O Professor - Livro 1

Capítulo 64

Henry está completamente imóvel na presença de sua ex. Finalmente estou conhecendo a garota que partiu o coração dos gêmeos. Estou tendo um mau pressentimento sobre essa garota.

— O que foi, Henry? Não vai me cumprimentar? — Ela sorri.

Só pode ser piada, ela está esperando o quê? Que ele a abraçasse e beijasse depois de tudo que ela fez? É natural a reação do Henry.

Olho novamente para Henry, ainda em silêncio, desconfortável.

— Nossa, foi difícil te encontrar, Henry... Quando soube que você estava estudando na mesma universidade do seu pai, eu nem acreditei.

Henry suspira, desconfortável.

— Faz três anos que eu não te vejo. Você mudou, está mais forte, bonito e sexy... — Ela flerta, olhando para Henry de cima a baixo.

— O que você está fazendo aqui? — Henry pergunta, cortando o barato dela.

— Eu vim te ver — ela responde, sem graça.

— Vamos embora, Clara — Henry segura o meu braço, tentando me levar com ele.

— Espera, Henry... — Ela bloqueia o caminho dele. — Vamos conversar...

— Eu não tenho nada para falar com você. Não depois de tudo o que você me fez.

— Por favor, Henry... Me escute... O que eu tenho para falar com você é muito importante...

— O quê? Que você foi uma vadia por ter me traído com meu próprio irmão? Não, eu dispenso, eu já sei dessa história de ponta cabeça — ele diz, zangado.

Ela fica em silêncio por alguns segundos, se sentindo culpada. Não sei se ela está sendo sincera ou se está apenas fingindo.

— Henry... Eu entendo que você ainda esteja magoado comigo. Realmente eu não fui justa com você, mas eu mudei... eu não sou mais aquela mesma garota de antes...

— Sei... E você espera que eu acredite em você — Henry cruza os braços, aborrecido.

— Será que podemos conversar em particular? — Ela olha para mim, insinuando que eu deveria sair para deixar os dois sozinhos.

— É... Henry... Eu vou te esperar lá dentro... — digo, sem jeito.

— Espera, Clara... — Henry segura meu braço. — Eu vou com você.

— Tem certeza? — pergunto, preocupada.

— Sim, a Elisa não tem mais nada para fazer aqui — Ele olha para ela com desdém, deixando a garota um pouco sem graça. O clima fica bastante pesado.

— Henry, eu prometo não tomar muito do seu tempo, o que eu tenho para te dizer é muito importante... E eu não sei se terei outra oportunidade...

Henry suspira aborrecido, enquanto passa a mão em seus cabelos. Eu olho para Elisa que parece estar totalmente abalada. Confesso que me dá um pouquinho de pena.

— Por favor, Henry... — ela suplica, quase chorando.

— Não, eu quero que você vá embora daqui. Fica longe de mim! Vamos, Clara! — Henry pega minha mão e me arrasta com ele. Olho para trás e vejo a Elisa com uma cara triste.

— Henry, você acha que ela voltou por sua causa? — pergunto, preocupada, enquanto caminhamos pelos corredores.

— Se ela voltou, pois perdeu seu tempo. Eu não sinto mais nada por essa cretina.

— Ela parecia realmente triste... Será que ela mudou mesmo?

— Não cai no jogo dela. Aquela garota é uma cobra... Você não tem ideia do que ela fez comigo.