Começo a ficar aflita quando Guilherme encara o reitor. Preciso evitar esse constrangimento, senão tudo pode ir por água abaixo.
— Vão embora daqui! — O reitor volta a gritar.
— Você não é dono do hospital, seu velho gaga — Guilherme enfrenta.
— Como é que é? — Ele encara Guilherme.
— Eliney! Para com isso! Estamos em um hospital — Margareth esbraveja.
— De jeito nenhum, essa garota já fez muito mal ao meu filho, eu quero longe dele.
— Você está delirando, essa menina não tem culpa de nada.
— Você vai ficar contra mim, Margareth? — Eliney pergunta, indignado.
— Eu só não acho justo você culpar essa menina. Meu filho salvou a vida dela... ele é um herói.
— Inacreditável... — ele resmunga.
— Ouça, senhor Eliney. Você pode dizer o que quiser, mas não vou me afastar de seus filhos, e eles também não. Não adianta tentar detê-los, seus filhos não são mais crianças. Apenas lide com isso.
— Você tem ideia com quem você está falando? Eu sou seu diretor.
— Você pode ser meu diretor lá na universidade, mas aqui você não é nada. Vamos, Guilherme! — Eu o arrasto comigo até o elevador do hospital.
— Eu quero você longe dos meus filhos, ouviu bem? — Eliney grita.
Olho para ele, furiosa enquanto espero a porta do elevador se abrir.
— Na boa, Clara, eu vou dar um sacode nesse velho — Guilherme reclama, tentando partir pra cima dele.
— Fica aí! Você não vai fazer nada! — grito, segurando o seu braço.
— Me solta, Clara!
— Não adianta passar vergonha no hospital. Você quer ficar mal com seu sogro?
Guilherme suspira de raiva. Entramos no elevador e eu aperto o botão do andar térreo, tremendo de nervoso.
— Então, esse é o famoso reitor da sua universidade? — Guilherme pergunta.
— Sim, ele é o pai dos gêmeos...
— Por que ele te odeia?
— Eu não sei, Gui... Ele cismou comigo...
— Agora ele vai me odiar também... Eu me pergunto quando ele descobrir que estou ficando com o filho dele...
— É bom que ele não saiba. Se ele descobrir que Henry é gay... nem quero imaginar...
— Por que o Henry tem tanto medo do pai dele? Ele já é bem grandinho, você não acha?
— Guilherme, não é tão simples assim... Henry, desde pequeno, sempre foi hostilizado por esse pai. Ele nunca deu atenção ao Henry, e sim ao Dylan.
— Mas por que motivo ele prefere o Dylan? O Henry é idêntico ao Dylan, não faz sentido — ele diz, confuso.
— Não acho que seja devido à aparência física, mas sim pela personalidade. Henry é muito tímido e sensível, diferente do Dylan, talvez seja por isso o motivo. Talvez, no fundo, o reitor saiba que também ele é gay...
— O pai dele é homofóbico?
— Acredito que sim... Henry uma vez me disse que o seu pai não aceita um filho gay na família, então, ele prefere esconder isso de todos.
— Puxa... coitado... — Guilherme fica em choque. — Ele não merecia ter um pai assim...
— Ninguém merecia... — Dou de ombros.
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O Professor - Livro 1
Любовные романыClara é uma estudante universitária que retorna às aulas e se apaixona perdidamente por seu novo e irresistível professor, Eric D'Ávila. Mas o relacionamento é proibido e eles enfrentam muitos obstáculos para ficarem juntos. Além disso, Clara também...