CAPÍTULO 67

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Clarissa On👛

Meu Deus! Esses últimos anos foram os piores da minha vida! Mas finalmente acabou e eu posso ser livre de novo.

Bom, para encurtar a história, desde criança eu e Carol perdemos nossos pais em um acidente de carro, e viemos morar com a nossa tia, porém ela tinha o Josias, marido dela.

E desde que eu tinha uns dez anos ele começou a ficar de gracinha, é óbvio que no início eu dizia por ser uma criança ingênua, mas minha tia dizia que era brincadeira. Nojenta.

Eu descobri que minha irmã foi abusada há exatamente cinco anos. Ela acabou soltando, não tinha  dito antes porque estava envergonhada, e queria me proteger já que ela teria feito um acordo, para ele não mexer mais comigo.

Então desde que eu descobri isso, conversei com ela e estávamos empenhadas em sair daqui, e é o que vamos fazer, foram cinco anos de esforço e trabalho, eu não tinha tempo para nada, por isso me distanciei um pouco da galera.

Hoje eu estou me mudando para outra casa com minha irmã, iríamos sair do morro, mas ainda não temos dinheiro suficiente pra isso já que ela está no último ano e eu no primeiro da faculdade.

Ela fez psicologia e eu enfermagem.

RG: Ó de casa. - Ouvi o mesmo gritar fui atender antes que o velho viesse.

Clarissa: Pô, já te avisei pra não gritar. - Dou uma tapa no seu peito de leve.

RG: Aí maluca. Eu venho saber como você está e é assim que sou recebido. - Se fez de vítima, eu sorri.

Clarissa: Veio em boa hora, já já o carro de mhdnsca chega. - Ele arqueia a sobrancelha.

RG: Vai mudar pra onde? - Deixei ele entrar.

Clarissa: Pra sua rua na verdade. - Digo indo até meu quarto, estava cheio de caixas na quais eu estava levando pra baixo. -

RG: Por que não avisou antes? Teria te ajudado mais.

Clarissa: Era uma coisa minha e da minha irmã, eu não queria contar até esta tudo certo.

RG: Entendi. - Diz ele pegando uma caixa. - É pra levar lá pra baixo? - Assinto, ele sai do quarto.

Carol: Oi Rodrigo, Clari o carro já tá vindo pra levar tudo. - Assinto.

RG: Iae. - Diz descendo com a caixa.

Clarissa: Vamos, temos que ser rápidas. - Ela concorda.

Levamos tudo para perto da saída de casa, um  amigo da Carol chegou, ele desceu os móveis que iríamos levar do nosso quarto e colocaram no carro, na verdade era um baú.

Estávamos colocando as últimas  caixas no baú quando avistei minha tia com Josias, meu coração já começou a acelerar.

Clarissa: Eles....

Carol: Calma, eles não podem fazer nada. - Me abraçou após a última caixa ser colocada no carro.

Léia: O que estão fazendo?

Carol: Estamos indo embora.

Josias: Indo embora? - Riu. - Depois desses anos todo na minha casa, estão indo embora assim? Vocês nos deve!

Clarissa: Não devemos porra nenhuma a você seu desgraçado de merda. - Ele avançou em mim porém Rodrigo entrou na frente.

Rodrigo: Qualé mermão, tá de brincadeira, vai bater nela é caralho?!

Josias: Não se mete, isso é coisa de família.

Léia: Eu sou responsável por vocês!

Carol: Responsável? Não temos mais dez anos, não precisamos mais da sua ajuda tia, a senhora nunca realmente nos quis aqui.

João: Melhor irmos Carol, não vai valer à pena discutir.

RG: Aí, se vocês, principalmente você. - Olhou pra Josias. - Se quer olharem pra elas, vão se ver comigo.

Carol foi no carro com  o moço lá, João foi na moto, e eu fu com Rodrigo de moto também até a casa.

Quando chegamos lá, estavam todos lá, Aline, Isa, Kai, BM, LR, DL..... O que estão fazendo aqui?

Desci da moto com cara de paisagem.

Kailane: Vai ter que me fazer aquele seu mousse pra poder perdoar você, que estava se mudando e nem pra avisar. - Diz e eu Sorrio.

Clarissa: Foi mal gente, eu não queria envolver em problemas.

LR: Somos uma família Clari. Seus problemas, são nossos problemas. - Me abraçou, confesso que estou bastante emotiva.

Carol: Obrigada por estar aqui por ela gente, de verdade. - Ouço ela dizer e logo separo de Lorenzo.

Isabela: Nem precisa agradecer!

Aline: Então vamos lá, começar a colocar isso pra dentro.

Todos começaram a colocar as caixas para dentro, os meninos levaram os móveis  para o quarto com Carol guiando eles, não tinha muita coisa então foi rapidinho pra organizar tudo.

Por sorte, chegaram nossa geladeira e fogão, que são essenciais.

Clarissa: Obrigada pela ajuda. - Digo a todos.

BM: Me agradeça com seu mousse. - Diz e todos concordam e eu Sorrio.

Clarissa: Tá certo, depois eu vou fazer e vou chamar vocês. - Eles concordam.

Aos poucos eles foram embora por terem seus afazeres, eu e minha irmã formos organizando do nosso jeito o que faltava.

Carol: Clari, olha o que João mandou. - Mostrou a bolsa com açaí e salgados. - Vem, vamos comer. - fomos para sala e nós sentamos na toalha no chão.

Clarissa: Eu tô tão feliz que agora finalmente estamos em nosso cantinho. - Sorrio abrindo o açaí e colocando uma colher na boca.

Carol: Eu também irmã, vamos passar por tudo, juntas. Eu te amo.

Clarissa: Também te amo. - Beijo sua bochecha.

E então comemos nosso lanche enquanto conversávamos sobre tudo que queríamos conversar.

A filha do chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora