── 𝓞𝗎𝗍𝗋𝖺 𝖿𝖾𝗇𝖽𝖺.

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     Aquelas duas palavrinhas que saíram sopradas da boca de Hyunjin reverberaram por todo meu corpo, arrepiando-me por inteiro até as pontinhas de meus dedos. Era como se todas as correntes de medo do amor houvessem se quebrado em milhares, e qualquer tranca ou cadeado que me impedissem de o responder de volta jamais tivessem existido.

    Nesse exato momento, diante do garoto dos meus olhos, seu amor por mim era tangível. Fácil, seguro, indolor. Como uma taça de vinho escuro onde eu poderia me embebedar eternamente, sem adoecer. Apenas poderia continuar degustando o gosto doce e forte da uva, enquanto ela permanecia alegrando-me e fazendo-me esquecer de tudo ao meu redor. Hyunjin fazia o amor parecer fácil, banal.

Talvez por isso as lágrimas cristalinas enchiam as beiradas de meus olhos, e caíam sobre a pele de meu moreno. Porque eu o amava. Porque finalmente cheguei à terra firme, e posso pousar.

Hwang intercalou um olhar confuso e ponderou sobre os meus olhos, percebendo que demorava à respondê-lo de volta. Ainda ajoelhados no chão, segurei seu rosto másculo e esculpido entre minhas mãos finas, quentes devido ao calor de nossos contatos físicos. Em um sussurro que pareceu ecoar por todo o bairro, pronunciei;

Amo-te, Hwang Hyunjin — minha voz tênue falhara — Por toda a eternidade.

Seus olhos mantinham o mesmo brilho de sempre em contato aos meus, mas dessa vez o brilho das lágrimas sorrateiras se juntavam à orquestra. Seu sorriso alarga-se mais, iluminando toda a igreja vazia e escura. Um sorriso largo que se alastra para os seus olhos e os faz sorrirem também, franzindo seu nariz. Ali, na mesma hora, prometi à mim mesma que o faria sorrir assim mais vezes.

Ele sela meus lábios uma última vez, deixando-os com um estalo prazeroso. Eu poderia beijá-lo pelo resto da vida.

— Aliás, Yang — ele fez uma careta de dor, antes de desistir ficar de joelhos e sentar de bumbum no chão, cruzando suas pernas como uma borboleta — Tive de esperar para comprar o anel pois não aceitavam meus cruzados como pagamento no seu mundo. E também, você tinha de conhecer minha mãe antes de pedir sua mão. Espero não ter demorado demais.

Eu ri, e começando à sentir dor nas juntas do joelho, fiz o mesmo que ele e me sentei no chão gélido e empoeirado de vez;

— Eu amei, Hyun, de verdade — concretizo, com minha mão esquerda entrelaçada à sua enquanto fito a bolinha rosa no anel dourado de minha outra mão — E quando foi que comprou este, hein? — remexo os dedos no ar para ele, que sorri.

— Na verdade, comprei ele depois de ler sua carta; aquela que passou pela fenda que Hyunmin fez. Já sabia, mas longe de você tive a certeza de que era seu por inteiro. Precisava namorar-te — ele abriu mais seu sorriso, pegando minha mão e colocando sobre a dele para fitar o anel dourado — Ficou ainda mais belo nas suas mãos, Bi.

𝓐𝗆𝗈-𝗍𝖾, 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻.Onde histórias criam vida. Descubra agora