Capítulo 1
Há quinze anos uma guerra acontecia, vidas foram tiradas cruelmente por causa de poder e riquezas. Uma coroa e um trono eram disputados, soldados lutavam contra aqueles que, de acordo com eles, não eram dignos de possuí-los. Meus pais enfrentaram a dor incurável da perda de pessoas especiais e fiéis ao juramento. O rei jurou, também para si próprio, que os guerreiros jamais seriam esquecidos e que as próximas gerações saberiam dos heróis que eles foram, da destreza e lealdade que tinham.
Quando vim ao mundo, meu pai ordenou ao seu exército que baixassem as espadas como forma de proclamar a paz. Ele foi apoiado por Aidam e Vicctore, que tiverem seus filhos dois dias depois. Os três se tornaram amigos e mantém a amizade até hoje .
Meu nome é Arthur Avallor, também chamado de Príncipe da Paz. Não que eu não goste desse título, mas prefiro que me chamam só de Arthur, é um nome simples e não carrega tanta responsabilidade. Pelo o que minha mãe diz, sou o único príncipe que dispensa o que os pais falam e ordenam, até que ela gosta de ver que me divirto fora do castelo, mas ao mesmo tempo quer me prender a ele. A maior parte do tempo gosto de ficar nos campos e florestas ou só andando pela cidade, verificando se alguém precisa de ajuda.
Tenho postura quando se trata do reino, ajudar como posso é meu objetivo, mas meu pai fez com que as responsabilidades se tornassem chatas e é sempre impossível ouví-lo até o final sem iniciar uma discussão. Seria ótimo se ele me entendesse, mas tudo que gosto de fazer, tirando a leitura, é perca de tempo para ele. É como se eu fosse uma das suas peças de pedra, que ele move por todo lugar do reino. Uma das provas que ele não me apoia foi ter proibido Gorden de me inscrever no campeonato de montaria.
Andar a cavalo é um dos meus passatempos preferidos. Esse ano, o campeonato vai ser uma disputa entre os jovens de dezesseis anos, mas aqueles que completam ainda esse ano, como eu, tinham chance de participar. Muitos se inscreveram e eu, fiquei de fora. Não tem outro assunto no reino, os pais estão ansiosos para verem seus filhos e suas habilidades, as manobras eram realmente interessantes, mas sei que eu faria bem melhor.
Todos seguem de olhos bem abertos, apreciando os talentos do nosso reino, quando um dos dois últimos cavaleiros caiu e o outro gritou comemorando sua vitória. Depois de toda a festa, subimos para o castelo.
- Eu disse que eles não tinham chances! - sentou em seu trono se gabando do jovem que ele disse que ganharia. -
- Sim, pai, você disse...
- Algum problema,filho? - minha mãe tem a voz mais doce de todas as pessoas no castelo, lembro dos carinhos que ela fazia passando suas mãos em meus cabelos, enquanto contava as histórias dos nossos antepassados para me acalmar. -
- Não falem sobre isso de novo. - ele colocou a mão na cabeça já sabendo sobre o que eu iria falar. -
- Eu teria ganhado se tivesse me dado uma chance.
- Não diga ter habilidades que não pode provar,Arthur!
- Se ao menos me permitisse...
- Chega! - ele desviou o olhar como se não quisesse perder tempo comigo e realmente não quer. -
Saí da sala do trono os deixando sozinhos, mas ainda pude ouvir minha mãe tentando convencê-lo.
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Entre Guerras
FantasyHá muito tempo atrás, o mundo era habitado por seres mágicos, que dedicaram suas vidas para criar um lugar harmonioso e puro, até que o mal convidou o bem para guerrear pela primeira vez. Os seres malignos e ambiciosos venceram e governaram um mundo...