Todas as garotas certinhas têm segredos e o segredo de Allyssa Récler é capaz de derrubar uma monarquia. A sua monarquia. E a decisão está nas mãos dela.
Como princesa herdeira de Arabelle, ela conhecia muito bem o peso e a importância da Coroa e nu...
Olá, simpático leitor. Muito obrigada por ler até aqui, espero que tenha a história da Ally e das suas 1001 indecisões e desencontros tenha te agradado, conta para mim o que achou, ajuda a melhorar as histórias cada vez mais para você. 😉
Lembrou de todas as estrelinhas? Elas ajudam a mais pessoas acharem a história, além de dar uma ideia do que vocês gostam no livro, então se esqueceu, ainda dá tempo de colocar, aproveita para rever suas partes favoritas.
E sem mais enrolação, vamos aos avisos.
A história que você acabou de ler é apenas a primeira dos três romances que compõe a série "A Realeza" e ainda tem os contos bônus que complementam a coleção. Então se você gostou de conhecer Rosa Branca com todas as suas tradições e festas com muitas danças, acompanhe meu perfil para ver a postagem dos outros livros da série e descobrir o final da história de Alec e Allyssa e ver as intrigas escondidas nas Coroas dos Sete Reinos.
E presta atenção que a próxima história já está chegando!
As publicações continuam sendo aos domingos, quartas e sextas-feiras, a partir de amanhã, 10 de julho com a história da Angel, um novo romance com uma narrativa que mistura fugas do castelo, tentativas de assassinato e uma princesa que é tudo, menos preparada para isso.
E, como sempre, vou deixar aqui a prévia da próxima história, a capa, a sinopse e um trechinho. Espero que gostem, foi feito com o mesmo carinho (e loucura) de sempre para vocês 🙃🥰
Capa
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Sinopse
Angel Récler tinha 15 anos quando se deparou com um dos seus maiores medos: a possibilidade de ser rainha.
A coroa pertencia à sua irmã, Allyssa, até que um dia, não mais graças àquele segredo que ela guardara por tempo demais. Agora a coroa era de Angel. E ela era exatamente o oposto de tudo o que uma herdeira deveria ser: impulsiva, desorganizada e teimosa.
Então ela estava correndo do trono. E foi fugindo que acabou caindo no mar e, consequentemente, na vida de Josh, que estava no caminho àquele dia, fugindo da própria herança de poder. E eles encontrariam refúgio naquela estranha amizade que colocaria em colisão dois mundos que jamais deveriam se tocar.
Com o novo título, os problemas na família e um noivado indesejado, Angel sequer percebe os inimigos que espreitam sua dinastia até a primeira tentativa de assassinato. E todas as que se seguiram depois dessa.
Enquanto tenta descobrir quem a quer morta, Angel ainda procura uma saída para o casamento arranjado que pode salvar seu reino e no caminho pode descobrir que apesar de não ter nascido para reinar, talvez esse seja o destino pelo qual ela aguardava.
Trechinho
O jardim sempre tinha sido umas das minhas partes favoritas de casa. Era florido durante todo o ano, com um tipo de flor para cada estação. Também era um dos lugares favoritos da minha mãe, por isso olhar para ele sempre me fazia sentir solitária. Mas eu o estava encarando de muito longe. Meus pezinhos a metros das flores coloridas que se prateavam com a luz da lua.
Sentada com as pernas para fora da janela do quarto que dividia com minha irmã mais velha, esperava que olhar para as flores e as árvores fosse fazer com que me sentisse menos sozinha naquela noite de março, mas estava enganada. As lembranças de mamãe não ajudavam com a função de afastar o medo pelo futuro.
— Angel? — Ouvi a voz de Allyssa às minhas costas e a encarei. Minha irmã parecia confusa e assustada ao acordar no meio da noite e ver-me sentada na janela de peitoril largo. — O que está fazendo aí?
— Nada. — Dei de ombros. — Só acordei e não consegui mais dormir.
Com um suspiro, Allyssa levantou e veio para onde eu estava na janela, parou bem ao meu lado, debruçada sobre o peitoril, jogou os cabelos ruivos e bagunçados para as costas.
— Sabe que não pode ficar aí, não é? — Assenti. — Então o que está fazendo?
- Estava só olhando o jardim.
- O que te deixou acordada?
— Nada demais... estava só pensando sobre o internato.
— Está nervosa? — Anuí, sem encara-la, balançando os pés no ar. — Não precisa se preocupar, você já foi para lá antes.
— Mas agora vou para a parte das meninas grandes. — Justifiquei, pensativa. — Vai ser mais difícil, eu vou precisar saber de um monte de coisas novas e complicadas.
— Não é isso que está te preocupando de verdade, é? — Finalmente a encarei. Allyssa olhava-me com uma expressão gentil. — O que foi?
- É que... eu estava pensando: o que é que eu vou fazer quando o internato acabar?
- Ora, é isso que está te deixando sem dormir? — Perguntou, achando graça. — Não precisa pensar nisso agora. Você só tem 10 anos, ainda vai demorar muito até sair do internato.
— Mas eu vou ter que sair em algum momento, não é? E aí? Você vai ser rainha, a Maki e a Ysha também. E eu vou fazer o que?
— O que você quiser. — Respondeu, bondosa. — Angel, olhe por cima do muro. — Ela se virou para a janela e, como ela, olhei para o cenário do reino que parecia ser simplesmente inacabável depois dos muros com suas centenas de luzes acesas no meio da noite. — Está vendo todo esse reino? É enorme, não é? Mas tenho certeza de que se você quisesse fazer algo, nem ele inteiro conseguiria te deter. Só precisa decidir de verdade e nunca desistir. Você vai alcançar qualquer coisa que realmente queira, eu sei disso. — Voltei a encara-la, podia ver a certeza em seus olhos castanhos. Ela sorriu. — Até porque é teimosa demais para não conseguir. Agora vem, vamos dormir, amanhã acordaremos cedo.
Ela se afastou da janela, indo para sua cama. Uma última vez, olhei para a imensidão de prédios e luzes do reino que um dia Allyssa governaria, pensando no que ela dissera. Minha irmã nunca mentia para mim, então, confiei nas suas palavras e desci da janela com um sorriso no rosto e um coração leve no peito.
Esperaria meu momento chegar e então faria exatamente o que Allyssa dissera: não desistiria. Mas ao dizer-me aquelas palavras naquela noite, minha irmã ainda não fazia ideia do quão obstinada eu me tornaria, bom, era algo que ela teria de ver com os próprios olhos.
