Capítulo 41

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Após assistir três episódios da nova temporada de "Stranger Things", olho as horas e vejo que já passa da meia-noite. Eu observo discretamente o corpo sarado de Henry, enquanto ele encara o teto com os braços atrás da sua cabeça, bastante pensativo.

— Está gostando de babar no meu corpo? — Ele sorri, provocando.

— Oh, você percebeu?

— Eu te conheço, Clara. Você está estranha desde que eu voltei do banho — Ele ri.

— É difícil me conter com um amigo tão gostoso como você.

Nós começamos a rir.

— Se controle, amiguinha, eu não curto ficar com mulher. E não se esqueça que você está comprometida com o seu professor sexy — Ele brinca.

— Mas tenho que admitir, Henry, você está em forma.

— Eu tenho que me cuidar, não é?

Henry encontra um porta-retrato no seu lado, uma foto da minha família de anos atrás com meu pai que ainda era vivo. 

— Essa menininha fofa aqui é você? — ele pergunta, pegando o porta-retrato.

— Sim, eu tinha dez anos. Essa foto foi tirada no dia em que fomos ao parque de diversões. Lembro que eu estava muito feliz. 

— Esse homem que está aqui com vocês é o seu pai?

— Sim... — Eu sorrio, olhando tristemente para a foto.

— Ele parecia ser um cara legal.

— E ele era... Meu pai era um homem maravilhoso... Eu sinto muita a falta dele...

— Assim como meu avô...

— Essa foto foi tirada uma semana antes da morte dele, ele estava muito feliz. Ele tinha ganhado uma promoção e convidou a família inteira para ir ao parque de diversões, comemorar. Infelizmente, ele não aproveitou por muito tempo.

— A vida não foi totalmente justa...

— Não... Meu pai era um homem muito bondoso que se sacrificava pela família. Não entendo porque fizeram essa maldade com ele, ele nunca fez mal a ninguém... Eu nunca perdoei os assassinos por tirarem a vida dele. Por culpa deles, eu perdi meu melhor amigo, por culpa deles, eu perdi a minha voz... — Eu desabafo, sentindo uma angústia no peito, e Henry segura a minha mão. — Você não tem ideia do quanto eu fiquei traumatizada...

— Eu te entendo... No seu lugar, eu também me sentiria assim...

Lágrimas brotam em meus olhos, e ele as enxuga com o seu polegar.

— Eu sinto muito pelo que aconteceu... Mas enfim, chega de tristeza, eu não quero ver você com essa cara, quero ver um sorriso nesse rosto. O que você acha de fazer algo divertido, hein? Vem, levante-se daí, vamos dançar.

Henry se levanta bastante animado e coloca uma música divertida no seu celular. Ele me puxa para dançar com ele em cima da cama.

— Quem é você e o que fez com o Henry? — pergunto, dando risada.

— Aqui eu sou um homem livre, o que eu sempre quis ser, e tudo graças a você — Ele sorri, abrindo os braços para me abraçar e beijar longamente o meu rosto. 

Não consigo deixar de me emocionar, o Henry é o tipo de irmão que eu sempre quis ter, que ficasse sempre do meu lado. Eu nunca me senti tão bem na presença dele. 

Nós começamos a nos divertir, fazendo várias coisas legais, como fazer guerra de travesseiro, jogar uno, fazer dancinhas no Tik Tok e também limpezas de pele. 

O Professor - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora