𝓐𝗆𝗈-𝗍𝖾, 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻.

── 𝓓𝖾 𝗈𝗎𝗍𝗋𝗈 𝗌𝖾́𝖼𝗎𝗅𝗈.

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     Nabi fôra a única característica deste futuro tão vasto que me intrigou. Eu não sabia como agir em sua frente; Nós éramos muito diferentes, e eu não tinha ideia do que fazer ou falar.

— Aliás, por que tanta formalidade? — ela perguntou, enquanto andávamos tranquilamente pela calçada.

— Perdão? — não entendi.

— Você me chama de "senhorita" e o seu jeito de falar é tão correto que chega à incomodar — ela fez uma careta estranha logo após completar a frase — Você é estranhamente parecido com o meu vô e eu acho que isso deveria me assustar.

     Eu ri, mas ela não entendeu a graça.

— Da onde eu venho, nos tratamos assim — eu expliquei com serenidade.

— E da onde você veio, Hyunjin?

De uma máquina do tempo, Nabi. Eu quis dizer.

Mas não pude conter a expressão facial um tanto fascinada assim que a garota reproduzira meu nome tão confortavelmente. Enquanto ela se questionava de minha formalidade, eu me questionava de sua informalidade. Em meu século, costumávamos chamar uns aos outros pelo sobrenome, que mostrava respeito e cordialidade, mas aqui, as pessoas pareciam todas amigas próximas.

— A senhorita não está nem um pouco preparada para ouvir a resposta dessa pergunta — eu semicerrei-a brevemente entre um sorriso torto, mas voltei a encarar o céu que tinha um tom azulado estranho.

— Devo ficar assustada? — ela perguntou em meio à um fio de voz receoso.

Eu ri baixinho.

— Estou me preparando psicologicamente pra chegar nesse assunto, madame — me pronunciei quase imediatamente — Mas posso te dizer que tenho vinte anos.

A menor pareceu satisfeita, mas não transpareceu.

— É uma boa idade, Hwang.