3 - Chocolate

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   — Vamos? — Chamou Angel naquela manhã, antes mesmo que eu tivesse oportunidade de abrir minha caixa azul

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   — Vamos? — Chamou Angel naquela manhã, antes mesmo que eu tivesse oportunidade de abrir minha caixa azul.

— Agora?

— Claro, se corrermos, posso dormir lá ainda hoje.

Olhei para ela, tinha tanto a fazer e aquilo era algo tão fácil de adiar. Mas Angel não me deu brecha para desistir, contornou a escrivaninha e me segurou pelas duas mãos, puxando-me até que levantasse e a seguisse.

— Tudo bem, para onde vamos? — Ela perguntou, quase saltitando pelo corredor, como Agnes costumava fazer.

— Para o corredor onde ficam os nossos quartos. Papai jamais deixaria que você ficasse sozinha em outra ala do castelo.

— Que sem graça. Mais ainda posso escolher entre os quartos que tem lá, não é?

— Claro, por isso estamos fazendo isso.

— Tem algum com varanda? — Ela perguntou, sonhadora.

— Hum... — Pensei, tentando lembrar-me de todos os quartos nos quais eu costumava entrar ao brincar de pique esconde. — Bom, acho que tem um, mas não sei se você gostará muito dele.

— Por quê?

— É o último do corredor, o que fica mais longe das escadas e é bem menor que o que você tem agora. — Ela deu de ombros.

— Não tem problema ser pequeno, a maior parte das coisas lá no meu quarto são da Alinna. Mas tem closet e banheiro, não tem?

— Sim, menores que os seus, óbvio.

— Tem acomodações para a Josie?

Josie era a criada que costumava cuidar de Angel e Alinna quando elas eram menores, ajudava com pequenos detalhes, como passar roupas antes de sair, fazer penteados, ajudar na organização do quarto e ficar de olho nelas às vezes. Angel era muito apegada a ela e não era surpresa nenhuma que quisesse a moça por perto.

— Tem, bem próximas ao quarto.

— Então esse me parece um bom quarto. Qual é?

— O da torre.

— Com paredes cilíndricas e tudo o mais?

— Exatamente.

— Ah, esse é perfeito, Ally. Podemos olhar primeiro ele?

— Claro. — Respondi, pensando que se ela escolhesse tão rapidamente já ajudaria muito.

Caminhamos até o final do corredor, longe de todos os quartos ocupados e desocupados daquela área reservada à nossa família. A torre era literalmente a última porta antes da virada do corredor e dois ou três cômodos a separavam dos quartos ocupados.

A porta que dava para a torre, era só uma passagem sem nada que a bloqueasse, dentro do cômodo, havia um pequeno espaço dividido por uma porta e uma escada que seguia o formato da parede.

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