── 𝓜𝖾𝗎 𝗇𝗂𝗇𝗁𝗈.

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Me sentia como em um dejá-vù, porém dessa vez, os papéis haviam invertido. Exatamente como quando me apresentei pela primeira vez ao avô de Nabi, agora estávamos todos à mesa como uma família tradicional. O sol partindo no quintal era a única iluminação da cozinha, mas iluminava bem o suficiente para saber que a morena ao meu lado estava com as bochechas quentes de timidez.

Sabia que ela estava nervosa. Havia me dito antes de entrarmos que temia que minha mãe pudesse julgá-la por não ter a etiqueta que as moças deveriam passar, mas tudo isso era uma baita baboseira. Aproveitei a distração de minha mãe que tirava o chá do caneco no fogão e segurei sua pequenina mão por debaixo da mesa, acariciando-a suavemente;

— Ei, corta essa — sussurrei de sobrancelhas franzidas, arrancando uma risada baixinha gostosa de sua garganta — Você é do jeitinho que deveria ser, hm?

Ainda inquieta, Yang abriu um pequeno sorriso; ele inalava insegurança, mas até isso nos lábios dela se tornava bonito. Estendi-me devagarinho e deixei um beijo sutil em sua testa, por mais que ele quisesse pousar no beijo dela. Me contive como um príncipe, pois, cruzes, era uma tentação.

Minha mãe, depois de sentar-se na mesa, notara a pequena interação e sorrira de forma serena para Nabi, entregando o chá de hortelã à ela em uma xícarazinha de vidro, que evidenciava o tom esverdeado da bebida quente.

— E afinal de contas, como conheceu a linda moça, meu filho? — perguntou a mais velha, em tom casual.

Sorri sorrateiramente e olhei para Nabi, que por vez, fazia o mesmo enquanto fitava a sórdida folhinha de hortelã no fundo de sua xícara, distraída.

— Bom, é importante ressaltar que Nabi não é daqui, mamãe — comentei, cauteloso — Veio do exterior.

— Oh, sim, eu vejo — sorri a mais velha, interessada.

— Sendo assim, a forma de flerte não é a mesma lá — tomei minha xícara de café enquanto não tirava os olhos de minha mãe — As moças não vão à clubes, então não temos como chamá-las para dançar.

— Não? — a Hwang parece devastada — Como a conquistou, então?

— Esse é o ponto! — contive um riso rápido — Mesmo não havendo clubes por lá, adivinhe só! Achei Nabi dançando pela calçada da rua, com sacolas de mercado nas mãos.

— Céus, acho que já sei a burrada que fez — meu irmão batera em sua própria testa com desgosto — Não me diga que...

— Conhecia a música que ela dançava e me juntei para dançar com ela — revelo satisfeito, abrindo um sorriso.

— Santo Deus — mamãe sopra, não sabendo ao certo se ria ou chorava.

Nabi já havia esquecido tudo o que sentia e se entregava aos risos sentada ao meu lado, com as bochechas vermelhas e as mãos batendo sobre o peito para que seu ar voltasse;

𝓐𝗆𝗈-𝗍𝖾, 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻.Onde histórias criam vida. Descubra agora