Amélia

Capítulo 4

Amélia

Tirando a luz fraca do abajur no canto da minha sala, a única coisa que vejo são as suas mãos, explorando de forma violenta cada canto do meu corpo, sua boca de modo selvagem sugando a pele do meu pescoço, deixando um caminho de beijos molhados desde minha orelha até o meio dos meus seios. Suas mãos apertando com força minhas pernas, fazendo com que eu envolva seu quadril com mais força.

"Olhe só para você Jones... "diz sussurrando em meu ouvido, os lábios descem a procura dos meus, os dentes ferozes puxando e mordendo meu lábio inferior- "toda molhadinha e eu só consigo pensar nas formas que eu quero foder você, aqui mesmo nessa mesa."

A voz cheia de desejo reverbera como um trovão pelo meu corpo, fecho os olhos e grito quando sinto seus dedos entrarem de mim com uma força bruta, que faz meu corpo ser jogado contra o dele na intenção de um contato maior, à medida que ele impulsiona os dedos dentro de mim meu corpo se contorce, querendo mais... preciso de mais.

Meus dedos se desesperam a procura dele, se afundando em seu cabelo macio, seu cheiro me deixando cada vez mais próxima do meu orgasmo, ele acelera enquanto crava os dentes no bico do meu seio.

"Eu não aguento mais Nate, vou gozar."

"Eu quero que você goze para mim Amélia"

Sua mão puxando meu cabelo, de forma que meu rosto fique colado no seu, sinto o suor escorrendo pelo meu pescoço na direção em que suas mãos estão me masturbando, ele afasta meu corpo com agilidade, me jogando no centro da mesa, enquanto objetos são arremessados no chão da minha sala. As mãos prendem minhas pernas em volta do seu pescoço. Jogo meus braços para trás na procura de equilibro enquanto ele levanta meu quadril na altura do seu rosto.

"Eu quero que olhe para mim, quero que você goze na minha boca, enquanto fodo você".

De repente meu corpo entra em estado de alerta, as veias pulsam, o coração em um ritmo frenético, minhas pernas apertando cada vez mais seu pescoço, a imagem que tenho de Nate entre minhas pernas, está acabando com a minha lucidez. Os cabelos pretos mais bagunçados que o normal, o rosto molhado por culpa da minha excitação, ele começa a intensificar os movimentos e minha respiração vai ficando cada vez mais agitada...

"Nate eu vou gozar" digo sem ar.

"Isso princesa, goza para mim."

-AHHHHHH.

-Amélia, tá tudo bem? -Bam, bam, bam...

A voz de Júlia me faz abrir os olhos enquanto meu coração bate desenfreado. Levo um minuto... ou talvez um pouco mais para entender o que está acontecendo.

Olho para baixo e vejo as alças do meu pijama caído, deixando a mostra meus seios, e a minha mão... ah não. Não pode ser.

Minha mão está escondida dentro do tecido fino de seda do shortinho.

Eu não acredito que acabei de me masturbar mesmo inconsciente, e pior ainda... pensando nele.

-Tá tudo bem, eu... eu só vi uma aranha aqui, mas... já matei.

A voz ainda meio estrangulada por toda adrenalina que meu corpo acabou de produzir.

-Hum, sei... estamos atrasadas.

Corri pegar o celular em cima da mesinha ao lado da cama, 8:15am.

-Ai que droga.

Resmunguei enquanto corria para o banheiro, a imagem que vi através do reflexo no espelho me fez parar abruptamente, fazendo a porta do banheiro voltar e bater contra o meu corpo, ocasionando um baque alto.