11 - Um dia difícil de esquecer

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Acordei meio atônita naquela manhã

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Acordei meio atônita naquela manhã. Era o domingo da Páscoa. Minhas irmãs estavam em casa e não tinha lá muita coisa para se fazer. Mas, além disso, tinha alguma coisa muito importante para aquele dia, mas eu não conseguia lembrar o que era de modo algum. Tentei repassar mentalmente a lista das coisas que tinha para fazer.

Íamos à missa, haveria o almoço de Páscoa e seria, de modo geral um dia livre. Talvez fosse melhor eu cuidar das coisas do trabalho que estavam atrasadas. Aquela semana havia sido muito corrida, nem com Alec eu tinha saído a despeito das bebidas mornas no fim do dia.

Procurei minha agenda para checar tudo com mais exatidão, mas não sabia onde ela estava. Desisti e levantei, troquei-me e desci para o café.

Papai sorriu para mim o que foi incomum já que geralmente ele se escondia atrás do seu exemplar diário do Jornal Nacional RB ou o clássico Arabelle Notícias Matinais. Mas não, ele estava de mãos vazias. Sentei e esperei que trouxessem o desjejum.

— Então, Allyssa, o que vai fazer hoje? — Ele perguntou.

— Ah, acho que vou apenas adiantar algumas coisas do trabalho. — Falei aquilo num tom baixo. Sabia que meu pai não gostava que eu trabalhasse nos feriados.

— Hoje?

— Eu sei que não deveria. Mas é que tem algo atrasado e seria bom adiantar isso.

— Filha, hoje é dia santo. Vá se divertir com suas irmãs, fazer outra coisa. Nada de trabalho hoje.

— O senhor não vai trabalhar hoje? — Perguntei, estreitando os olhos.

— Eu mesmo não.

Eu não tinha tanta certeza, muito embora ele parecesse ter. Logo as meninas desceram e comeram também, todas me olharam como quem espera algo. Perguntava-me o que havia esquecido e o quão importante deveria ser para todos estarem agindo tão estranho. Fosse o que fosse, era muito importante.

Depois do café, começamos a correr para nos arrumar e sair sem nos atrasar, o que por si só era uma coisa bastante difícil, mas muitíssimo necessária. Quando voltamos para casa, já estava na hora do almoço, já que nosso pai ficou parando e conversando com metade das pessoas que estava na igreja.

Depois disso, eu não tinha muito o que fazer, sabia que se realmente fosse trabalhar como tinha planejado, ficaria com a consciência pesada, meu pai eu conseguia enganar facilmente, mas Deus não.

Mandei mensagem para Alec, mas ele nem visualizou, devia estar ocupado, Thomas, eu sabia, tinha ido visitar a avó e não teria tempo para muita coisa naquele dia, muito menos ficar conversando comigo, nem sequer mandara mensagem até então. Diante disso, fiz uma coisa que dificilmente fazia a tarde: fui dormir.

Não faço a menor ideia de com que sonhei ou se sonhei, só sei que acordei algum tempo depois com alguém levando uma topada pelo meu quarto.

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