CAPÍTULO 12

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Aline On 🌻

Eu sei que fui burra, uma completa burra. Eu pensei em várias reações plausíveis para ele reagir, ok que o DNA estava incluso, mas doeu.

Eu saio devastada da casa deles, Sophia veio atrás de mim, mas eu falei que precisava de um tempo, então ela voltou e eu fui caminhando sozinha para casa.

Eu pensava, como eu vim parar aqui? Eu sinceramente tenho tudo até os mínimos detalhes em minha cabeça e eu escorreguei nisso, eu não calculei.

Estava na rua de casa já quando ouvi os barulhos de tiros se iniciarem, eu corri sei lá para onde, só queria ficar segura quando esbarrei em alguém.

Aline: Ai meu Deus eu só queria ir para casa, por favor me deixa ir, não faz nada comigo. — Falei de olhos fechados morrendo de medo.

BM: Que merda tu tá fazendo na rua? — Reconheci a voz e abri o olho. — Vem. — Segurou em meu braço brutalmente me levando para algum lugar. Eu só fazia seguir ele, minhas pernas estavam bambas, eu não conseguia falar nada. — Fica aí, se esconde no cofre, a senha é 0278634, não sai por nada me ouviu? — Concordei, entrei na casinha correndo e fui pro cofre me trancando lá.

Peguei meu celular e liguei a lanterna, estava sem área, oque me dava mais medo ainda, eu chorava baixinho e pedia para que isso acabasse logo.

Nesse momento eu pensei no Davi, ele tá aí fora messe fogo cruzado, e minha tia? Espero que ela ainda esteja fora do morro. De tanto chorar, eu acabei dormindo ali mesmo.

[•••]

Ouvi alguém me chamando, percebi ser o BM, abri o cofre, ele tava com sangue no ombro.

Aline: Você se machucou? — Perguntei saindo do cofre.

BM: Só foi raspão, tô de boa. — Concordei, ele pegou a caixa de primeiros socorros.

Aline: Acabou? Eu já posso ir? — Perguntei.

BM: Acabou, mas temos que ficar aqui, até eles fazerem a ronda pelo morro e ter certeza que não ficou ninguém.

Aline: Tá...— Peguei meu celular, tinha sinal ainda bem, respondi tia Lívia falando que eu estava bem e que assim que desse iria para casa e que ela ficasse fora do morro hoje.

BM: ai, merda. — Respirou fundo.

Aline: Deixa eu ajudar. — Fui para cama me sentando ao lado dele, observei a ferida, não estava sangrando. —  Tira a camisa. — Falei, ele me olhou e em seguida tirou, peguei gaze e coloquei álcool gel, passei ao redor da ferida estabilizando e limpando. Peguei o remédio que era bactericida. — Vai arder.

BM: Tô acostumado? — mordeu o lábio, coloquei no local do ferimento. — Aiai, puta merda.

Aline: Pronto. — Ri. — Guardei o remédio, peguei o esparadrapo e fui enrolando no seu braço com certa força para ficar firme, prendi com a fita. — Pronto.

BM: Valeu. — Eu Assenti.

Aline: Quanto tempo? —  Me levantei.

A filha do chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora