Impossible
Chapter eighteen
🍄
Já se passaram três dias desde que Harry e Draco se falaram pela última vez, embora Draco ainda estivesse ajudando Harry. Eles nunca trocaram nenhuma palavra. Nenhuma.
Harry não estava melhorando. Ela ainda mal comia. Ele queria (realmente queria) mas ele não tinha apetite e sentia que não merecia comer... Como se não merecesse uma vida em geral.
Ele sentia que todas as vidas na guerra não mereciam, e ele merecia.
Todas aquelas pessoas... Seus amigos... Todos eles, mortos. Eles nunca mais poderiam comer. Nunca mais iriam rir. Nunca iriam sorrir. Nunca mais Sentiriam amor.
Então Harry chegou à conclusão de que ele não merecia isso.
Sua depressão estava piorando e ele começou a se distanciar se todos os seus amigos. Eles só o viam na aula de vez em quando no café da manhã, almoço e jantar. Ron e Hermione estavam ficando preocupados, mas tentaram não perguntar, considerando que Harry se sentiria desconfortável e provavelmente pioraria a situação.
Harry começou a não falar (ele raramente falava). De vez em quando, com McGonagall quando ela perguntava como ele estava, ele sempre sorria e dizia que estava bem, ou dizia que estava melhorando, então ela o deixava em paz.
Claro que ele estava mentindo. E ele não tinha certeza se conseguiria reunir energia para fingir mais.
Ele sentia que estava caindo cada vez mais na depressão, dia após dia. Ele não conseguia parar. E ele achava que nem merecia tentar melhorar.
Ele se sentia tão esgotado (emocionalmente e fisicamente). Ele não tinha motivação. Ele se sentia morto por dentro.
Ele sabia que, em breve, ficaria mudo. Ele podia ver isso, seus amigos também. Eles estavam constantemente preocupados com eles e, eventualmente, começaram a perguntar se ele estava bem ou como estava se sentindo. Então ele decidiu que pularia as refeições e ficaria em seu quarto.
Que é onde ele estava agora.
Ele estava tão imerso em seus pensamentos que não percebeu. Figura ao lado da sua porta, e mal percebeu que ela falava com ele.
— Você vai ficar o dia todo aí?
Malfoy.
Harry encolheu os ombros. Pelo menos um deles está falando.
— Levante-se, você tem aula em vinte minutos. — Draco afirmou.
Harry era capaz de andar sozinho agora, mas de vez em quando ele tropeçava, e Draco teria que segurá-lo. Harry comia mais do que antes. Só um pouco talvez.
Harry balançou a cabeça, sem energia pra falar, muito menos ir pra aula. Ele não tinha dormido nos últimos três dias, e estava desesperadamente precisando disso.
Talvez se eu simplesmente morresse. Draco seria capaz de voltar para sua própria Comunal e não iria ter que cuidar de alguém tão patético quanto eu.
— Potter. — Draco falou, suavemente agora, entrando em seu quarto.
O quarto estava escuro e a chuva batia na janela de Harry. Suas cortinas se abriram para revelar o lado de fora cinzento
Harry ficou em silêncio, esperando Draco continuar.
— Levante -se — Draco ordenou, agora na frente da cama de Harry.
Harry balançou a cabeça. — Potter — Draco falou — Não me faça arrastar você para fora desta cama
Harry não respondeu, ele apenas ficou lá e continuou olhando pro teto.
Draco suspirou e pegou Harry pelos pulsos, o que fez Harry estremecer de dor e puxar os braços para trás.
— Por que você estremeceu? — Draco perguntou, seu coração apertando, rezando para Merlin que não fosse o que pensava que era.
Harry não respondeu, ele ficou em silêncio.
— Harry James Potter, eu juro por Merlim se é o que estou pensando — Draco falou deixando a frase no ar.
Harry não respondeu. Ele ficou em silêncio. Ele se sentia entorpecido.
Draco agarrou os braços de Harry, prestes a puxar a manga, mas Harry puxou o braço novamente.
— Harry — a voz de Draco tremeu — Pelo menos fale comigo
Porque eu deveria? Você me ignorou nos últimos três dias.
— Harry — Draco sussurrou — Por favor?
— Por que eu deveria? — Harry perguntou, sua voz falhando por falta de uso — Você me ignorou nos últimos três dias.
O estômago de Draco revirou. — Harry...
Harry ergueu o braço, como se fosse acertar Draco, mas suas mangas caíram, e Draco imediatamente agarrou o mesmo.
Harry tentou puxar seu braço, mas não conseguiu. Ele estava muito fraco.
O coração de Draco parou algumas batidas quando viu seu braço.
Os cortes marcavam o pulso de Harry e Talvez tivessem sido feitos ontem.
— Harry — A voz de Draco falou enquanto acariciava os cortes com carinho — Por que?... — Ele sussurrou olhando para cima.
Harry evitou os olhos de Draco, mas não respondeu a pergunta. Em vez disso, ele apenas olhou para seu colo.
— Cicatriz...
— Eu mereço. — Harry respondeu, sua voz quase inaudível.
— Não, você não merece — Draco sussurrou — Você não merece nada disso.
Harry revirou os olhos — Tanto faz — Ele disse, levantando-se, apenas para ter sua visão embaçada.
Ele tropeçou rapidamente, permitindo que sua visão ficasse novamente quando Draco agarrou o outro braço.
— Harry... Você precisa ver um médico — Draco afirmou, sua voz cheia de preocupação — Você tem comido? Eu não te vi comendo.
Harry encolheu os ombros, sua boca ficando seca — Eu como mais que antes.
— Você está magro. Não está comendo o suficiente. Por que não tem comido?
— Por que você acha? — Harry retrucou, sua mandíbula cerrada.
— Harry... — A voz de Draco falhou novamente.
— Parar de agir como se você se importasse, Malfoy. Eu ficarei bem. — Harry sibilou distanciando-se de Draco — Apenas... Me deixe em paz.
— Cicatriz...
— Eu vou ficar bem sozinho — Harry mentiu — Apenas me deixe em paz.
Ela já se sentia esgotado só de falar, então ignorou os apelos de Draco para ele ficar e dormir ao invés de ir pra aula, Harry ignorou e desceu as escadas mas rápido que pode (o que não foi muito rápido) e fez seu caminho para a aula, mesmo que só quisesse dormir.
🍄
"—Eu me odeio mais a cada dia.
Agora eu me odeio mais porque tentar me distanciar fez você piorar.
Merlin... Esses cortes... Por que?
Por que você acha que merece?
Você merece toda a felicidade do mundo.
Por favor, me deixe ajudá-lo, Harry Potter."
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impossible | drarry
Teen Fiction"-Você já pensou por um segundo, que eu senti algo por você, além de ódio, Potter? Existe uma linha tênue entre amor e ódio. Mas eu não chamaria necessariamente de amor. Talvez luxúria. Enfim, é impossível. Você me odeia. Somos inimigos. É simplesme...