O Professor - Livro 1

Capítulo 25

Quando finalmente chegamos ao campus, nós caminhamos juntos até a entrada principal.

— Você já sabe, Dylan, aquele beijo nunca aconteceu, ouviu bem? — digo, seriamente ao Dylan enquanto caminhamos pelos corredores.

— Sim, claro, nunca aconteceu — ele ironiza.

— É sério, Dylan, é melhor que ninguém saiba disso, nem mesmo o Henry.

Dylan ri.

— Relaxa, Barbie. Seu segredo está seguro comigo. Eu não vou sair por aí contando para todo mundo que a certinha da Barbie deu uns beijos no bad boy Dylan.

Eu reviro os olhos, sabendo que não posso confiar totalmente em Dylan, mas também não tenho muitas opções no momento.

— Ótimo, porque se isso sair daqui, você vai se ver comigo.

Ele levanta as mãos em rendição, parecendo divertido com minha ameaça.

— Tudo bem, tudo bem. Seu segredo está seguro comigo. Mas, caso você queira repetir a dose, você pode procurar o papai aqui. Eu estarei sempre disponível para você — Ele pisca, a para mim, com um sorriso malicioso.

Eu reviro os olhos.

— Não conte com isso, Dylan. Eu acho que já tive minha cota de emoções por hoje.

— Ah, mas você não sabe o que está perdendo.

— Vou fingir que não ouvi isso — eu digo, tentando ignorar sua provocação.

Dylan ri, parecendo se divertir com a situação.

— Vou indo, Barbie. Nos vemos por aí.

— Até mais, Dylan.

Assim que Dylan se afasta, eu me viro e começo a caminhar em direção à minha próxima aula, tentando colocar meus pensamentos em ordem. A conversa com Dylan me deixou ainda mais confusa sobre meus sentimentos e sobre o que devo fazer em relação a ele.

Quando estou prestes a entrar na sala, Henry e Amanda saem com os demais estudantes, o que significa que a aula chegou ao fim.

— Clara? Você ainda está aqui? — Henry pergunta, confuso.

— Amiga, onde você estava esse tempo todo? — Amanda pergunta.

Fico em silêncio, tentando encontrar as palavras, coçando a nuca. Henry e Amanda olham para mim, esperando uma resposta. Eu respiro fundo, tentando reunir minhas ideias.

— Ah, eu estava... apenas dando uma volta pelo campus, aproveitando o tempo livre — respondo, tentando parecer casual.

Henry franze o cenho, parecendo um pouco desconfiado.

— Eu tentei te ligar várias vezes, avisando que a aula tinha sido cancelada. Você não recebeu minhas mensagens?

Eu sinto um aperto no peito ao perceber que Henry tentou entrar em contato comigo e eu não respondi. Será que ele ficou preocupado? Será que ele pensou que algo de ruim tinha acontecido comigo?

— Desculpa, Henry. Eu deixei meu celular no silencioso e não vi suas mensagens. Eu estava distraída.

De repente, Henry começa a sentir cheiro de algo.

— Eu conheço esse cheiro... — diz Henry, desconfiado.

— Cheiro?! Que cheiro? Eu não tô sentindo cheiro nenhum — digo, me fazendo de boba.

Henry olha para mim com uma expressão intrigada, como se estivesse tentando decifrar algo.

— É um cheiro de cigarro misturando com um perfume amadeirado. Mesmo cheiro do Dylan. Esse cheiro está impregnado em você. Você esteve com meu irmão?