Carolina sempre foi uma garota sonhadora, que desde seus 15 anos sonhava em estudar e ser bem sucedida no ramo de trabalho, apesar de ter feito um curso que não era bem visto pela sociedade, mas mesmo assim conseguiu um bom emprego e passou a viver...
— Agente deveria ficar aqui para sempre. — William diz, enquanto massageio os seus cabelos molhados de suor.
— É, mas temos que descer, sua irmã deve estar ansiosa por explicações. — Digo, observando suas expressões de maliciosas assim que passa a alisar a minha coxa.
Desde a hora em que subimos e nos entregamos ao prazer, que estamos aqui deitados apenas aproveitando esse momento de carinho pós-sexo, pois ele se encontra deitado entre as minhas pernas com a cabeça em meu peito enquanto faço um cafuné em seus lindos cabelos loiros.
— O melhor lugar do mundo é aqui em seus braços, morena. — Diz, agora com uma voz sonolenta.
— Eu penso a mesma coisa, mas precisamos ver o nosso filho que deve estar sentindo a nossa falta.
Minhas palavras o fazem voltar a si, pois sai rapidamente de cima de mim, esfrega um pouco o rosto e cata as suas roupas.
— É verdade, então a gente vai descer agora e depois nós vamos resolver a nossa situação. — Diz, sorrindo para mim e me puxando para mais perto.
Então nos vestimos, arrumamos a bagunça e descemos juntos de mãos dadas, observando nosso pequeno se divertindo com seus brinquedos mostrando tudo o que trouxe para a sua tia.
— Pelo visto, vocês já fizeram amizade. — William diz, sentando-se no sofá e me puxando para o seu colo.
— Vocês são casados mesmo? — Pergunta, me fazendo lembrar que me apresentei como esposa, pois fiquei receosa de que Isabel fosse alguma mulher que ele estaria se envolvendo.
— Não, eu só disse aquilo porque pensei que você era alguma mulher com que ele estava se relacionando. — Expliquei, um pouco constrangida por não ter me lembrado de que ele tinha uma irmã mais nova.
— Eu liguei para os nossos pais, eles estão vindo para conversarmos. — Conta, sorrindo quando Pietro lhe mostra um carrinho.
— Será que eles iram me entender mesmo? — Sussurro, apenas para que William me ouça.
— Iram, eu também irei me explicar sobre tudo o que aconteceu, não fique nervosa. — Me tranquiliza, massageando a minha barriga, me fazendo lembrar de que não usamos proteção nenhuma mais cedo.
Só espero que meus anticoncepcionais funcionem dessa vez...
Horas depois, nós já havíamos almoçado e só estávamos aguardando a chegada dos seus pais que segundo ele, a mãe se chama Marta e seu pai, Paulo ambos são um casal bastante amoroso, segundo os relatos de William e Isabel que comentou que as vezes revira os olhos com tanta demonstração de afeto da parte deles.
Acho engraçado, pois meus pais nunca foram assim, apesar de que eles estavam à beira do divórcio quando minha mãe descobriu que estava grávida de mim na época e mesmo que ela negue, sei que só não levou isso adiante apenas por minha causa.
— Então eles trabalham fora? — Pergunto, querendo conhecer mais os avós paternos do meu pequeno.
— Papai sim, ele é gerente de uma loja de Pneus. — William responde, acariciando os cabelos loiros de Pietro que está sentado em seu colo desde a hora do almoço.
— E a mamãe é costureira, ela faz bordados e ajeita roupas, tudo por encomenda. — Isabel conta, observando seu celular apitar, indicando uma mensagem. — Eles chegaram.
Engulo em seco, me levantando rapidamente do sofá e ajeitando a minha roupa, pois estou muito nervosa e não sei como agir diante deles.
William parece perceber, tanto que levanta com nosso filho nos braços e se põe ao meu lado me olhando e pedindo silenciosamente para que eu fique calma que tudo dará certo.
— Olá, nós demoramos um pouco porque o transito está um caos. — Diz um senhor, com basicamente a idade de titia.
— Olá, e que malas são essas aqui? — Pergunta, a senhora que passa pelas minhas coisas e assim que põe os olhos em mim, abre um sorriso amarelo e encara os filhos, esperando por alguma explicação.
— Oi, sentem-se, eu preciso conversar com vocês. — William diz, apontando para os sofás da sala.
Então nós nos acomodamos e iniciamos as explicações, respondendo aos questionamentos e indagações que os pais dele nos fazem, pois sei que apesar de compreensíveis, são pessoas legais e até agora demonstrou entender o meu lado da história.
Pois só me afastei porque achei que William não valia a pena...
— Então, quando você a encontrou, acabou descobrindo sobre o filho e porque não nos ligou, teríamos ido até vocês. — Marta indaga, querendo saber o motivo do filho ter sustentado a mentira.
— A culpa foi minha, eu estava muito receosa e naqueles dias, nós não tínhamos entrado em um acordo sobre o que fazer. — Digo, esfregando as minhas mãos.
— Oh, querida, sinto tanto por ter passado por isso sozinha, deveria ter nos procurado mesmo assim antes, pois jamais iriamos deixa-la desamparada.
— Agora vejo o erro que cometi, pois vocês são pessoas incríveis e criaram um filho maravilhoso. — Digo, alisando o rosto do loiro, que sorri para mim e me rouba um selinho.
— Agora que tudo foi esclarecido, vou tomar um banho e conhecer mais o meu neto. — Paulo diz, animado, indo rapidamente para o quarto.
— Eu também quero muito conhece-lo, quero poder mima-lo e tudo mais. — Diz, pegando Pietro em seus braços o fazendo muitas cocegas e ela se emociona ao ouvi-lo chama-la de avó pela primeira vez.
— Eu disse que iria ficar tudo bem. — William sussurra, sorrindo observando sua família recebendo nosso filho com tanto amor e carinho.
— É, eu agora estou mais aliviada e feliz por conhecer a sua família.
— E para tudo ficar ainda mais perfeito, só falta uma coisa.
— O que seria?
— Agente se casar!
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