Capítulo 14

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William Martinez

Depois de muitos amassos, estamos deitados na cama,
apenas entre toques e carícias, pois por mais que eu esteja
louco para tê-la novamente, sei que preciso manter a calma,
pois não quero apenas uma noite como a anos atrás.

— Você está distante. — Fala, me tirando dos meus devaneios.

— Apenas, pensando... — Digo, afagando os seus cabelos.

— Porque não quis ficar comigo, agora?

— A questão não é essa. — Digo, olhando diretamente em seus
olhos, vendo o quanto ela estava louca para ter mais de mim. — Você merece mais do que apenas uma noite, morena.

Ela sorri, alisando o meu rosto e se aconchegando mais em
meu peito desnudo, estamos quase adormecendo quando ouço
batidas na porta.

— Quem será? — Pergunta, sonolenta.

— Não sei, mas pode ser as crianças. — Digo, lhe dando um
selinho e indo até a porta.

E assim que abro, reviro os olhos ao dar de cara com Jonas,
com um semblante entristecido, mas tentando a todo custo camuflar suas expressões.

— Você não acha que está um pouco tarde para ficar batendo
nos quartos alheios. — Tento soar brincalhão, mas vejo que só
fiz cutucar a onça com a vara curta.

— Acha mesmo que sou idiota, sei que estais se aproveitando, dando um de pai do ano, apenas para comove-la. — Diz, despejando seu veneno, soltando fogos pelas ventas, pois bem lá no fundo sabe que ela está dormindo em meu quarto.

Sorrio, abrindo mas a porta, saindo do cômodo e fechando-a atrás de mim, pois sei que ela pegou num sono e eu não quero que precensie mais uma de nossas discussões.

— Eu poderia ter feito mais se ela tivesse me contado sobre ele, mas infelizmente minhas atitudes causaram isso, então agora eu estou aqui tentando recuperar o tempo perdido.

— Você iria continuar sem saber se não tivesse aparecido.

Suas palavras atingem certeiramente o meu coração, me fazendo raciocinar melhor e conclui que se eu não tivesse tão obcecado em encontra-la, eu nunca saberia que tinha um filho.

Será que ela realmente me deixaria sem saber que tinha um filho?

Meu deus!

Não, é melhor não pensar nisso ou irei enluquecer, digo a mim mesmo.

— Acho melhor você ir dormir, pois seu mal é sono. — Digo, o deixando falando sozinho no corredor.

E assim que volto para o quarto, Carolina está dormindo tranquilamente, então afasto os pensamentos, deito-me ao seu lado e tento a todo custoadormecer.

💝💝💝

Derperto com um leve carinho em meu rosto, abro os olhos e encontro os seus, que me olham alegremente.

— Bom dia, dormiu bem? — Pergunta, afagando os meus
cabelos.

— Bom dia, sim e você?

— Estou bem, queria muito permanecer aqui com você, mas
temos que ver as crianças que já despertaram e estão fazendo uma bagunça na cabana. — Diz, levantando-se e me puxando para sair da cama.

Caminhamos em direção ao banheiro, iniciamos nossas higienes matinais e vamos até as crianças que estão pulando animadamente em cima do colchão.

— Gente, cuidado para não se machucarem. — Digo, entrando
no quarto e reparando o quanto eles estão elétricos.

— Vem brincar com a gente, papai. — Pietro chama, estendendo as mãos para mim.

— Brincaremos depois que todo mundo for escovar os dentes e tomar o café da manhã. — Digo, me aproximando da cama e tocando em suas mãos.

Nisso Carolina se aproxima, pegando os sobrinhos pela mão e os levando até o banheiro para que escovem os dentes, faço o mesmo com Pietro e depois de tudo pronto, nos encontramos com nossos amigos no corredor e assim descemos para fazer a primeira refeição do dia.

Ana nos cumprimenta, avisando que o bolo de chocolate está quase saindo do forno, o que deixa as crianças animadas e quando ela o serve sobre a mesa, não demora muito para que
eles fiquem enlouquecidos querendo um pedaço.

— Está quente, minha princesa. — Eric diz, afagando os cabelos da filha, que está ansiosa para experimentar o bolo.

—Vai demorar muito para esfriar papai? — Henrique pergunta,
apoiando seus braçinhos na mesa.

— Vai sim, meu amor. — Ouço Mariana dizer, passando bastante requeijão em seu pão de forma. — Vai comendo o
bolinho de queijo enquanto isso.

Depois que eles se distraem com outros alimentos, olho ao redor e avisto Ana conversando com alguém na porta dos
fundos e quando percebo se tratar de Jonas, faço de tudo para que Carolina não o veja e nem comento sobre a visita
dele em meu quarto.

Pois sei que isso a deixaria muito chateada e fosse tomar satisfações com ele.

Minutos depois, terminamos o nosso café e vamos dar uma volta pelos arredores da fazendo, pois por mais que a casa seja aconchegando, essa região é muito quente e nos faz
querer ficar mas ao ar livre.

Estávamos andando tranquilamente, observando as árvores e os animais correndo, até que Eric para reparando que Mariana se encostou numa árvore e estava sem condições de
continuar.

— O que foi, ruiva? — Ele pergunta, alisando seus cabelos.

— Nada, acho que é o sol. — Responde, sorrindo fraco para ele.

— Então vamos voltar. — Fala, pegando as crianças nos braços e voltando para a casa.

Vejo Carolina negar com a cabeça e sorri debochada com a situação da amiga.

Franzo o cenho quando constato que ela pode saber de algo e para matar a minha curiosidade, decido puxar assunto.

— Engraçado, passei tantos dias aqui e nunca passei mal com o sol. — Digo, vendo-a sorri e pegar Pietro nos braços.

— O problema dela não é o sol. — Diz, convencida.

— E o que pode ser?

— Gravidez.

💝💝💝

Beijos e até o próximo capítulo

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Beijos e até o próximo capítulo...

A Consequência de Uma NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora