Destiny Kelly O'Connor, filha única de pais separados, cresceu em um ambiente familiar abusivo, o que a levou a fugir de casa com apenas 19 anos no início da década de 1980.
Perdida pelas ruas da caótica cidade de Los Angeles, totalmente só, ela se...
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DESTINY
SIXX ME CHAMA para irmos ao quarto, porém, o convite não é sexual. Não há malícia na voz, no sorriso, no olhar. Desperta-me curiosidade. Ele caminha até a mesa de cabeceira, tira da gaveta uma caixa retangular do tamanho de um tabuleiro de xadrez dobrado e a coloca em cima da cama.
— Vou te deixar mais orgulhosa de mim, baby. Tem ideia do que posso guardar aqui?
— Hum... Algum acessório de sadomasoquismo?
— Coisas desse tipo te deixariam mais orgulhosa de mim? Sério?! — retruca rápido, arqueando uma sobrancelha.
— Não! — nego mais rápido ainda, gargalhando da própria gafe e da sua expressão confusa. — Não... Quer dizer, sim, foi o que eu falei. Mas eu não quis dizer isso.
— Seu lado sadomasoquista é interessante...
— Idiota. — rio pelo nariz, revirando os olhos.
Nikki abre a caixa e, quando vejo o que tem dentro, minha primeira reação é sorrir. Ele coleciona tudo que ganha na reabilitação, os bottons com frases encorajadoras como "Força, acredite no seu potencial!" e os colares prateados com plaquinhas redondas que marcam há quanto tempo o paciente está longe das drogas, uma forma de estímulo, 15, 30, 45, 60 dias e assim por diante. É tão adorável, quanto de fato me dá ainda mais orgulho dele, se é que é possível.
— Também guardei todas essas coisas, do início ao fim do tratamento. — sorrio satisfeita e estendo a mão para pegar um botton branco com dizeres em verde, a cor da esperança. — "Seja positivo. Você já passou por muita coisa ruim, mas agora chegou sua hora de ser feliz." — leio a mensagem em voz alta. — Bem motivacional, gostei! Quero usar nas minhas palestras! Honey, falando nisso, como vai a rehab? Nunca mais conversamos sobre...
Nikki enfia as mãos nos bolsos de trás da calça, inquietando-se com a pergunta.
— Que foi? — lanço, intrigada com a pista que sua linguagem corporal oferece.
— Nada. Só não é fácil, você sabe. — ri forçado, desviando o olhar do meu. — Tudo ótimo comigo, baby. Um dia de cada vez, certo?
