── 𝓒𝖺𝗌𝗍𝖾𝗅𝗈 𝗆𝖺𝗅 𝖺𝗌𝗌𝗈𝗆𝖻𝗋𝖺𝖽𝗈.

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Nabi estava aprontando as coisas para dormimos, e eu ajudava ela à preparar meu colchão no chão, colocando os travesseiros e cobertores.

— Tudo bem, Hwang, acho que já pode ir tomar seu banho — ela disse solenemente.

Eu apenas assenti sem olhar em seus olhos. Por que estava evitando ela? Eu me sentia estranho. Talvez porque a ideia de que ela já esteve em um relacionamento, já esteve com os lábios de um rapaz sobre os seus e provavelmente já deva ter trocado juras de amor com ele me assuste. Nabi parecia tão irreal, que eu me recusava acreditar que um dia já pertenceu a alguém.

Ou talvez eu só estivesse envergonhado de estar em um quarto trancado e a sós com ela, que estava especificamente linda agora, usando uma simples blusa larga sobre sua pele clara, enquanto as mechas de cabelo recaíam sobre seus ombros, molhando-os com os fios que ainda não se secaram da água do chuveiro. E aquele cheirinho; ah, como eu detestava aquele cheirinho doce que a pele dela emanava.

       Mentira.

        De qualquer forma, me sentia estranho trancado no mesmo cômodo que ela, sabendo que talvez o tal James estivera aqui, dormindo no mesmo colchão — ou assim espero.

— Vou pegar uma muda de roupa do vovô, ok? — perguntou Nabi, no seu tom sereno de falar — Só até comprarmos algumas decentes para você.

      Apenas assenti, deixando meus sapatos engraxados ao lado de sua cama.

— Você está bem, Hyun?

       Meus olhos rapidamente encontraram os dela, como em um estalo de dedos. Eu nunca me acostumaria ao jeito como meu apelido saía dos lábios dela.

— Estou, sim, senhorita — repliquei, me levantando para sair do quarto.

        A Yang, por sua vez, suspirou; alto e aflito o suficiente para que eu ouvisse, e parasse entre o parapeito da porta.

— Sinto muito.

       Franzi as sobrancelhas, e me virei à ela para tentar discernir o que estava dizendo.

— Pelo quê, exatamente? — perguntei calmamente, olhando em seus olhos novamente.

— Não sei, não consigo esquecer o jeito que deve ter se sentido hoje mais cedo — ela pousou a mão na testa, e massageou as têmporas enquanto fechava os olhos e soltava um longo suspiro — Não estar em casa, ser um completo estranho á vários outros estranhos, e ter que confiar em outra estranha porque ela é sua única opção...

        Céus, por que ela se preocupava tanto?

— Você deve se sentir péssimo, Hyun, mas eu não sei o que fazer e nem como agir — ela bufou, estarrecida — Sinto muito por isso.

𝓐𝗆𝗈-𝗍𝖾, 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻.Onde histórias criam vida. Descubra agora