CAPÍTULO 03

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⏱ 2 dias depois.

Hoje com certeza é um dos piores dias da minha vida, o dia em que enterro minha mãe, a pessoa mais importante da minha vida.

Acho que minha ficha só caiu agora, parte de mim, queria que fosse mentira, que ela só estivesse viajando e que pela noite iria voltar e me dar o beijo de boa noite.

Aline: Eu poderia subir aqui e falar tudo que uma pessoa que perdeu um ente querido. Mas eu não consigo, eu só consigo que eu perdi a pessoa mais importante da minha vida, minha mãe, irmã, melhor amiga, companheira, conselheira… Ela foi e levou meu "eu" junto, eu não consigo pensar em mais nada além de que eu a perdi, e como será o restante da minha vida? — Olhei para todos que estavam ali, e sorri. — Mas também eu quero lembrar de todas as coisas boas que ela me proporcionou, o sorriso dela parava qualquer coisa, a alegria contagiante, a pessoa maravilhosa e inspiradora que ela se tornou. — Sorri e limpei meu rosto. — Eu espero que vocês pensem nela como uma pessoa feliz, pois mesmo depois de tudo ela ainda sorria, até o último suspiro ela sorriu. — Desci dali e fui até fora, chorei mais um tanto, preciso tomar litros e mais litros de água. Ouvi uma voz conhecida e olhei para trás. — Vitor? — O encarei.

Vitor: Eu sinto muito, queria ter vindo antes. — Falei e o abracei forte.

Aline: você chegou na hora. — O mesmo retribuo o abraço, Vitor estava viajando com a família eu nem sabia que ele sabia.

Vitor: Eu sinto muito, você irá superar isso, e vai ser mais forte do que já é. — Beijo minha bochecha e limpou meu rosto. — Vamos voltar lá ok? Estaremos aqui por você. — Senti outra não chocar a minha, olhei e vi Joyce.

Concordei segurei a mão de Joyce e Vitor segurou minha cintura. Fomos ao lugar, minha mãe iria ficar no mural da família onde tinha, meus avós, sim, ela era filha única.

[•••]

Já são 19:00 da noite, estou no quarto encarando a caixa que estava no closet dela. Respirei fundo e abri, tinha uma carta na frente com o meu nome, criei coragem e abri.

"Querida, bonequinha.

Se você está lendo está carta, é porquê já não estou mais com você.
Eu sinto muito ter escondido de você, mas estava em um estágio tão avançado que eu não queria te preocupar, só queria ver seu sorriso, até o final da minha vida. E quero que continue com ele, como dizia a Lydia daquela série que você gosta "Sorria, pois, nunca se sabe quando alguém pode estar se apaixonando pelo seu sorriso." E eu sou completamente apaixonada pelo seu.

Como você sabe, eu tive você com meus 17 anos, e não foi uma ideia aprovada pelo seu avô, mas em breve me juntarei a eles e por um lado serei feliz saiba disso, mas só serei feliz completamente quando o sorriso estiver em seus lábios.

Enfim bonequinha, o seu pai está vivo, ele não sabe de você, eu não tive coragem de falar, eu descobri estar grávida duas semanas após voltar do Rio, só três pessoas sabem que você é filha dele, sua tia Ana e sua madrinha e uma outra pessoa que prefiro manter em segredo para não compromete-lá, mas você saberá… Desculpa-me não ter contado antes, eu só queria que você não tivesse uma vida normal.

Então, se você quiser ir conhecer seu pai, saiba que eu apoio, sua tia Lívia estará a sua disposição, ela junto com sua madrinha cuidará de você.

Tem uma foto nesta caixa, é o seu pai, ele tem o seu olhar.

Eu te amo filha, espero que se encontre e seja feliz. A mamãe te ama."

Fechei a carta e limpei meu rosto, meu pai ele tá vivo… eu.......

Paguei a foto que havia na caixa e observei, ele era lindo de verdade, guardei as coisas na caixa novamente e coloquei na minha gaveta, é eu tenho uma gaveta no closet dela.

Aline: Madrinha. — Sai do quarto.

