Capítulo 38

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Na manhã seguinte, eu vou para faculdade na companhia de Eric, como de costume. O campus está movimentado, e a rotina acadêmica volta a tomar conta de mim. Eric segue diretamente até a sala dos professores, e eu vou para a minha aula de Teoria da Literatura com a nova professora. A aula de Literatura Inglesa do Eric será a última. Hoje estou de ótimo humor, nada vai acabar com o meu dia.

No caminho pelo corredor, encontro Henry andando sozinho com uma mochila nas costas e eu corro atrás para vendar seus olhos

— Oi, lindo! Adivinha quem é? — brinco, rindo enquanto cubro seus olhos.

Henry ri e segura minhas mãos.

— Hum... Deixa eu pensar... Clara? — ele adivinha, rindo também.

— Acertou! — exclamo, soltando suas mãos e dando um leve abraço nele.

— Como você está? — ele pergunta, com um sorriso caloroso, enquanto beija a minha bochecha.

— Estou bem, nunca estive melhor — respondo, sorrindo de volta. — E você?

— Ah, sobrevivendo — Henry responde com um suspiro dramático, mas seus olhos brilham de maneira brincalhona. — Então, eu posso saber o motivo dessa felicidade toda?

— Ontem eu passei a noite na casa do Eric. Eu tive a melhor noite da minha vida.

— Uau... O lance de vocês é sério mesmo, hein? — Henry comenta, levantando as sobrancelhas.

— Sim, ele fez até um jantar vegano, só para me agradar.

— Que homem perfeito. Você teve sorte de tê-lo encontrado.

— Sim, Eric é um cavalheiro, e também muito incansável. Nossos encontros sempre acabam em sexo, ele sempre me satisfaz, bem diferente de todos os homens quem eu já namorei. Eu sinto que conheci o homem perfeito... — Eu suspiro, apaixonada.

— Com um homem daqueles, quem não se apaixonaria, não é? Fico com inveja por você sentar nele todos os dias — Henry brinca, dando uma piscadela.

— E eu não posso reclamar de nada.

Nós começamos a rir e caminhamos em direção a nossa sala com o braço de Henry em volta dos meus ombros.

— Sabe o que eu estava pensando, Henry? — pergunto, mudando de assunto.

— O quê?

— Estou pensando em financiar um apartamento. Nós dois poderíamos morar juntos, o que você acha?

— É sério? — Ele fica surpreso.

— Sim, eu não queria viver sozinha, sabe? A companhia de um amigo é sempre bem-vinda, e eu confio em você. Podemos fazer muitas coisas juntos.

Henry sorri.

— Isso seria um máximo. Para falar a verdade, eu também estava querendo sair de casa, mas infelizmente não tenho um trabalho, ainda estou à procura. Eu não quero ser um peso morto de não ter que ajudar com as despesas.

— Não tem problema, eu dou um jeito com as despesas enquanto você procura um trabalho, eu vou te ajudar com isso. O importante é ter você comigo, o meu melhor amigo— Eu sorrio.

— Obrigado, você pode contar sempre comigo — Ele sorri.

Entramos na sala e sentamos em nossos lugares. Enquanto a aula não começa, eu pego meu celular para me distrair.

— Você está sabendo que teremos uma nova professora? — Henry pergunta.

— Sim, fiquei sabendo — respondo, sentindo um mau pressentimento.

O Professor - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora