DESTINY
NOSSAS BOCAS SE completam de um jeito perfeito. O beijo de Nikki é exigente, feroz, eletrizante, fogoso, inesquecível... Ele move a língua com maestria, bailando ao ritmo agressivo da minha e, não importa mais o que eu diga, não importa mais se eu tente mentir para mim mesma, meu corpo nunca mente.
Seus dentes abocanham meu lábio num mordiscar delicado. Sorrimos juntos. Envolve-me com um braço em um aperto firme, a outra mão desce do meu rosto ao pescoço e continua me beijando sedentamente.
Escorrego os dedos por entre os fios do seu cabelo bagunçado, indo parar na nuca dele, depois deslizando até chegar nas suas costas e absorvo cada pedacinho pelo tato, guardando na memória. Couro macio da jaqueta, tecido áspero da T-shirt, tensão dos músculos, movimentos acelerados da respiração... Merda. Ele é fodidamente gostoso. É como se meu coração fosse explodir agora, de tão disparado.
Distanciamos nossos lábios devagar e encostamos nossas testas. Fecho os olhos, esperando o arrependimento chegar e nada. Não estou nem um pouco arrependida. Segui o instinto, minha necessidade, a vida é isso, não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. Arrependida eu estaria se não beijasse Sixx pela segunda vez.
Nikki sintoniza na rádio KKGO (Go Country 105), a estação de música country de Los Angeles e toca Willie Nelson, "On The Road Again". É uma gracinha o fato de ele ainda recordar meu gosto musical.
— Sei que acabei de sair de uma palestra de reabilitação, mas... Vou pegar uma bebida no porta-malas.
— Tudo bem, sir. Abrirei uma exceção. — respondo, rindo.
— Esse momento merece ser comemorado, baby. Já volto.
Ele sorri, piscando. Coloco sua franja para trás e aprecio a beleza dos traços do seu rosto. Lindo. Nikki me dá um selinho surpresa, que me faz soltar uma risadinha fresca, quase infantil e sai do carro, deixando a porta aberta. Pelo retrovisor, assisto-o vasculhar o porta-malas pequeno. Fico intrigada para saber qual bebida trará.
Aliás, que tipo de pessoa guarda bebidas no porta-malas?
Quando menos espero, meu olhar esbarra em um pedaço de couro preto brilhante preso no vão entre o banco do motorista e o console central. "O que é isso?", penso. Franzo o cenho. Minha curiosidade feminina é fatal, aguçada, estendo a mão para puxar o objeto no mesmo instante.
Uma carteira.
A carteira de Sixx, que ele deve ter deixado cair do bolso.
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My Sweet Destiny | Nikki Sixx
FanfictionDestiny Kelly O'Connor, filha única de pais separados, cresceu em um ambiente familiar abusivo, o que a levou a fugir de casa com apenas 19 anos no início da década de 1980. Perdida pelas ruas da caótica cidade de Los Angeles, totalmente só, ela se...