Joyce: Tá no banho. — Falou. — Precisa de alguma coisa?

Aline: Meu pai…- Ela me encarou. — Eu sei onde ele está.

Joyce: Mas.....- Sentei ao seu lado. — Vai até ele?

Aline: Ele não sabe sobre mim. — Sorri fraco. — Eu seria só uma intrusa na vida dele.

Joyce: Não! Não fala assim. — Segurou minha mão. — Você tem que dar a ele a chance de escolher, você acabou de falar que ele não sabe sobre você.

Aline: É que.....tá tudo diferente. — Não vou chorar. — Ela saberia oque me falar. — Chorei.

Jennifer: E ela te falaria para seguir teu coração. — Chegou com a toalha na cabeça. — Pensa nisso, ninguém irá te forçar a nada, ok?

Concordei, fui à cozinha comer alguma coisa, na verdade, oque eu não comi nessa semana eu tô comendo agora.

Aline: Ain que fome. — Falei de boca cheia comendo o restante da lasanha de mais cedo. Eu iria pensar sobre, oque eu irei fazer.

Flashback On

Estava assistindo a um filme bastante emocionante, procurando Nemo, aí que fofo. Eu sempre achei interessante e incrível, tudo que o pai passa para reencontrar seu filho, às vezes me pergunto sobre o meu pai, mas minha mãe sempre fala "Ah! Eu era jovem filha, não lembro muito." Ou algo parecido.

Aline: Mãe? — Ela me olhou. — Qual seu personagem favorito?

Amanda: Nemo, é meio clichê, mais ele é um bom filho, mesmo o pai querendo que ele fique seguro, porém, "preso" ele vai lá e se aventura, na mais perigosa aventura. — Riu. — Atravessar o oceano sozinho, mas neste caminho ele encontra amigos tanto quanto inimigo. — Ela me abraça e eu sorri.

Aline: Realmente ele é incrível. Mas eu gosto muito do pai, ele vai atrás do Nemo apesar dele ter fugido ele só vai. — Sorrimos.

Amanda: Concordo, nas duas realidades os dois são fortes. — Sorrimos.

Aline: Você será forte quando eu for para faculdade? Ou sei lá, morar sozinha com a Joyce, Vitor ou meu namorado.

Amanda: Olha, contanto que você esteja estabilidade financeira, emocional e NUNCA esqueça a sua mamãe aqui, você pode ir pro Japão. — Sorrio. — Seja feliz e siga seus sonhos nessa ordem.

Aline: Também te amo gata. — Ela me fez cócegas. — Ahhhhh n-nãooo manhê… — Fiz bico e ela parou.

Amanda: Eu te amo mais bonequinha.

Flashback Off

Aline: Eu vou conhecer meu pai. — Falei determinada e sai da cozinha. — Madrinha, eu quero ir pro Rio, ficarei na casa da tia Lívia.

Jennifer: Como quiser querida, ligarei para sua tia. — Concordei, peguei meu celular e pesquisei passagens.

Joyce: Quanto tempo? — Me olhou. — Vai ficar lá.

Aline: Acho que até o final das minhas férias. — Sorri.

Joyce: Vou sentir saudades. — Sorri.

Aline: Calma garota nem sei quando eu vou. — Dou risada.- Ops… amanhã tem uma passagem para o Rio, Aeroporto do Rio de Janeiro RJ Santos Dumont, por 350,00 reais.

Jennifer: Já falei com sua tia. — Sorri. — Achou algum voo?

Aline: Aham. — sorri mostrando a ela.

Jennifer: Da aqui que vou comprar no meu email já que suas coisas legais está comigo. — Concordei dando meu celular.

Joyce: Ain não. — Me abraçou.

Aline: Calma amiga. — Retribui. — Vamos fazer minha mala vamos.

Jennifer: Aqui teu celular. — Me entregou. — Cuidado ein. — Sorri.

Joyce: Ok mãe, beijo. — Corri rapidinho para o quarto, peguei minha bolsa de lado de sempre, pois era onde estava minha chave, saímos de casa e fomos para meu prédio.

A filha do chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora