── 𝓤𝗆 𝖺𝗆𝗂𝗀𝗈 𝖺𝗇𝗍𝗂𝗀𝗈.

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"𝓗𝗐𝖺𝗇𝗀 𝓗𝗒𝗎𝗇𝗃𝗂𝗇"

Pode parecer estranho dizer isso dada à circunstância de agora, mas eu gostava tanto de olhar nos olhos de Nabi, que às vezes ela falava comigo e eu me esquecia de prestar atenção. Era uma espécie de castanho esverdeado, ou seria verde acastanhado? De qualquer forma, eu me sentia incomodado de como eu me perdia um pouquinho nela.

     Naquele cheirinho doce, no sorriso delicado, nos lábios avermelhados e no linguajar esquisito. Ah, e a risada sim, a risada dela me fazia sentir um tipo de desconforto no estômago. Não sei explicar, mas era como se as coisas se remexessem aqui dentro quando ela ria.

Digo isso porque ela acabara de rir, e eu não retribui a risada porque estava com um sorriso torto nos lábios, apreciando a melodia do riso dela.

Estou presa nesse castelo, é? — ela indagou em tom travesso, deixando de lado a encenação.

— Está — assenti, fazendo um bico para baixo — Vim em uma missão para levá-la até o meu palácio, senhorita, mas acabei me perdendo e agora não sei o caminho de volta — eu ri antes mesmo de terminar a frase.

Ela riu de novo, acabando por quase fechar os olhos.

— Eu sinto muito, príncipe — a menor disse em tom dramático, fingindo soluçar — Agora terá de ficar comigo nesse castelo tenebroso...

Quase ri, mas me contive.

— Pelo menos terá alguém para protegê-la, senhorita — disse serenamente.

      Céus, eu não estava encenando.

E só então, notei que nossas mãos estavam interligadas. O dedinho fino dela quase não fazia peso entre os meus, e a drástica diferença de tamanho fazia a mão dela parecer muito menor do que realmente era.

— D-digo, princesa.

Por que cargas d'água eu gaguejei?

— Ah, sério? — ela não pareceu ligar tanto pro meu desconcerto — Hwang, sinto te informar que por aqui, quem te protege sou eu. Meu príncipe está mais para indefeso do que encantado!

Foi a minha vez de cair na risada. Nabi realmente não estava errada, e me senti um tantinho pequeno por lembrar de que dependia dela agora.

— Ora, mas estou com vontade de tomar sorvete agora — soltei um muxoxo.

— Acho que vamos lucrar mais indo no museu, Hwang — a morena replicou em provocação.

— Ya!

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     Agora que fazíamos o caminho de volta para casa, o céu já se encontrava mais escuro. As luzes das praças já haviam acendido e os postes com iluminação amarelada já clareavam as ruas. Estávamos tomando o tão esperado sorvete de chocolate e Nabi teve de pagar. Me senti desconfortável e fiquei pedindo desculpas à ela, mas ela não gostou.

𝓐𝗆𝗈-𝗍𝖾, 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻.Onde histórias criam vida. Descubra agora