CAPÍTULO 58

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Narradora On

Em um morro do Rio de Janeiro, moravam quatro irmãos inseparáveis, filhos de um casal completamente apaixonado um pelo outro, até que o pai foi morto por talvez ter amado mais o trabalho do que a sua família e a mãe, foi morta por culpa do marido, deixando seus quatro filhos órfãos.

A família que era responsabilidade agora do mais velho, Henrique, com apenas treze anos assumiu o tráfico junto com seu tio, mas quando o menino completou quinze com a mente mais sábia, descobriu que o tio era um traidor, e ele teria que morrer, assim aconteceu, ou pelo menos é o que ele achará.

Bem que dizem, um trabalho só é bem feito, quando se faz com as próprias mãos. Antes que o tio supostamente morresse tentou de várias formas retomar seu morro, mas não conseguiu.

E por ironia do destino, um dos irmãos foi perdido, foi tirado a vida sem mais nem menos, tamanha dor para os outros três irmãos, que até aquele momento era ele por eles, e sempre foi.

Passaram se anos desde a morte da irmã, porém nada se falava sobre ela, ninguém comentava sobre, apenas passaram a borracha, já haviam sofrido demais e agora mereciam tentar ser feliz.

Mas imagine, a dor de perder uma irmã já é ruim o suficiente, agora experimente perder, sua outra metade, sua cópia, sua irmã gêmea.

O que não sabiam, é que o tio estava vivo todos esses anos, e que preparava sua vingança todos esses anos, e nada melhor do que tomar-lhes o que mas amam, seus filhos é claro, além de todo dinheiro que conseguir.

E sim, a dor que sentirá jamais, jamais poderiam imaginar que a sua irmã estaria viva, e com a mente totalmente modificada, de uma bela e doce menina para uma mulher sem coração e remorso, rejeitava pela família, era isso que ela pensava.

Ela viveu todos esses anos pensando que a sua família a abandonou que preferiu sua irmã gêmea a ela, e isto não ia ficar barato.

No morro, todos estão preocupados, perderam suas meninas, e ninguém tinha entrado em contato para pedir dinheiro pois era o mais provável que faria.

Já Sophia, morrendo de medo de contar a eles sobre o telefonema que recebeu, mas estava decidida de ir resgatar todas, principalmente sua filha.

Sophia já tinha tudo preparado em mente, e a bolsa com dinheiro já estava embaixo de sua cama, ela disse encontraria um cliente agora de noite para agilizar uma venda, no início da noite a se deslocou até o local marcado, estava eu aflita, com medo, a única q coisa que que queria era sua filha.

Sophia se encontrará no local a espera dos sequestradores, até que um carro com o farol alto tomou sua visão, via alguém de aproximando mas não via quem, e então quando menos esperou recebeu uma pancada em sua cabeça apagando em seguida.

A mulher morena sai do carro se aproximando de Sophia, se inclina e observa seu rosto.

Morena: Você teve coragem de me deixar. - Apertou o maxilar da que estava caída.

Cobra: Vamos, ela acordará em breve.

Morena: Levam ela para onde está as meninas, mas não as deixem juntas, eu volto em breve.

O capanga deixou Sophia até o esconderijo, a ainda desacordada ficou em um cubículo afastado das garotas, não estavam mais juntas pois estavam causando confusão.

Aline: Eu exijo ver as meninas, por favor!

Cobra: Eu deixo, mas tu tem que fazer um trabalhinho antes. - Ele falou com voz provocativa,  para ela soou tão nojento, que se estivesse solta daria na cara dele. - Fica quietinha aí e não arruma problema.

Algumas horas depois o sol na estava aparecendo mas ainda estava escuro , estava espetacular, diria que quem quer que estivesse vendo o sol agora, estaria apaixonado pela vida.

PR: Tá doida porra? A gente na está preocupados de mais com as meninas pra tá se preocupando contigo também, não tem telefone não caralho, atende esse merda. - Ela fitou ele com certo receio mas depois deu um sorriso meigo.

Sophia: Desculpa irmãozinho, eu estava tentando me distrair.... Eu não aguento mais ficar sem notícias da minha filha.. Das nossas meninas.

Pedro tinha seus olhos vermelhos por chorar ou fumar de mais, ninguém sabia, ele está tão afetado quanto, ele entrou dentro de casa passando a mão no rosto e a loira foi em seguida, quando passaram do portão ele abraçou a irmã e não aguentou caindo em prantos.

PR: Eu quero minha filha, eu só quero isso. - Sophia retribuo o abraço consolando o irmão.

BM: Temos uma pista. - A loira olhou pra ele dos pés a cabeça. - Ah você nos deixou preocupados!

Sophia: Me desculpem, qual é a pista?

PR: Melhor você subir e descansar um pouco.

Sophia: Não, eu vou te preparar algo pra comer, está muito abatido. - Beijou a bochecha do irmão e foi em direção oposta da cozinha.

BM: Aí é a sala de jogos - Ela deu um sorriso nervoso não perceptível.

Sophia: Eu sempre me perco nessa casa. - Disse voltando para direção oposta até a cozinha, quando entrou soltou um suspiro de alívio.

Ela preparou a comida favorita do irmão, e depois de meia hora chamou Lara comerem, o Lorenzo apareceu junto do Davi.

Sophia: Come eu fiz seu preferido. - Sorrio pro irmão, por e todos já comiam.

PR: Meu preferido.... Quando eu tinha sei lá, onze anos?

Sophia: Pelo que me lembre te alegrava toa vez que o papai saia de casa.

Ele olhou meio estranho pra irmã, mas depois começou a comer apreciando a comida.

Já estava tarde quando todos foram dormir, Sophia certificou que todos realmente estivessem dormindo para subir ao seu quarto, trancou a porta e foi para frente do espelho.

Encarou por um certo tempo e passou o lenço em sua boca tirando o batom e em seguida em seus olhos retirando a máscara de cílios.

Morena: Que patético, o olhar dele para ela é de amor, enquanto à mim? Ele me deixou ir sem contestar .

Ela se olhava no espelho e seus olhos fervia em ódio.

Morena: Vocês vão pagar por tudo que eu passei com aquele Souza dos infernos.

Continua..

A filha do chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora