CAPÍTULO 101

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Aline 🌻

A festa continuou, meu pai não deixou mandar todos embora, está eu, meu pai e BM, esperando meu irmão conversar com a vibora, faz quase uma hora que entraram no escritório. Percebe-se que Hj está muito nervoso e angústia, seja pro bem ou pro mal. Eu nunca realmente soube oque aconteceu com a mãe de Davi, mas alguma coisa me dizia que estava prestes a descobrir.

Meia hora depois eles Davi saiu de dentro do escritório e subiu as escadas pisando fundo,  Fabiana saiu com um sorriso no rosto e Jade saiu em seguida com uma expressão enigmática.

Jade: Melhor você ir senhora! — Diz. — Cadê o Davi? — Pergunta e eu aponto as escadas, quando ela ia subir Ju aparece com Jaemin.

Juliana: Acho que ela ta com fome. — Jade pega a neném, e assim que vê Fabiana arregala os olhos assustada e olha pra meu pai.

Fabiana: Eu vou, mas eu volto. — Diz olhando pro meu pai, que cerra os dentes, ela saí pela porta.

Juliana: Você tá bem? — Ela perguntou com a voz franquinha e ele solta um suspiro.

Aline: Eu vou falar com Davi. — Digo, Jade concorda e vai em direção a cozinha deixando eles dois ali.

Subi até o andar de cima a procura do meu irmão mais velho, o encontrei no seu antigo quarto, bato na porta.

Aline: Posso entrar? — Ele me olhou, entrei d sentei no chão ao lado da sua cama, ele tava sentado no chão encostado na parede com as mãos no joelho. — Estou aqui por você, não precisa dizer nada...

Alguns minutos depois ele desabou e começou a chorar, me aproximo sentando ao seu lado e o abraço, ele desaba em meu colo, aquilo partiu meu coração, vê-lo sofrer assim.

Quando ele pós pra fora tudo que queria ele se acalmou e limpou seu rosto.

DL: Ela disse que ele afastou ela de mim... Que tentou matá-la... Mas eu ouvi.. Essa mulher é uma mentirosa, não sei por que voltou.

Aline: Vamos resolver isso, tudo bem? Não se preocupa, porque você não tenta dormir? Quer que eu fique aqui com você? Ou chame Jade com nossa neném?

DL: Pode pedir pra Jade vim?

Aline: Claro! Beijo sua bochecha e desço, fui ao encontro de Jade e disse que ele precisava dela, e ela subiu.

Meu pai aparentemente estava no escritório com meu tio discutindo sobre aquela mulher, Juliana saiu do escritório com uma cara de abatida.

Aline: Tudo bem?

Juliana: Tá, é só que... Seu pai muda completamente quando o assunto é essa psicopata, melhor eu ir pra casa. — Dou um abraçou nela.

Aline: Não desiste dele, ele realmente gosta de você. — Ela sorriu ao me soltar d abraço.

Juliana: Desistir? Passamos mais de trinta anos pra finalmente ficarmos juntos, aquela va... Mulher, não vai nos separar.

Ela sorriu novamente e foi embora, fico no sofá, a essa altura todo mundo já foi embora, e só nos estamos aqui.

Algumas horas depois, Fabiana exigiu que meu pai a encontrasse e claro que eu não deixaria ele ir sozinho mesmo, eu saí escondida e o segui, fiquei ouvindo toda a conversa ou melhor, briga e de repente ouvi apenas um silêncio, quando espiei....

Quando percebi foi tarde demais, aquela mulher tirou a faca do meu pai me fazendo gritar com o susto e correr em sua direção, ele colocou a mão na barriga e eu pus em cima fazendo pressão, ele não consegue ficar de pé então quase caindo ao chão, mas ajudo a sentar-se, continuo fazendo pressão no ferimento, minhas mãos tremiam e eu só conseguia balbuciar uma palavra.

Aline: Pai! Pai! Pai!!! — Olho pra Fabiana. — Que merda você fez? O que você fez!!

Fabiana: Eu precisava disso, de vingança, você me fez uma vilã da sua história. — Meu pai tossiu e só saiu sangue de sua boca.

Aline: SOCORROOO! — Grito com lágrimas nos olhos. — Pai, por favor fica acordado, por favor, não me deixa também.

HJ: Me..perdoa...filha...— Ele tinha dificuldades de falar.

Aline: Não, eu não vou te perdoar se você não lutar pra ficar comigo. — Aperto sua mão firme.

Fabiana: Ele está no morto, ou quase, tudo certo aí? — Ela fala no celular, coloco a cabeça do meu pai no chão com delicadeza e peguei uma vaso de vidro que tinha ali e fui correndo, bati na cabeça dela fazendo ele quebrar e ela cair no chão. — Sua garota inso.... — Antes que ela se levantasse subi e cima dela e dei muitos tapas e murros até ela desmaiar, corri pro meu pai, ele ainda tá respirando, fui até a porta e sai gritando por ajuda, algumas pessoas olhavam mas passam direto, até que uma mulher para.

— O que aconteceu?

Aline: Preciso de um carro pra levar ele ao hospital, ou que chamem o DL. Me empresta o celular.

Ela me deu e eu disquei o número de Benjamin.

Aline: Precisa vir na rua 16, trás o carro, meu pai está ferido. — Digo com a voz emaranhada. — Rápido, estou perdendo ele.

Ben pede pra mim continuar na chamada, fui pra dentro e a mulher me acompanhou se espantando com tudo, mas ela pegou um copo de água para mim, e eu só fazia pedir pro meu pai ficar comigo e não me deixar.

Algum tempo depois Ben entra na casa e assim que me ver corre em minha direção, ele passa a mão no meu rosto.

BM: Você está bem? — Ele pergunta e eu balanço a cabeça em negação, ele olha pro meu pai e checa o pulso dele. — Respira chefe, tão subindo.

HJ: Cuida dela.... Por mim. — Meu pai tossia bastante tentando falar.

Aline Não pai, por favor, fica comigo. — Ouvimos o barulho da buzina e já entraram dois caras correndo, pegaram meu pai e o levam para o carro, fui junto com BM, entrei no carro atrás junto e BM dirigia com tudo pro hospital.

[°°°]

Ele estava em cirurgia, eu estava na sala de espera, e parte do meu incociente decorava todos os detalhes mais uma vez. O hospital que eu estava com minha mãe as cadeias eram verdes, já essas são azuis, a tv passa a mesma coisa, algum repórter local.

Mais as caras das pessoas são as mais comuns, tristeza.

BM: Toma, bebe água. — Digo que não com a cabeça. — Bebe agora Aline! — Diz colocando o copo junto a minha boca, então bebo tudo.

DL: Aline! — Ao vê-lo me levanto, ele me abraça e eu começo a chorar mais uma vez.

Aline: Ele não pode morrer, não pode! — Digo entre soluços.

DL: Ele é forte pra caralho, não vai perder essa luta. — Ele beija minha cabeça. — Eu vou matar aquela filha da puta.

Ficamos mais duas horas naquele banco, sentados esperando informações, Juliana entrou desesperada e assim que nos viu veio em nossa direção.

Juliana: Como ele está? — Sua voz saiu trêmula.

BM: Ainda em cirurgia, não sabemos muito. — Ela sentou com a gente, ficamos em silêncio por um tempo.

Juliana: Faz tempo que não dizem nada?

Aline: Sim, desde que chegamos. — Digo pra ela respira fundo.

DL: Já deveriam ter vindo mesmo. — Ele tremia as pernas inquieto.

BM: Vou ver se consigo alguma informação, algum de vocês quer água? Ou comer alguma coisa? — Todos negamos e ele foi até a recepção.

A única coisa que eu conseguia pensar era em virar oficialmente órfã, ou que meus filhos nunca iriam conhecer os avós, que meu pai jamais ia contar história pra eles dormirem, ou dar dinheiro escondido a eles...

E mais uma vez eu aqui, quase perdendo alguém que eu amo, eu já estava cansada disso.

Gente perdão a demora, estou passando por um bloqueio.

A filha do chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora