Capítulo 40

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Eu tento me acalmar enquanto Dylan dirige sem rumo, me levando o mais longe possível de Lucas, estou bem assustada. Em seguida, Dylan estaciona em uma rua qualquer.

— Você vai me dizer o que está acontecendo? Eu até agora não entendi — diz Dylan, confuso.

Eu suspiro, recuperando o fôlego.

— Ei, Barbie! Estou falando com você. Por que Lucas estava te perseguindo? — ele pergunta.

— Aquele cretino tentou abusar de mim.

Ele fica perplexo.

— Ele te machucou?

— Por pouco não...

— E como isso foi acontecer?

Digo a Dylan que Lucas me ofereceu uma carona até o estágio e que tentou abusar de mim no carro.

— Eu sabia que aquele filho da puta não tinha mudado — diz Dylan, enfurecido. — E você foi muito ingênua em ter aceitado a carona dele, mesmo depois de tudo que ele te fez. 

Eu começo a me sentir culpada.

— Eu realmente pensei que ele tinha mudado, mas foi puro fingimento.

— O que você esperava? Aquele arrombado te traiu e bateu no meu irmão. Você acha que uma pessoa como ele pode mudar? Lucas é um psicopata.

— Realmente fui muito ingênua...

Dylan suspira.

— Também não se culpe tanto, Barbie, essas coisas acontecem... Você precisa denunciar esse cara.

— Eu não sei. Tenho medo que ele se volte contra mim... Lucas está louco.

Dylan segura a minha mão.

— Entendo que esteja com medo, mas aquele cara não merece ficar impune. Se ele estiver solto, a qualquer momento ele pode te atacar de novo, e eu não estarei sempre por perto para te salvar.

Eu respiro fundo, olhando para a sua mão segurando a minha.

— Você tem razão, eu não posso deixar barato o que ele me fez. Eu vou pedir uma medida preventiva contra ele.

— Se você quiser, eu posso te acompanhar até a delegacia.

— Você faria isso por mim?

— Sim... O que ele fez não tem perdão.

— De qualquer forma, obrigada por me salvar, Dylan. Você está sempre salvando minha vida. Eu sempre vou ser grata a você — Eu sorrio, beijando o seu rosto.

Ele sorri também, mas logo fica sério com um olhar vazio e distante, afastando a sua mão da minha. Provavelmente, ainda está chateado comigo.

— Dylan, sobre hoje cedo...

— Esqueça, Barbie. Eu não quero falar sobre isso. Você já fez a sua escolha, e eu vou respeitar.

Eu decido ficar em silêncio, me sentindo a pior pessoa do mundo.

— Então, você quer que eu te leve até a delegacia? 

— Sim.

Dylan liga o carro e me leva até a delegacia mais próxima. Ele espera por mim do lado de fora enquanto eu entro para registrar um boletim de ocorrência. Depois de passar meia hora, repassando todos os detalhes dos acontecimentos, saio para encontrar Dylan, que está sentado no capô do carro.

— Então? Você conseguiu? — ele pergunta, dando um salto do carro 

— Sim... Eles entrarão em contato com Lucas para que ele possa depor, e eu pedi uma medida preventiva contra ele, para que ele não se aproxime de mim a menos de 500 metros. Caso o contrário, ele será preso.

O Professor - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora