7 - A chegada do caos

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Segurei o anel de citrino contra a luz do sol nascente pela janela, rodei-o na ponta dos dedos

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Segurei o anel de citrino contra a luz do sol nascente pela janela, rodei-o na ponta dos dedos. Eu tinha acordado absurdamente cedo, pensando naquilo. Encarei o brilho amarelado que dependendo do ângulo tornava-se coral e, pela primeira vez, pus o anel no dedo anelar da mão esquerda, encarando o resultado como se avaliasse o resto da minha vida. O anel servia drasticamente bem e ficava lindíssimo como as joias herdadas de mamãe.

— Ally? Você está acordada?

Assustei-me com o chamado da minha irmã. Tirei o anel rapidamente e procurei a caixinha na mesinha de cabeceira.

— Já vou, espere um minuto. — Respondi, guardando-o com sucesso e fechando-o na gaveta.

Só então abri a porta.

— Estava no banheiro. — Expliquei ao encarar Angel de camisola e nariz levemente vermelho. — O que foi?

— Não estou me sentindo bem, acho que não poderei trabalhar hoje.

— O que aconteceu? — Dei passagem para ela entrar.

— Estou com a cabeça e a garganta doendo, acho que vou gripar. — Explicou, sentando-se na cama.

Pus a mão na sua testa e no seu pescoço, ela devia estar febril.

— Deite-se, vou buscar um remédio para a dor e o termômetro, se sentir frio, cubra-se.

Ela obedeceu enquanto eu procurava no quarto a caixinha com os primeiros socorros, depois voltei para ela, enquanto o termômetro dava o tempo, peguei água numa jarra que ficava ali perto e procurei o remédio que precisava.

— 37,5. — Observei ao olhar o termômetro e entregar-lhe o remédio e a água. — Está febril, mas esse remédio deve ajudar. Tome e tente dormir, fique aqui mesmo, pega menos vento da praia, pode ser só rinite. Se não estiver melhor quando acordar, te dou um antigripal.

Ela apenas assentiu, colocando o copo na mesinha de cabeceira e se cobrindo até o pescoço com o lençol. Sentei na beirada da cama e conferi se ela estava bem coberta.

— Pode dormir, eu cuido de tudo, tá? Não se preocupe. — Garanti, beijando-lhe a testa e decidindo por levantar de uma vez.

Tomei banho para acordar dos meus devaneios e saí, pronta para um novo dia.

A ausência de Angel me encarregou de trabalho a mais. A verdade é que já tinha bastante coisa acumulada da viagem em que fui visitar Thomas e agora havia um bom acréscimo com as coisas da minha irmã. Era impressionante como já tinha se passado uma semana desde aquilo e eu ainda não havia conseguido recuperar o tempo perdido, honestamente, a única coisa que me animava depois de mais um dia de trabalho que parecia durar mil anos era poder ir à cozinha do castelo e encontrar Alec à minha espera com uma caneca de chocolate quente e uma boa prosa prontas.

Fiquei muito ocupada o dia todo, resolvendo um milhão de coisas. Na hora do almoço, antes de ir para a mesa, fui para o meu quarto.

Angel estava acordada, sentada, mexendo no celular.

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