── 𝓔𝗆 𝗊𝗎𝖾 𝖺𝗇𝗈 𝖾𝗌𝗍𝖺𝗆𝗈𝗌?

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Nabi, me escute bem, ok? — a voz de James soou através da linha telefônica, aguçando o sotaque francês do garoto — Sei que está irritada comigo, mas não pode contar isso à ninguém.

Ah, faça-me o favor — debochei altamente, revirando as pupilas em torno do olho — Se realmente se preocupasse com sua reputaçãozinha, não teria feito o que fez, James Cartier.

     E, pronto. Encerrei a ligação.

     Acabei de terminar um relacionamento tediosamente desgastante, e digo isso na maior solenidade possível. Não sabia como dizer à ele que não aguentava mais tudo isso, então talvez o fato de ter me traído com minha suposta melhor amiga tenha facilitado as coisas. Pelo menos, vou pensar assim.

    Depois de uma longa puxada para trazer ar aos meus pulmões e acalmar meu corpo, desliguei o celular em minha mão e voltei à ler meu livro de poemas. Um livro fininho com a capa azul turquia, com letras grossas porém serenas. Vovô acabara de me dá-lo, dizendo que o tinha há muito tempo, e provavelmente ganhara de sua mãe, já que as folhas do pequeno livro se encontravam um tanto amareladas e curtidas graças ao tempo.

    Passava grande parte de meu dia lendo poesias. Principalmente as antigas — e ouso dizer que são incrivelmente superiores às de hoje em dia —, que vovô guardava por sei lá quantas décadas, e acabavam todas em minhas mãos, já que o senhor já não via mais graça nas folhas.

    O disco de vovô voltou a rodar em torno da vitrola, assim que posicionei o fino pauzinho metálico que lia as linhas do disco e fazia a música dançar. The Righteous Brothers reproduzia-se lindamente no toca-disco, me fazendo esquecer de tudo ao redor, como de costume.

     A luz lânguida do sol beijava meu rosto após passar pela janela, e esquentava minha pele enquanto iluminava a página delicada do livro.

   E continuaria assim, se meu irmão não tivesse entrado em meu quarto com seu jeito asqueroso habitual, se jogando sobre o forro devidamente arrumado de minha cama, e bagunçando-a toda com seu corpo. Alguns de seus cachinhos escuros se esparramavam em sua testa e com certeza cobriam parte de seu campo de visão, mas ele não parecia se importar tanto com os olhos vidrados em seu celular horizontalmente deitado em suas mãos, com a tela expandindo o que parecia ser uma espécie de jogo.

— Bibi, o vovô está pedindo para você ir ao mercado comprar açúcar para o suco — Jeongin disse roboticamente, sem tirar os olhos da tela — E disse pra abaixar o som dessa geringonça.

— Bibi, o vovô está pedindo para você ir ao mercado comprar açúcar para o suco — Jeongin disse roboticamente, sem tirar os olhos da tela — E disse pra abaixar o som dessa geringonça

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𝓐𝗆𝗈-𝗍𝖾, 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻.Onde histórias criam vida. Descubra agora