Capítulo 15

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Aviso de cenas HOT!!!
Para quem esperou por esse momento vai uma diquinha, separem duas musicas românticas e uma playlist bem safadinha hehehe.

Amélia

A noite está incrível. Uma das coisas que eu sentia saudades era essa vista. A vida no campo tem seus privilégios.
O céu é tão limpo que se torna possível contar todas as estrelas... uma por uma.
Estamos sentados em uma mesa enorme, em frente a plataforma de madeira montada com uma banda.
Nate está sentado ao meu lado, junto com Adam, Júlia, Cecilia e Henrique.

Mamãe está sentada em uma ponta da mesa ao lado de Laura e Lucas e papai está na outra ponta, junto a Miguel.
Todos conversam animados, e é claro que em festas de família não podem faltar as histórias vergonhosas, Júlia e Cecilia estão contando algumas sobre nossa infância. Nate a Adam nem piscam ouvindo curiosos.

-...Lembra aquela vez Ceci, em que Amélia desapareceu, a gente tinha uns 7 anos. Papai colocou todos os funcionários da fazenda atrás dela. - Ceci concorda dando risada. -Ela acordou antes de todos, pegou a égua dela e desapareceu, só voltou quando anoiteceu.

-Eu me lembro disso. -Mamãe comentou na mesa. -Se eu não morri aquele dia, acredito que não morro nunca mais. – Todos começaram a rir. – A casa é cheia de cachoeiras ao redor, vocês não imaginam a minha preocupação com essas três.

-E aonde você se meteu? - Nate pergunta ao meu lado e eu dou os ombros tomando um gole do meu champanhe.

-Ela voltou com uma sacola cheia de mangas. Basicamente isso. - Diz Cecilia erguendo os braços. - Quase nos matou de preocupação para colher mangas.

-Amélia sempre foi assim Nathaniel, se acostume, é uma mulher independente. -Papai começou a dizer e havia orgulho em seu tom de voz, mas desviei a atenção para a taça a minha frente. -Montava em sua égua e desaparecia. - Ele continuou. - Não avisava ninguém, não pedia ajuda. Se virava sozinha, mas ela nunca havia desaparecido por tanto tempo, Cecilia não parava de chorar achando que um trator tinha passado por cima dela.

Todos riram e Cecilia protestou.

-Ei, eles estavam fazendo colheita. Tinha dezenas de tratores em volta da fazenda.

Mamãe começou a contar algumas histórias de quando Júlia pulava a janela pra sair escondida. Essas são infinitas... Nate aproxima seu rosto do meu e pergunta.

-Então você andava a cavalo? – as covinhas aparecendo enquanto sorria.

-Sim, aliás ela é linda. Ganhei no meu aniversário de 10 anos. -Respondo.

-Nossa, ela ainda está aqui? -Ele pergunta com tom de surpresa.

-Está sim, porém ninguém a monta mais. - Respondo. - Hoje ela só fica solta pela fazenda, a minha e a das três. -Apontei para Júlia, Laura e Cecilia que conversavam.

-Entendi. -Ele diz e observa Júlia tagarelar enquanto Ceci parece estar rindo da cara de Adam.

-Eu não consigo imaginar a Amélia Jones que eu conheço, vestida com seus vestidos de linho e sapatos de luxo, montando em um cavalo.

Dou risada e bebo mais um pouco do champanhe.

-Mas confesso que até eu duvido depois de escutar essas histórias. Parece que vivi isso em outra vida. Tinha me esquecido de como eu amava -e odiava- tudo aqui. -Digo olhando para o céu.

-Proponho um brinde a essa noite especial. - Papai diz se levantando e erguendo sua taça, a banda para de tocar e todos os convidados o encaram.

-Gostaria de começar dizendo que é sempre um prazer receber meus amigos e os amigos da minha família em minha casa. - Ele coloca a mão sobre a boca e pigarreia, encara Lucas e Laura do outro lado da mesa e volta a dizer: -Eu não sou um homem muito bom com as palavras, e sei que fiz muitas coisas nessa vida que gostaria de não ter feito, mas essa noite, nada me tira a felicidade de estar novamente na companhia de vocês e de todas as mulheres da minha vida. -Ele olha para cada uma de nós. Júlia leva um lenço até os olhos e mamãe abraça carinhosamente Laura. Ele dirige seu olhar a Lucas.

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