Impossible
Chapter Nine
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— Ninguém merece sofrer-
— Mas eu quero! — Draco retrucou, com lágrimas rolando sobre seu rosto — Eu mereço sofrer tanto quanto você! Eu nem mereço estar vivo! Eu virei um Comensal da Morte, Harry! Eu arruinei a vida das pessoas! Eu matei pessoas inocentes. Apenas porque me disseram pra fazer isso. — Ele gritou, seu coração batendo forte quando percebeu todas as merdas que fez.
Harry não sabia o que falar.
— Eu poderia ter morrido. Nada disso teria acontecido. Se eu morresse, tudo ficaria bem — Sua voz falhou. — Eu te machuquei, Harry Potter. Eu te machuquei muitas vezes. De maneiras diferentes. E, Merlin, eu me odeio por isso.
Draco não conseguia parar de chorar.
— Eu odeio olhar pra você, porque você me lembra todas as merdas que eu te fiz passar. Você me lembra de todas as merdas que eu fiz, para qualquer pessoa. Toda vez que eu te vejo sofrendo, seja morrendo de fome ou de qualquer outra forma, eu sempre penso: e se eu não estivesse aqui? E se eu nunca tivesse nascido? Ele ficaria feliz? E sempre... Sempre termina com a mesma resposta. E essa resposta é sim.
Harry estava sem palavras. Draco nunca se abriu com ele, em toda sua vida. — Mal-Draco... É-
— Esqueça isso. Apenas me deixe em paz. — Draco suspirou — Será melhor para nós dois. — Ele murmurou, saindo rapidamente da sala indo em direção às Masmorras da Sonserina.
Harry ficou lá pelo que pareceram horas, apenas repetindo o discurso de Draco em sua cabeça.
Ele nunca viu nada para discordar, exceto pelo fato de que se Draco não estivesse aqui não mudaria muito... Talvez ... Porque a grande razão de Harry estar sofrendo, era por causa de Voldemort.
Dias depois as aulas voltaram e junto com elas Ron e Hermione.
— Harry! — Hermione e Ron gritaram em uníssono, cada um o puxando para um abraço. Harry sorriu, abraçando deus amigos de volta .
— É bom ver você, cara! — Ron falou quebrando o abraço.
Harry deu de ombros. — Bom ver vocês também. Vocês não têm ideia do que aconteceu nas últimas semanas. — Harry riu, esfregando a nuca. — De qualquer maneira, vamos lá, há um banquete esperando por todos!
O rosto de Ron iluminou com a menção de comida, e ele rapidamente fez seu caminho em direção ao refeitório.
— Harry — Hermione disse, em tom sério — o que está errado?
Harry encolheu os ombros. — Nada.
— Você não está comendo muito. Você tá tão... Magrelo. O que aconteceu?
— Eu explico mais tarde.
O trio sentou em seu lugar de costume, e quando eles estavam prestes a comer, Dumbledore se levantou e começou um discurso.
— Haverá um baile temático de máscara no próximo sábado — Explicou — É um baile para os formados, considerando que estarei fora para uma reunião Importante na maior parte do ano começando no próximo domingo. — Ele olhou ao redor da sala, os olhos brilhando. — Espero que vocês se lembram de como dançar, se não, encontre um amigo para ajudar e ensiná-los. — E com isso, ele se sentou novamente, permitindo que todos comessem.
Ron e Hermione trocaram olhares estranhos, antes de Hermione se virou para Harry. — Pensando em convidar alguém? — Ela perguntou baixinho.
Harry deu de ombros, mexendo na comida de seu prato. — Não sei... — Ele suspirou, mas seus olhos pousaram em uma pessoa em particular.
Hermione revirou os olhos — Coma sua comida, está muito magro. — Ela ordenou, observando com nojo enquanto Ron engolia toda sua comida em seu prato, procurando mais.
Harry suspirou, dando algumas colheradas em sua refeição de seus olhos irem para a mesa da Sonserina mais uma vez, encontrando um par de olhos cinzas.
Eles mantiveram o contato por alguns segundos, antes que Hermione fizesse outra pergunta a Harry, fazendo Harry quebrar o contato, mas ele ainda podia sentir os olhos do loiro nele, quase fazendo um buraco em sua cabeça.
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— Ok, Harry — Hermione começou, jogando-se no sofá em frente a lareira — O que está incomodando você?
Eles estavam na Comunal, Ron já tinha ido pra cama, e Harry, mais uma vez, não conseguia dormir.
— Apenas coisas...
Hermione revirou os olhos com a resposta dele. — Sério Harry... Há algo errado. Por favor, me diga.
— O que você diria se eu fosse gay? — Harry questionou, mantendo seu olhar vidrado no fogo.
Ela bufou. — Harry, eu sabia que você era gay desde o início. Por quem você tem uma queda? — Ela sorriu, fazendo as bochechas de Harry ficarem vermelhas.
— Não... Bem... Não. Não, eu não. — Ele deu de ombros, passando a mão pelo cabelo. — É que... Alguém está agindo de forma estranha... E.... Eu não sei Hermione. — Harry finalmente sussurrou. — Estou tão... Estressado... Com tudo.
Hermione suspirou, colocando a mão nas costas de Harry — Eu sei, Harry. Não se preocupe, vai melhorar — ela o acalmou. — Eu prometo. Tudo vai dar certo. Você só tem que aguentar um pouco mais.
Eles ficaram sentados em silêncio por mais alguns minutos, o olhar focado no fogo. — De qualquer forma, você precisa dormir. Essas olheiras sob seus olhos estão me dizendo que você mal tem dormido. Você precisa de energia para a aula, Harry.
Harry acenou com a cabeça. — Tudo bem, vou subir. — Ele reuniu o melhor sorriso que pôde, e Hermione acreditou, pela primeira vez.
Ela sorriu de volta e subiu as escadas. Harry suspirou, encostando-se no sofá, colocando o joelho contra o peito.
Aula de poções amanhã, ótimo.
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"—Por que sinto ciúmes daquela e sangue-ruim e da doninha? Eu não deveria.
Você nem é meu. Você nunca será meu.
Não pode, e não vai acontecer.
Por mais que isso me machuque...
Não vai"

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impossible | drarry
Teen Fiction"-Você já pensou por um segundo, que eu senti algo por você, além de ódio, Potter? Existe uma linha tênue entre amor e ódio. Mas eu não chamaria necessariamente de amor. Talvez luxúria. Enfim, é impossível. Você me odeia. Somos inimigos. É simplesme...