── 𝓐 𝗉𝗋𝗂𝗇𝖼𝖾𝗌𝖺 𝖾 𝗈 𝗌𝖺𝗉𝗈.

758 90 177
                                    

֍ ֍ ֍

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

֍ ֍ ֍

Era cedo da manhã, e os ponteiros empoeirados do relógio apontavam 8h. Redondinho. O crepúsculo lá fora ressaltava o canto dos passarinhos que acordavam à essa hora, enquanto um Sol preguiçoso cobria toda a cidade. Ele só estava ali para iluminar, pois o vento em contato com a pele arrepiava todo o corpo com seu sopro gélido.

Naquela manhã, Nabi decidira dizer adeus à toda a preguiça e tristeza que se impregnara em seu corpo no dia anterior. Acordou cedo, e decidira de repente se cuidar. Nunca se sabe quando Hyunjin pode voltar, e ela não queria que ele a visse descabelada, com bafo, e fedida.

Por isso, logo cedo, tomou um banho refrescante e colocou um vestido branco confortável, cheio de girassóis pequeninos, que deixava seus ombros nus. Colocou um pequenino colar de pérola sobre sua clavícula e certificou-se de dar algumas borrifadas de seu perfume pelo corpo, para ter a certeza de que a loção duraria o dia todo. No pescoço, atrás das orelhas e também no pulso. Penteou seus cabelos morenos e deixou-o solto, caindo pelos seus ombros.

Quando saiu do quarto, cumprimentou vovô com um aceno de bom-dia e abraçou-o, pouco antes de fazer um chá cheiroso e quentinho de canela. Por ora, voltara a seu quarto e fechara a porta. Sentou-se sorridente em sua escrivaninha e pousou sua xícara de chá amarela sobre a mesa também. Pegou canetas e um papel para escrever sua carta, junto ao livrinho azul de poemas, para que se inspirasse nele e conseguisse passar o recado com excelência.

Antes de começar, a morena respirou fundo e encarou plácida o céu sem nuvens. Aprendera a agradecer com frequência ao Cara lá de cima por poder desfrutar das pinturas lindas que Ele fazia no céu todos os dias.

Se ajeitara em sua cadeira de madeira e deixou "Its Been a Long, Long Time" reproduzir-se docemente em sua vitrola. Naquele ritmo, passou quase duas horas sobre a mesa, dedicando seu tempo e caligrafia ao moreno tão distante. Quando terminou, enfim, às 10h25, levantou-se entusiasmada até a penteadeira e pintou seus lábios com um batom vinho resplandecente, que moldara o formato coração de sua boca carnuda. Pronta, encheu a parte externa da carta com beijos e deixou apenas um na parte de dentro. Imprimiu uma pequena foto e colocou-a ali, logo depois de assiná-la.

Quando finalmente jogou a mensagem papelada por entre a fenda de baixo de sua cama, ouviu uma voz além da de seu avô na casa.

Confusa, levantou-se rapidamente e ajeitou o vestido esbranquiçado sobre o corpo, ficando em silêncio extremo para que pudesse ouvir o que exatamente acontecia ao lado de fora. Com atenção, ouviu-se a voz do avô, desdenhosa e impaciente, em diálogo — mais para discussão — à outra voz masculina e mais grave, ardilosa, ríspida e com um acento de sotaque. Sotaque francês.

Quando captou do que se tratava, já era tarde. James abre sua porta tentando não parecer muito rude, enquanto o avô resmunga logo atrás dele, tentando tirá-lo dali.

𝓐𝗆𝗈-𝗍𝖾, 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻.Onde histórias criam vida. Descubra agora