22 - Consequências

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Foi difícil convencer o policial quando lhe falei que éramos as duas princesas mais velhas da Coroa de Arabelle

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Foi difícil convencer o policial quando lhe falei que éramos as duas princesas mais velhas da Coroa de Arabelle. Mesmo com nossos documentos dizendo isso, foi necessário que nosso tio fosse nos buscar na delegacia.

Nesse meio tempo enquanto eu tinha uma conversa difícil com o policial e tentava negociar nossa liberdade, Angel estava muito confortável sentada na sala ao lado, enrolada em uma toalha que lhe deram, já tinha feito amizade com os dois polícias que deviam tomar conta dela e estava jogando baralho com eles.

E então finalmente a porta se abriu e era o meu tio quem entrava. Aliviada, levantei-me na mesma hora e fui até ele.

- Allyssa. - Falou, num tom pouco amigável. - Onde está a sua irmã?

Apontei para a sala ao lado, onde Angel muito confortável ria em sua partida de baralho. Ele abriu a porta e olhou para ela de um jeito severo.

- Angel, vamos.

Assim como eu, ela percebeu que estávamos bastante encrencadas. Nosso tio falou com o policial agradecendo por ele ter cuidado de nós e logo em seguida fomos para o castelo. Enquanto ele dirigia com um guarda ao seu lado no banco da frente, Angel e eu seguíamos quietas no banco de trás, sob seus olhares reprovadores e acusatórios. Ele não disse uma palavra até chegarmos ao castelo. Quando avisou que tinha ligado para o nosso pai e que ele viria de manhã, então era melhor dormirmos para descansar. Quando Angel saiu e estávamos só eu e ele, foi que o sermão começou.

- Allyssa, eu não queria realmente ter que dizer isso, mas que loucura foi essa? As duas numa rua, sozinhas, no meio da madrugada? Tem noção de como isso foi perigoso? Das coisas que poderiam ter acontecido se os vizinhos não tivessem ligado para a polícia? Eu não esperava uma decisão tão irresponsável da sua parte.

- Desculpe, tio. - Falei, sem graça. - Nós só tínhamos saído para o parque e ficava perto do hotel, então não achei que fôssemos precisar chamar um carro para buscar-nos. Foi tudo um grande mal-entendido.

- E que ideia essa de ir para o parque. Sua irmã deveria estar de castigo e eu pensei que você tivesse vindo aqui para resolver isso. Erro do seu pai te dar tanta liberdade com as outras e eu nem vou comentar o humor que ele ficou quando eu o acordei às três da manhã com a notícia de que estava indo busca-las na delegacia.

- O que ele disse? - Perguntei, preocupada.

- Isso você resolverá com ele amanhã. Agora, acho melhor ir dormir. - Ele balançou a cabeça, pesaroso. - O que sua mãe iria pensar?

Seria mais gentil ele ter me dado um tapa ao invés de ter dito essa frase. Ele abriu a porta do quarto em que eu geralmente ficava quando ia para lá.

- Boa noite, Allyssa, até amanhã. - Foi tudo o que disse.

Entrei no quarto e ele encostou a porta, então me vi sozinha no cômodo e toda a culpa caiu sob meus ombros. Meu tio estava certo, afinal, eu não deveria ser irresponsável daquela forma e agora teria de pagar as consequências.

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