Capítulo 16

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Amélia.

Droga, droga... droga!!!

Nate e eu olhamos na direção das escadas, ainda ofegantes.

-Fica aqui -digo para Nate enquanto ajeito a camisola no corpo e caminho em direção ao corredor, tentando fazer o mínimo de barulho possível.

Me aproximo das escadas e me abaixo. Não tem ninguém no corredor. Será que o som foi coisa da minha cabeça?
Bom, mas Nate não teria ouvido também.

Faço sinal com as mãos e ele se aproxima. Quando chegamos ao topo das escadas uma porta se abre nos fazendo congelar.
Ai droga, é a porta do quarto do Henrique.

Mas, espera aí?

Cecilia sai de fininho e quando dá de cara com nós dois, ela trava.
Não, não estou acreditando nisso. Um minuto constrangedor de silencio se instaurou entre nós três, até que ela diz:

-Beleza, vamos lá... -A sua voz era um sussurro. - Eu não falo nada se prometerem não falar.

-Nós... -eu encaro Nate. -Não aconteceu nada aqui.

Cecilia começa a rir.

-Tá legal, você com essa camisola toda amassada e o garotão ai... -ela aponta com os dedos e eu me viro. Nate está com a camisa desabotoada, o botão e o zíper da calça abertos.
Reviro os olhos ao encara-lo.

-Combinado - ele responde.

Ceci volta a caminhar para o seu quarto na ponta dos pés quando Nate me puxa para seus braços.

-Eu não quero que essa noite termine. -Ele diz se aproximando da minha boca. -Dorme comigo?

-Acho que você já teve sua cota de sacanagem por hoje. -Começo a sorrir, mas ele puxa meu pescoço colando nossos lábios.

-Você não me convenceu Jones. -Sua mão entra por dentro da camisola apertando minha bunda, consigo sentir a ereção se formando. -Eu ainda não tive tudo o que quero de você, em um minuto estava gemendo no meu ouvido e agora simplesmente quer ir embora?

À medida que seus braços me prendiam com mais força, meu corpo inteiro começou se agitar em antecipação.

Outro barulho fez meu estomago dar um nó.

Merda, de novo?

Nate se afastou tão rápido que quase cai.
Olhei com raiva para ele, mas o barulho vinha do final do corredor. O quarto do meu pai.
No mesmo segundo a porta do Adam se abriu e Júlia saiu devagar.

Mas o que? Ela parou nos olhando.

-O que vocês estão fazendo acordados? -Com o cenho franzido, seu olhar passou de mim até Nate e então ela levantou as sobrancelhas abrindo a boca. Senti meu rosto corar quando Júlia começou a rir.

-Vocês são péssimos em tentar esconder algo, ainda mais no corredor. -Ela disse se encostando na parede e rindo.

-Eu? Você é a única que está tagarelando no corredor no meio da madrugada, quer ficar quieta? - Disse baixo tentando ignorar seus comentários. - O papai pode acordar.

Assim que terminei a frase a luz da última porta do corredor se acendeu.

Caramba, ele acordou.

-Tá vendo? Você acordou o papai. -Disse com raiva ainda sussurrando.

Júlia saiu correndo em direção ao quarto dela.

-É melhor irmos dormir, eu te vejo amanhã. -Disse encarando Nate. Ele respirou fundo e me beijou.

AméliaOnde histórias criam vida. Descubra agora