Capítulo 92

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Decido sair do prédio da universidade e ir para o pátio, ficar sozinha e tentar me acalmar. Não consigo acreditar que Eric e Dylan arruinaram a minha noite por causa de uma briga idiota. Eu me sinto triste e frustrada, e não quero mais estar aqui.

Chegando no pátio, encontro um banco vazio e me sento, fechando os olhos e respirando fundo. Sinto as lágrimas começarem a escorrer pelo meu rosto.

O barulho da festa ainda é audível, mas aqui no pátio está mais tranquilo, e eu agradeço por isso. Preciso de um tempo sozinha para pensar em tudo o que aconteceu e decidir o que fazer em relação ao bebê que estou carregando.

Fico ali por um tempo, tentando clarear minha mente e acalmar meus pensamentos.

De repente, sinto uma mão no meu ombro e olho para cima. É Henry. Ele se senta ao meu lado, me abraçando carinhosamente.

— Não fica assim, Clara — ele diz. — Eu sei que foi uma situação difícil, mas estou aqui com você.

Eu suspiro e me encolho em seu abraço.

— Eu sei, Henry. Eu só não consigo acreditar que tudo isso aconteceu. Essa noite era para ser especial, mas agora... — eu não consigo terminar a frase, sentindo mais lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Henry me aperta mais forte, e eu sinto o conforto de seu abraço.

— Você não está sozinha. Eu estou aqui com você, não importa o que aconteça.

Eu me aconchego mais em seu abraço, me sentindo um pouco melhor.

— Obrigada, Henry...

— Vamos voltar para a festa. Não deixe que a briga desses dois estrague ainda mais a sua noite.

— O pior que eu também sou culpada de tudo, Henry... Os dois brigaram por minha causa... — digo.

— Não, Clara. Você não é culpada por nada. Eles escolheram agir dessa forma, não foi culpa sua.

Eu suspiro, sentindo um pouco de alívio com suas palavras.

— Eu sei, mas ainda assim me sinto mal por tudo isso. Eu deixei as coisas saírem do controle por me envolver com os dois.

— Não se culpe, Clara. Você não pode controlar as ações dos outros. Eles são responsáveis ​​por suas próprias escolhas. Mas agora, o que importa é que você precisa se acalmar e desfrutar o resto da noite, independentemente do que aconteceu. Vamos lá, levanta, vamos dançar um pouco.

Henry me puxa para cima e me leva de volta para a festa. Eu ainda estou triste e frustrada, mas tento deixar esses sentimentos de lado e aproveitar o resto da noite com meu amigo.

Guilherme se aproxima de nós, com uma expressão preocupada no rosto.

— Clara, você está bem? — ele pergunta, me dando um abraço apertado.

Eu apenas balanço a cabeça.

— O que deu naqueles dois? — ele pergunta, sem entender.

— Foi uma besteira, Guilherme. Eu não quero falar sobre isso agora — respondo, impaciente.

Henry interrompe, tentando mudar de assunto.

— Vamos aproveitar a festa, pessoal. Já perdemos tempo demais. Vamos dançar.

— Desculpa, pessoal, eu não estou mais no pique de continuar. Vão vocês! — digo, sentando em uma das mesas.

— Tem certeza, Clara? — Guilherme pergunta.

— Sim, tenho. Vão lá, se divirtam. Eu só preciso de um tempo sozinha.

Henry se aproxima e coloca a mão no meu ombro.

O Professor - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora