── 𝓝𝖺̃𝗈 𝖾́ 𝗎𝗆 𝗌𝖺𝖼𝗈.

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Quando enfim adentrei meu quarto, fechei a porta e passei a tranca, só para o caso de Jeongin acabar dando de cara com Hyunjin.

E por falar no garoto, ali estava ele. Mal notara minha entrada no cômodo, pois estava entretido demais lendo aquele meu pequenino livro de poemas. O moreno se sentava em minha cadeira de rodinhas, enquanto apoiava os bruços em minha escrivaninha e deixava com que o Sol rebatesse em sua pele clara e reluzisse. Os finos fios de cabelo escuro brilhavam ao contato da luz, e os olhos castanhos pareciam refletir centenas de estrelas louras. Era uma bela visão.

Hyunjin parecia confortável, relaxado. Vez ou outra abria um pequeno sorriso sereno, causado pelos trechos românticos escritos no livro. Por ser de vovô, a escrita do livro era antiga, e palavras comuns como "fantasia" eram escritas "phantasia", isso, devido à mudança de ortografia ao passar dos anos. Hwang parecia se sentir em casa com os poemas.

— Você gosta de poemas? — perguntei sutilmente, me apoiando ao seu lado da escrivaninha, olhando para meu livro azulzinho em suas mãos.

O garoto pareceu sair do transe que se encontrava com a minha voz, direcionando o olhar a mim para conscientizar minha presença, mas logo em seguida voltando à apreciar a página amarelada que aberta estava.

— Amo poemas — diz ele com tamanha euforia, escapando inevitavelmente o brilho nos olhos — Eu costumo escrevê-los, inclusive. É um hábito bem comum no meu mundo.

Eu acabo soltando uma risada nasal.

— Você não mudou de mundo, Hwang — digo entre um riso — Mudou de século.

— Parece a mesma coisa — ele torceu o nariz, esboçando um sorrisinho.

    Eu dei alguns passos para trás, a fim de chegar até minha cama, e me sentei nela folgadamente, cruzando as pernas e colocando meu travesseiro sobre elas.

    O garoto rodou a cadeira para olhar para mim, largando o livro sobre a mesa e parecendo focar a atenção, como se soubesse que eu estava prestes à começar as perguntas; ele acertou.

— Como era sua vida nesse tal mundo, Hyun? — perguntei casualmente, como quem puxa ar pra respirar.

     Hyunjin sempre abria um sorriso pequenininho quando eu o chamava pelo primeiro nome ou apelido, parecia que eu era a primeira pessoa em todos os séculos que dizia com tanta naturalidade.

       Por mera coincidência, parecera que eu não fui a única a refletir sobre isso.

    Ele tombou a cabeça para o lado direito novamente, fazendo com que algumas pontinhas de seu cabelo sedoso caíssem para o lado também. Os olhos piscaram alguns segundos enquanto me encaravam, parecia perdido nos detalhes de meu rosto.

𝓐𝗆𝗈-𝗍𝖾, 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻.Onde histórias criam vida. Descubra agora