - Vocês precisam parar de dá atenção as besteiras que o avô de vocês fala. - Niklaus é um caso que eu realmente já perdi as esperanças de qualquer tipo de reparação. - Mas vocês foram amantes? - ele insisti. - Isso foi a muito tempo, não tem importância. - meus dois filhos estão com os olhos em mim. - Mas ela tá aqui, deitada sobre o nosso teto enquanto nossa mãe está na casa da Vó Emilly. - Ruby defende a mãe. - Isso não é justo pai! - completa. - Se não tem importância, precisa dizer isso a ela. - Alec fala. Meus filhos sempre foram sensatos, até mesmo comigo e Morana, nós criamos nossos filhos ensinando a eles que resolvemos tudo em família e que eu e a mãe deles sempre os ouviríamos, até quando se tratar de minha relação com Morana. - Eu vou falar com ela amanhã. - acalmo os dois. - Vamos tentar descansar um pouco! - cedo meus braços e eles apoiam as cabeças neles, nos acomodamos nas cobertas e fechamos os olhos. Abro os olhos e vejo o claro invadindo o quarto, meus filhos ainda estão dormindo, a porta do quarto se abre, é Hayley. - Elijah? Te acordei? me desculpe mas a Caroline mandou chamar para o café. - ela passa os olhos por mim e meus filhos deitados. Levanto com cuidado para não acorda-los, vejo os olhos de Hayley virem até meu?abdômen, lembro que estou sem camisa. - Eu já desço. - digo indo em direção ao banheiro, olho para a porta e Hayley ainda está lá. - Não vai acorda-los? - olho para a minha cama. - Vou deixa-los dormir mais um pouco, eles foram dormir tarde. - nos encaramos por um momento. - Eu já vou descer, nos vemos lá em baixo! - digo na esperança dela ir, parece perceber então o faz, fechando a porta ao passar. Algo me diz que isso não vai funcionar.

Chamas do Destino - Sangue Mikaelson (Liv 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora