── 𝓞 𝗉𝗋𝗂́𝗇𝖼𝗂𝗉𝖾 𝖾 𝖺 𝗉𝗋𝗂𝗇𝖼𝖾𝗌𝖺.

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   Estávamos em um daqueles silêncios onde a mente já se encontra barulhenta o suficiente, então ficar em silêncio é o mais sábio a se fazer, para o bem psicológico de todos;

      Hyunjin esparramado em minha cama, fitando o teto sem nenhuma expressão fixa nos olhos, e eu, abraçando meus joelhos branquelos na cadeira ao lado de minha escrivaninha, enquanto o Hwang intruso andava de um lado para o outro em meu pequenino quarto, cutucando os fios de cabelo desobedientes e massageando as têmporas como se seus neurônios estivessem em uma orquestra desafinada.

       Hyunmin viera buscar seu irmão, o qual pensava estar desolado e perdido em um mundo tão diferente do seu. Porém, encontra seu irmão, e já não sabe se ele precisava realmente ser encontrado.

    De toda forma, ninguém se atrevera a falar nada até então. Saímos da mesa de café com a simples desculpa de que o irmão de Hyunjin viajara até aqui por razões de trabalho, e decidira matar um pouco da saudade do irmão, embora sua verdadeira intenção fosse o levar de volta.

      Quando me preparo para enfim dizer algo, os dois irmãos irrompem o silêncio ao mesmo tempo, contraditoriamente;

— Não quero voltar — diz o mais novo, plácido.

— Não lhe deixarei aqui — retruca o mais velho, firme.

        Notando que se pronunciaram ao mesmo tempo, seus olhares finalmente se encontram, e se encaram com dureza e distancia. Ambos cruzam os bracos largos; Hyunjin, de forma infantil e birrenta, e seu irmão, estarrecido e imperial.

        Os Hwangs seriam bizarramente iguais se não fossem pelas notáveis personalidades divergentes, e linhas de expressão no rosto do Hwang mais velho. Chutaria que são gêmeos se a diferença de idade não fosse tão nítida — parecem tem cerca de cinco anos comparados um ao outro, se a falta de cuidado do Hwang maior não o fizesse parecer mais velho do que realmente é.

       Decido pemanecer quieta e assistir a interação à minha frente;

— Já me encontro grande o suficiente, Hyunmin, sei cuidar de meu próprio nariz — o moreno defende-se impaciente.

— Isto não se trata de maior ou menor idade, mas ética natural — objeta o mais velho — Pois se está realmente conformado de que lhe deixarei com estranhos em um século onde mal sabe mandar correios, sinto dizer-lhe que está muito, mas muito enganado.

— Oh — estendo minha mão, em intervenção — Não mandamos correios mais.

— O quê? — indaga Hyunjin, perplexo.

— Está vendo? — empina o nariz.

     O Hwang menor sai de seu choque momentâneo para olhar em meus olhos com desaprovação; mandei mal.

𝓐𝗆𝗈-𝗍𝖾, 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻.Onde histórias criam vida. Descubra agora