Capítulo 23

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Estou sentada sozinha no pátio da universidade, olhando para o vazio. Eu sei que estou errada em ficar magoada com Eric, apesar disso, ele tem razão em se preocupar em não perder a sua profissão, mas mesmo assim eu não consigo deixar de ficar chateada. Meu coração está partido. Tento não pensar muito nisso, mas as lembranças continuam a me assombrar.

Sinto alguém se aproximando, mas não me importo em olhar para cima. Mas, quando ouço a voz de Dylan, tenho que fazer um esforço para não parecer tão infeliz.

— Ei, Barbie! O que faz aqui sozinha? — ele pergunta.

Eu o encaro com raiva. Por que ele tinha que aparecer agora? Ele é a última pessoa que eu quero vê-lo.

— Não é da sua conta— respondo com amargura.

— O que foi? Levou um pé na bunda de alguém? — Ele sorri, me provocando.

— Me deixe em paz.

Eu o ignoro e começo a caminhar para longe dele, mas Dylan não desiste tão facilmente. Ele me segue e segura meu braço.

— Ei, calma. Eu só estava tentando animar você. Você parece meio pra baixo.

— Não preciso da sua animação. Eu só quero ficar sozinha. Vá embora.

Ele levanta as mãos em rendição e dá um passo para trás.

— Ok, ok. Eu só queria ser legal. Mas se você quiser ficar aqui sozinha e se afogar na sua tristeza, não posso fazer nada.

Ele me solta e se afasta, me deixando sozinha novamente. Eu suspiro, sentindo-me culpada por ter sido tão grossa com ele. Dylan pode ser irritante às vezes, mas ele estava apenas tentando ser gentil. Talvez eu devesse ter sido mais educada com ele.

Eu suspiro e volto a sentar no banco com meus pensamentos distantes. No entanto, Dylan retorna.

— Oi de novo! — ele diz, com um sorriso torto.

Eu suspiro, já me sentindo exausta com toda essa interação.

— O que você quer agora, Dylan?

Ele se senta ao meu lado, mantendo o sorriso no rosto e tira um lenço de pano de dentro do bolso do seu casaco de couro.

— Aqui, você parece que precisa disso. — Ele estende o lenço para mim.

Eu olho para o lenço por um momento, surpresa pela gentileza inesperada de Dylan. Ele não é conhecido por sua bondade, muito menos por seus atos altruístas. Depois de hesitar por um instante, eu pego o lenço e agradeço.

— Obrigada, eu acho — murmuro, enxugando as lágrimas dos meus olhos.

— De nada. — Ele sorri de leve. — Você sabe, nem todo mundo é ruim o tempo todo.

— Então, você não é sempre um metido a bad boy o tempo todo? — pergunto, com um sorriso irônico.

Ele ri, balançando a cabeça.

— Eu tenho meus momentos. Mas às vezes é bom mostrar um lado mais gentil, sabe?

Eu assinto, compreendendo o que ele quer dizer. Às vezes, as pessoas são mais complexas do que aparentam ser à primeira vista.

— Desculpe por ter sido tão grosseira antes — eu digo, olhando para ele.

Dylan sorri, parecendo genuinamente satisfeito por ter ajudado.

— Não se preocupe com isso, Barbie. Estamos aqui para nos ajudarmos, certo?

Eu assinto, concordando com ele. Talvez Dylan não seja tão ruim assim.

O Professor - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora