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Sou acordada com milhares de estalos de beijinhos em meu rosto — então isso é amar? Abro apenas uma pequena frestinha de meus olhos, avistando um Hyunjin com os olhinhos castanhos inchados sob mim, que não importa quão cheios de sono estejam, não cobrem a paixão estampada neles. Ele me fazia ter a certeza de que os olhos falavam.
— Bom dia, ma belle — ele sussurra, a rouquidão de sua voz penetrando entre minha pele.
Seu corpo estava deitado sob o meu, como um só. Sua cabeça deitava entre a brecha de meu pescoço e meu queixo, de forma que eu podia sentir sua respiração quente emanando em mim, arrepiando todo meu corpo.
— Te acordei cedinho, nem o Sol acordou ainda — diz soturno — É bom você estar em casa antes de seu vovô acordar.
Direciono meus olhos à janela de canto da parede, onde posso ver a cidade ainda escura, iluminada apenas pelas luzes dos carros e um céu arroxeado, despertando ainda de seu sono, esperando que o Sol venha o acordar.
Ele deixa um beijinho na ponta de meu queixo, e eu sorrio com seu cuidado.
— Obrigada, amor, tinha me esquecido disso — faço um biquinho triste.
Ele olha em meus olhos para decifrá-los, encontrando ali o tantinho de tristeza que eu não queria que encontrasse. Por mais que tente demonstrar que estou bem, odeio o fato de vovô tratar meu Hyun como um homem mau, sendo ele um dos garotos com o coração mais puro que já conheci. Hyunjin não é algo que eu queira esconder, e odeio ter que sujeitá-lo a isso.
Respiro fundo e engulo meu biquinho; Hyunjin, por sua vez, ri, e acaricia meus cabelos emaranhados, pousando sua mão em minha bochecha.
— Vai passar, Bibi, é só um tempinho de nada — seus olhos tentam me consolar — Tudo isso só coopera pra que eu te ame ainda mais.
Eu sorrio fraquinho, e ele sorri pelo meu sorriso.
— Quando tudo isso passar, me leva pra ver o pôr do sol com você — minha voz sai serena.
— Lá no meu século?
— Aonde você quiser.
O moreno abre um enorme sorriso, daquela forma que seus olhinhos se fecham e seu nariz franze.
- Prometo de dedinho.
Ele estende seu dedo mindinho à mim, e eu selo o meu ao dele como duas minhoquinhas emaranhadas uma á outra. Hyun pousa seu nariz sobre minha mão, exala seu cheirinho, e depois deixa um beijinho ali.
— Amo-te — digo baixinho.
Seus olhos sorriem como se fosse a primeira vez que ouvira tal dito saindo de meus lábios.
— Amo-te.
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Estávamos todos sentados na mesa do café. O Sol, espalhafatoso, iluminava nossos rostos e refletia seu brilho por toda a mesa. Os passarinhos entoavam seus cantos do lado de fora, e por sorte; pois era a única coisa que se ouvia durante o café.
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𝓐𝗆𝗈-𝗍𝖾, 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻.
Romance.⠀ ( 𝓞𝗇𝖽𝖾 𝗎𝗆𝖺 𝗆𝖺́𝗊𝗎𝗂𝗇𝖺 𝖽𝗈 𝗍𝖾𝗆𝗉𝗈 ) 𖡎 ˚ ִֶָ ━━━━ 𝖼𝗋𝗎𝗓𝖺 𝖽𝗎𝖺𝗌 𝖺𝗅𝗆𝖺𝗌 𝗀𝖾̂𝗆𝖾𝖺𝗌, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐞𝐦 𝐮𝐦𝐚 𝐯𝐚𝐬𝐭𝐚 𝐭𝐞𝐥𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐢𝐧𝐞𝐦𝐚. 𝐍𝐀𝐁𝐈 𝐍𝐔𝐍𝐂𝐀 𝐀𝐌𝐀𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐅𝐀𝐓𝐎, ━ 𝖾 𝗌𝗎𝖺 𝗂𝖽...